floquinhos

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A mim também...


"A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura."

(Lya Luft)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A foto do dia (7)


"Halloween is coming!"

E a cidade se prepara para recebê-lo. Os jardins já começam a ostentar decoração própria para a data. Atentem para a casa ao fundo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

É só uma questão de fase... rs...


Ah, hoje está difícil!... Falta assunto, falta tema, falta inspiração... 
Desde cedo fico olhando em volta, tentando achar algo interessante, engraçado ou até mesmo intrigante, para trazer ao Prosa, mas qual!...  O sol brilha lá fora, os pássaros cantam, as flores crescem ainda no jardim, mas tudo isso é tão corriqueiro para a alma, hoje... 
Os amigos do Prosa sabem bem o que é isso. Uma fase que nos acomete, a todos, ou a quase todos, de vez em quando, e nos tira um pouco do ar, mas que logo em seguida se afasta e tudo volta ao normal. Já ouvi tantas vezes, já disse outras tantas vezes, isso tudo... 
Então, o jeito é deixar fluir e, como dizem por aqui, "relax"... rs... Como não há nada melhor do que um puzzle para distrair a mente, lá vou eu  para a sala de brinquedos dos kids colocar mais umas pecinhas naquela telinha do Sr. Van Gogh, que está ainda mais empacada do que os aviões da Segunda Grande Guerra, como já era esperado... Se, nesse meio tempo, a inspiração resolver fazer as pazes comigo, eu volto correndo para cá. E "para não dizer que não falei de flores"... 


...  Estas rosas são para vocês, gentis e pacientes amigos e leitores do Prosa.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Malware nos blogs?... Um bug


Desde sábado, quem acessasse o Prosa, daria com uma tela vermelha com um aviso do Google sobre possivel invasão, aconselhando a fecha-lo. Mas não foi só um problema meu. Soube que, pelo menos, oitenta por cento dos blogs estava com o mesmo problema. Se eu abrisse o Prosa diretamente, a tela de aviso apareceria. Se o abrisse através do Painel, nada acontecia e abria normalmente. Fiquei absolutamente sem saber o que fazer. Hoje, através da minha lista de blogs amigos, percebi que a Beth/Lilás conseguira resolver o problema e abrindo seu blog vi que ela o fizera seguindo as instruções da Elaine Gaspareto, no blog "Um pouco de mim". Fui até lá, segui as instruções dela e o problema no Prosa ficou resolvido, 
Então estou deixando aqui o endereço do blog onde vocês cujos espaços tenham sido afetados por esse bug, possam sanar o problema, com meus agradecimentos à Beth/Lilás pela dica e à Elaine Gaspareto pela ajuda. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Acompanhando o Outono...

Assim estava a árvore no sábado passado.

Na nossa caminhada de todos os dias, vamos dando voltas pelo quarteirão e pelas ruas vizinhas e apreciando as mudanças gradativas da paisagem. É lindo! E sendo lindo, vou dividir com os leitores e amigos do Prosa, colocando fotos que mostrem o que acontece. Escolhi uma árvore - um lindo plátano, as calçadas de duas ruas e um vaso de flores. Espero que gostem.

 A árvore, hoje, está assim.
.
Esta é a calçada que abriga árvore, já com o chão cheio de folhas secas.

 Esta é a calçada de nossa rua.

Este vaso de flores fica na entrada da casa. Vamos acompanhar o crescimento das flores?

Um blog que recomendo (22)


Nas madrugadas insones da vida, quando parece que a noite se alonga e uma certa nostalgia vai tentando instala-se em mim, dependendo do meu estado de espírito, vou inventando sonhos, vou abrindo pouco a pouco meu bauzinho de lembranças para mergulhar na doce saudade, vou entrando pelas páginas de um livro afora, vou passeando pelos blogs, vou... vou... vou...
Nesta longa madrugada, resolvi passear por alguns blogs, aleatoriamente, indo de um para outro, o que sempre me proporciona boa leitura, bom entretenimento. E não deu outra! Num certo momento dei com um blog chamado "A casa da Mariquinhas com lírios e histórias". Entrei e por lá fiquei um tempão, aspirando o perfume dos lírios, lendo as histórias... Uma delícia de espaço! E numa das postagens, claro que entre muitas, que merece ser lida, pela graça que tem. Mariquinhas faz graça com uma situação que, para mim, seria até penosa... rs...  Deixo o link aqui, para que os amigos e leitores do Prosa que queiram conhecer esse bom espaço, comecem por onde me encantou.

