(Boston Common Park)
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
4 comentários:
Querida amiga Dulce,
este poema de Cecilia Meireles é de um encanto sem limites!
Já o conhecia, mas é sempre um prazer voltar a lê-lo.
Beijinhos,
Ana Martins
Ana,
Cecilia Meireles é sempre um bom momento, não é?
Beijinhos
Oi, Dulce;
É sempre um doce momento estar com Cecília Meireles, esta Cecília de todos nós porque a Pátria de Cecília é nossa cultura literária...
Confesso que Cecília tem sempre lugar na minha modesta biblioteca e por vezes me acompanha em minhas viagens...
bjs, Dulce
Osvaldo
Osvaldo
A poesia é sempre um bálsamo para a alma, mas alguns poetas são especialmente queridos e Cecília sempre se destaca entre eles.
beijos
Postar um comentário