floquinhos

domingo, 19 de abril de 2009

Um momento com Cecília Meireles

(Boston Common Park)

RETRATO


Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?



4 comentários:

Unknown disse...

Querida amiga Dulce,
este poema de Cecilia Meireles é de um encanto sem limites!

Já o conhecia, mas é sempre um prazer voltar a lê-lo.

Beijinhos,
Ana Martins

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Ana,

Cecilia Meireles é sempre um bom momento, não é?

Beijinhos

Osvaldo disse...

Oi, Dulce;

É sempre um doce momento estar com Cecília Meireles, esta Cecília de todos nós porque a Pátria de Cecília é nossa cultura literária...
Confesso que Cecília tem sempre lugar na minha modesta biblioteca e por vezes me acompanha em minhas viagens...

bjs, Dulce
Osvaldo

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Osvaldo

A poesia é sempre um bálsamo para a alma, mas alguns poetas são especialmente queridos e Cecília sempre se destaca entre eles.

beijos