Se meus amigos me permitem, mais uma vez,  um blog que recomendo...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É Outono...


Chanson d'automne


Les sanglos long
Des violons 
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone


Tout suffocant
Et bleme quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
E je pleure.


Et je m'envais 
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà
Pareil à la
Feuille morte.


(Paul Verlaine)

E as noites vão ficando mais longas...


Custa a amanhecer, por aqui, neste último dia de verão... A noite vai se fazendo, a cada dia, mais longa. A paisagem vai perdendo seu verde vivo, vai tomando pouco a pouco as cores desbotadas da mudança de estação, numa transição para o belo das cores de outono. Como na vida, sempre que há uma mudança, seu início parece meio incerto, como se não estivesse ainda definido seu rumo. Mas, dependendo dos olhos que a vê, há sempre um acento de beleza em cada coisa, em cada canto, em cada pessoa. Toulouse Lautrec, em sua sensibilidade, disse um dia uma frase que trago comigo, porque a acho verdadeira, que era mais ou menos assim: "sempre e por toda parte, a feiúra tem seus toques de beleza e é fascinante descobri-los lá, onde ninguém os vê"... (*)  
Assim, numa manhã enfarruscada, quando tudo parece triste, quando até o voo de um pássaro parece melancólico, a beleza pode estar na voz de uma criança que passa correndo pela rua, na flor que parece lutar para desabrochar em meio ao frio que envolve o jardim, no sorriso de um vizinho ao desejar bom dia, na simples passagem de um esquilo em busca de seu alimento, ou simplesmente na esperança de que um teimoso raio de sol rompa as nuvens e venha alegrar a cidade... A busca do belo... Não a busca obsessiva e fútil que caracteriza tanta gente nos dias de hoje (acho, aliás, que foi sempre assim, nem é apanágio de hoje, não), mas a beleza que envolve a alma serenamente, que traz paz, que encanta e ilumina o momento vivido, essa beleza que está sempre nos olhos de quem a vê...

(*) "Toujours e partout, la laider a ses accents de beauté. C'est passionant les decouvrir lá, oú personne ne les voit"  (Toulouse Lautrec)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Certos pensamentos...


Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos.

(Victor Hugo)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vamos caminhar pela cidade?

Como hoje estou total e completamente sem idéias, ou inspiração, como queiram, com as palavras virando a cara para mim, só me resta convidá-los, queridos amigos e leitores do Prosa, para darem uma caminhada pelas ruas da cidade, aproveitando o solzinho de final de verão que nem aquece mais, mas ainda embeleza e alegra a alma.

Vamos sair pela lateral da casa e aproveitar para colhermos um "berries" para irmos saboreando enquanto andamos. Os pés estão carregadinhos e eles no ponto exato para serem colhidos. Sivam-se a vontade.


Vamos dar uma volta pelo quarteirão para que vejam uma árvore muito linda que começa a mudar de cor e a cada semana vai ficando mais e mais bonita e colorida, como vocês poderão ver em postagens posteriores.


E no caminho para o centro da cidade, passamos por uma lindo e sólido prédio que abriga a biblioteca pública de Winchester.


Agora é só cruzarmos a ponte sobre o pequeno rio e já estamos em "Down Town Winchester" com seus prédios de tijolinhos vermelhos, típicos de New England e suas lojinhas lindas... E, nessa ponte temos de um lado um pequeno repuxo d'água e do outro uma imensidão de verde...



Uma paradinha para um pequeno descanso nesta graciosa pracinha ao lado do rio que, muito coincidentemente chama-se "Converse", ou uma chegadinha na sorveteria do outro lado da rua, podendo ainda, andando uns metros mais, nos sentarmos nas mesinhas da calçada do Starbucks para um café, como lhes parecer melhor.



E, na volta para casa, podemos ainda passar por este encanto de ruazinha comercial...


Obrigada pela companhia, meus amigos, e espero que tenham gostado de mais este passeio. 

domingo, 18 de setembro de 2011

Um domingo meio gelado...

Acordo sentindo frio e puxando o edredon que escorregara para o lado; já aconchegada no calorzinho que ele proporciona, percebo que o dia amanhece. Através da janela que as cortinas descerradas deixam de esconder, posso ver um céu que se mostra carrancudo, todo cinza, anunciando que agasalhos, hoje, serão indispensáveis e, só a esse pensamento, já vou me encolhendo um pouquinho mais... Ainda é verão, mas temos agora uma temperatura de sete graus centígrados, um frio que em São Paulo faria tiritar e que no entanto, por aqui, é quase nada... 
Ontem o dia estava lindo, ensolarado, mas já com temperaturas mais baixas e um ventinho de arrepiar, quando saímos, pela manhã, para levar os kids a aula de natação e, mesmo a tarde, quando os levamos ao jogo de futebol. 

(o time de Winchester veste camisa de listas vermelhas e brancas)

Pois é, os kids jogam futebol no time da cidade... rs... Alexander ainda é "dente de leite", já o Philip passou para o juvenil. Confesso que ver aqueles garotos em campo é bem divertido. E quando digo "aqueles garotos" refiro-me ao time todo, sendo quase impossível não fazer comparações com os meninos que fazem suas "peladas" pelas ruas e campinhos das Terras de Cabral... rs... 

(Os orgulhosos pais, na lateral do campo, na maior torcida)

Os daqui,  uniforme completo, chuteira, caneleira, etc e tal. Os de lá, nos pés uns ténis já gastos, sem camisas,  movidos e vestidos apenas pela garra. Mas todos eles correndo felizes, numa enorme vontade de demonstrar que sabem lidar com a bola. 

(Philip aguarda o apito do árbitro para o inicio da partida - ao fundo o prédio da escola onde ele cursa a sétima série)

Pronto!... Lá vou eu desviando o assunto!... Não era sobre o frio que já chega por aqui que eu estava falando? Pois!... E já que o assunto anda bailando  de um polo ao outro, mesmo, sem se deter em tema algum, vou logo falando da cor acastanhada que a árvore que primeiro vejo a cada manhã através da janela de meu quarto já vai tomando e que os primeiros raios de sol que conseguiram transpor as nuvens vão banhando, colocando um tom avermelhado nas pontas de seus galhos... Tão bonito!... 


sábado, 17 de setembro de 2011

E porque hoje é sábado...


A doce poesia de Mario Quintana, um dos Poetas do Meu Coração...


Canção de Outono

O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida...

Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
de carícia a contrapelo...

Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma...
mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte alguma!

Mario Quintana)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Divagações ao entardecer...

(O vendedor de sorvetes, alegria da criançada nas tardes de verão)

O verão vai, aos poucos, despedindo-se das ruas, do bosque, das praças e jardins, desta temporada. Temporada que foi iluminada, quente, chuvosa e assustadora também, já que trouxe consigo o Irene, embora passando ao largo, mas mesmo assim causando seus estragos. E com o fim da estação acontecem as mudanças de hábitos, além de uma completa mudança na paisagem... 
As crianças voltaram as aulas, os adultos retornaram ao trabalho, pois grande parte das pessoas costuma viajar em agosto, aproveitando as férias dos filhos. As ruas começam a receber coloridas e ressequidas folhas que vão lenta e mansamente caindo das árvores e que, em breves dias, acabarão por formar um lindo tapete sobre os gramados. E as temperaturas começarão a cair, mas cair assim como se estivéssemos atravessando nosso inverno mais rigoroso, lá em Sampa. 
Entre outubro e dezembro, virou, mexeu, os termômetros marcam zero graus ao amanhecer e vai lá pelos quatro ou cinco graus ao entardecer. Hora de tirar os agasalhos das caixas e leva-los para os armários, colocando-os no lugar da roupa leve de verão que, por sua vez, será guardada e só voltará aos armários lá pelo final da próxima primavera. Mas, enquanto isso não acontece, vai-se aproveitando este restinho de calor. 
Comprovando isso,  todo final de tarde, lá vem o caminhão de sorvetes, passando lentamente pelas ruas, tocando sua musica característica, como um chamado para que as crianças corram até ele a fim de saborear um picolé ou um sorvete, com a mesma alegria que, décadas atrás meus filhos corriam para comprar sorvete num dos carrinhos da Kibon!... 
Ora!... Mas porque cargas d'água deveria eu lembrar-me agora dos meus meninos correndo atrás de um carrinho de sorvete? Ah esses rasgos de memória que dançam dentro da gente, que assim sem mais nem menos trazem de volta momentos que supúnhamos esquecidos, dando-nos a impressão de que a vida se repete quando, na verdade, ela apenas se renova...
E lá se vai o carro musical apregoando suas delícias, pondo água na boca da criançada e saudade no coração dos mais velhos, que acabam cantarolando junto...

Twingle, twingle, little star,
How I wonder what you are.
Up above the world so high,
Like a diamond in the sky.
Twingle, twingle, little star,
How I wonder what you are!...

Finalmente, terminamos...

(começando a montagem, com os kids cheios de energia... rs)

Pois então, meus amigos? Não é que o "puzzle", finalmente, está terminado? rs... Está certo que lá se vão quase dois meses entre uma pecinha e outra até que todas elas se encaixassem e nos mostrassem todos esses modelos  de aviões que na primeira metade do século passado foram parte decisiva da história do mundo... Hoje peças de museu, foram o top da tecnologia de uma era. 

(e, finalmente, terminado! Ufa!...)

Colocar a última peça foi uma festa! E quando os kids voltaram da escola e viram o quebra-cabeças montado já la foram correndo a estante escolher uma outra "caixinha" com outras tantas mil peças que, depois de um tempo, que espero seja menor, acabarão por mostrar-nos uma linda (ou diria melhor, angustiante?) tela de Van Gogh. Pois!... Eles começam "cheios de gás", mas depois do segundo dia, já encontram outros afazeres que lhes roubem a atenção, deixando para a mãe e para a avó a tarefa de o concluir... Verdade é que, uma  vez ou outra, colocam lá uma pecinha - geralmente aquela que a avó cansou de procurar e nunca achou e eles,  só de baterem o olho  a encontram... rs... 


Mas, de qualquer forma, são momentos que se vão transformando em doces memórias que vou armazenando em meu bauzinho de lembranças e que prazerosamente divido com vocês, queridos amigos e leitores do Prosa...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sempre Fernando Pessoa...


Eu, eu mesmo...

Eu, eu mesmo... 
    Eu, cheio de todos os cansaços  
    Quantos o mundo pode dar. — 
    Eu... 
    Afinal tudo, porque tudo é eu, 
    E até as estrelas, ao que parece, 
    Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... 
    Que crianças não sei... 
    Eu... 
    Imperfeito?  Incógnito?  Divino? 
    Não sei... 
    Eu... 
    Tive um passado?  Sem dúvida... 
    Tenho um presente?  Sem dúvida... 
    Terei um futuro?  Sem dúvida... 
    Ainda que pare de aqui a pouco... 
    Mas eu, eu... 
    Eu sou eu, 
    Eu fico eu, 
    Eu...  



(Alvaro de Campos)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Nesta segunda-feira ensolarada, poesia...


"Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade."

(Albert Camus)

Camus estava coberto de razão! Não há nada que torne uma pessoa mais aberta para a vida do que o "amar". Amar em todo e em qualquer sentido, sempre torna uma pessoa melhor. E se alguem se torna pior quando diz amar, acredite, não é amor o que preenche a alma dessa pessoa. Mestre Drummond já dizia que "nosso destino é o amor sem conta". Ele sabia muito bem o que dizia quando deu ao mundo e aos nossos corações este poema:

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?
.
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
.
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 11 de setembro de 2011

Palavras, aqui, são desnecessárias...


(Esta noite, no "Marco Zero" em New York)

sábado, 10 de setembro de 2011

Sobre Felicidade?...



Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

(Mario Quintana)

E, como sempre, Mestre Quintana está absolutamente certo! Quando buscamos  desesperadamente sermos felizes, acabamos  por esquecer que a tal felicidade não é uma entidade que se adote assim, sem mais nem menos;  esquecemos que ela precisa ser conquistada, precisa ser absorvida aos poucos, em pequenas doses que vão acabar por envolver a alma, fazendo com que nos sintamos felizes. Mesmo porque, e isso a maioria das pessoas de bom senso sabe, ela é formada por momentos, apenas momentos, felizes, e a soma desses momentos é que torna uma pessoa mais ou menos feliz. 
Na medida em que vou caminhando pela vida, vou fazendo, a cada vez mais, de pequenos momentos um refúgio para minha alma. Ontem, por exemplo, na saida de um mall, ao anoitecer,  abri minha alma para um desses preciosos momentos em que a natureza se enternece e nos presenteia com toda a sua beleza. As pessoas iam e vinham no estacionamento sem nem sequer notarem aquele céu lá longe, no horizonte aberto, que parecia devorar-se em chamas num crepúsculo que dividia com uma lua de endoidecer de tão linda e que, sabendo-se bela, resolveu aparecer antes mesmo que se fizesse noite por completo... 
Esquecida de que empurrava um simples carrinho de compras, esquecida de que estava no meio do ir e vir de carros e de gente, apenas parei e me deixei absorver pela vida. Sem conseguir falar, apenas permitindo que o momento se fizesse em mim, sentindo a doçura de fazer parte parte do Universo... Um minúsculo grãozinho de areia na imensidão desse Universo, é verdade, mas parte dele, suficientemente feliz por estar ali para viver aquele momento...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

E o dia amanheceu em brumas...

Depois de tanta chuva, hoje acordei sem o barulho da água caindo sobre o telhado e ao abrir as cortinas o cenário era o que se vê nas fotos abaixo. A cidade está envolta pela neblina, o bosque está com um ar de mistério, como naqueles filmes de suspense, mas não mete medo, de modo algum. Apenas perde um pouco de seu brilho, fica embaciado. Mas talvez seja um prenúncio do final de tanta chuva, talvez ao se dissipar o "fog" vá deixando o sol ir cobrindo a cidade...

 (da janela do meu quarto)

 (da janela do quarto de minha filha - as "alegres comadres de Winchester" já fizeram seu cooper e agora botam o papo em dia, antes de se prepararem para sair para o trabalho...)

 (o bosque visto através da janela do quarto dos kids)

(o bosque visto através da janela do banheiro)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Puzzle" para uma tarde de chuva...


Mais um dia cheio de chuva, cinzento, pondo preguiça na alma e uma dorzinha cá, uma dorzinha lá, que também já não se está mais tão jovem... rs... Mas, como dizem por aqui, "I don't guive up", ou como dizem lá no Nordeste brasileiro, "não entrego a rapadura, de jeito nenhum"... rs... E vou fazendo meus afazeres, tentando não esmorecer;  mas chega uma hora em que tudo está no seu lugar, a casa está vazia, já que os kids estão na escola e minha filha no trabalho, hora de (ufa!) "relax"... Um livro, um trabalho de crochê, música sempre ao fundo, sei lá!... Ou aquele quebra-cabeça (puzzle) que faz já uns bons pares de dias começamos a montar em conjunto (a familia que monta quebra-cabeça unida... rs) e que anda dando o maior trabalho?
Quando começamos a monta-lo, todos reunidos em torno da mesa na sala de brinquedos dos meninos, foi uma festa. Separar as pecinhas, começar a formar a base, aí fomos descobrindo que era muito mais dificil do que fazia supor quando da compra. Na verdade, quando os meninos escolheram dois ou três na loja, achamos que esse seria o mais fácil e resolvemos começar por ai. "Aviões da Segunda Grande Guerra". Aviões americanos, ingleses, franceses, japoneses, alemães, italianos, enfim, um modelo de cada um dos aviões que participaram daquela guerra. TODOS QUASE QUE DA MESMA COR...  hehehehe...  


Os meninos, já no segundo dia, acharam outros afazeres e o puzzle ficou sobre a mesa para quem quisesse se aventurar e toda vez que alguém passa por lá, dá uma paradinha e coloca umas pecinhas. Mas não está nada fácil, acreditem. Pois hoje resolvi gastar meu tempinho livre encontrando e encaixando pecinhas... Foi uma delicia de tempo, meus amigos, mas acham que terminei a montagem? Pois sim! está longe disso, porque agora que a maioria dos aviões ganharam corpo, faltam as descrições de cada um deles e as pecinhas são MUITO iguais!...  E com aquelas letrinhas miúdas... Ai, ai, ai, pobre da vovó que nem de óculos decifra aqueles enigmas...  
Mas é exatamente aí que está a graça - vencer dificuldades... E lembrar que isso nem é nada, já que o próximo da lista é uma reprodução de uma tela de Van Gogh... 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E como a chuva continue...

E como a cidade segue encharcada, o céu coberto de nuvens que desaguam sobre a terra, a chuva toca a alma, nada melhor que a poesia para enternecer e sossegar o espírito. E quando se fala em poesia, nada melhor que Fernando Pessoa.




Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva 
Não faz ruído senão com sossego. 
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva 
Do que não sabe, o sentimento é cego. 
Chove. Meu ser (quem sou) renego... 

Tão calma é a chuva que se solta no ar 
(Nem parece de nuvens) que parece 
Que não é chuva, mas um sussurrar 
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece. 
Chove. Nada apetece... 

Não paira vento, não há céu que eu sinta. 
Chove longínqua e indistintamente, 
Como uma coisa certa que nos minta, 
Como um grande desejo que nos mente. 
Chove. Nada em mim sente... 


(Fernando Pessoa - "Cancioneiro")

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Chuvas prenunciando mudança de estação...


Esta terça-feira amanheceu molhada pelas chuvas da noite, chuvas que só agora diminuem e dão um sinal de que talvez o Sol queira vir visitar a cidade. Sentada aqui, no quarto que ocupo quando de minhas visitas, ouço o distante apito de um trem que vai parando na pequena estação de Winchester, o ronco de um avião que vai cruzando os céus, o tímido chilrear de um pássaro que estava escondido da chuva e agora ensaia sair de seu ninho,  o motor de um carro ao passar defronte a casa, enfim, sons que nem chegam a tirar o sossego do lugar.
As chuvas vêm confirmar os prenúncios da próxima chegada do outono, já anunciada no início de mudança nas cores da paisagem, no esmaecimento das flores dos jardins, nas folhas que o vento já derruba quando passa por entre os galhos das árvores, e no frescor que se faz ao amanhecer. 

Durante toda a Primavera e o verão, os postes do centro da cidade ficam lindamente decorados com vasos de flores...

Com a proximidade do Outono, já não se vêm os lindos e coloridos vasos pela cidade...

Dentro de poucos dias começa a que considero a mais bonita, charmosa e elegante estação do ano e estou muito feliz por poder estar aqui por mais um tempinho, pois Outubro é o mês das cores, um encanto, que sempre me fascina. 
E é quando começam os preparativos para as festas mais tradicionais do país: Halloween, Thanksgiving e Natal, cada qual em um mês. As lojas já começam a ostentar decoração para o Halloween e as gôndolas já se vestem de roxo e laranja, mesclados ao preto, peças e roupas postas a venda para a ocasião. 
Na medida em que as coisas forem acontecendo, o Prosa vai trazendo as novidades para que seus amigos e leitores possam participar (se assim o quiserem) dessas festas tão bonitas. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um domingo "comme il faut"...


O domingo, ontem, foi "comme il faut"... Levantamos tarde, tomamos café ao ar livre, fomos ao cinema e, encerrando a tarde, paramos no centro da cidade para saborear um delicioso sorvete...
Levantamos tarde porque era domingo e, afinal, ninguém é de ferro e ficar um tempinho a mais na cama pela manhã é uma gostosura... 

 O dia azul era quase uma ordem para que o café da manhã fosse tomado ao ar livre...

O Alexander, que gosta muito de culinária, ajudou a mãe a fazer este bolo delicioso...

Tomamos café no deck porque o dia estava "um primor" de lindo, azul, anunciando um outono que se aproxima com todas as suas cores... 


Fomos ao cinema "levar os meninos para assistirem Capitão América" - e como justificar a ida de uma comportada velhinha para dar uma espiadinha num colírio para ninguém botar defeito, Mr. Chris Evans?... Meninas!!! Não fiquem fazendo uma idéia errada de mim, não... Só fui levar os kids ao cinema... E, em kids, incluam minha filha, já que todos sabem que filhos sempre são crianças para as mães... hehehehe... Bom, o fato é que, todo mundo gostou do filme (rs)... 

 A sorveteria, vista do outro lado da rua...

E em seu interior.

E paramos na sorveteria porque o sorvete lá vendido é realmente delicioso, e encerrou com chave de ouro nosso passeio.

Mas hoje por aqui é feriado, comemora-se o Labor Day (Dia do Trabalho). É, o primeiro de maio, quando fazemos nossa comemoração, e quer me parecer que é assim também em grande parte do mundo,  é para eles um dia embaraçoso, com tristes lembranças, então escolheram outra data. Assim, os kids estão em casa e vamos ter mais um dia especial, sem horário para nada, procurando curtir cada momento da companhia deles... E como já ouço conversa no quarto ao lado, vou pedindo licença para me retirar. Vou juntar-me ao resto do clã...