floquinhos

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Desejando Boas Festas...


Com o Natal praticamente batendo à porta, com os kids quase chegando, para nossa alegria, coisas e coisas a fazer, nem poderia ser diferente... O Prosa entra em férias! Claro que estaremos a postos para abrir nossas portas a qualquer momento, mas não estranhem nossa ausência, se acontecer, nos próximos dias. É tempo de "paparicar" filhos e netos, é tempo de dar um tempo ao coração de mãe e avó muito coruja... rs... 
Mas antes de semi-cerrar as portas (temporariamente, é claro) o Prosa quer desejar a todos os seus amigos e leitores um Natal de Paz, cheinho de amor e de alegrias e um 2013 muito, mas muito feliz.

BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO !

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Está tão difícil...


Por várias vezes, ontem, abri e fechei a caixa de postagens do Prosa sem nada escrever. Escrever  o que? Nem tenho nada a dizer... Quer dizer... Ter eu tenho, mas o tempo é de paz e o Espírito do Natal aconselha a calar, pelo menos à moderação... Mas muitas vezes, no silêncio do noite, eu me sento em minha poltrona favorita, fecho meus olhos e abro meu coração numa conversa  com Ele. O que a humanidade faz de si mesma, Senhor? Porque toda essa miséria humana, porque toda essa iniquidade, porque toda essa maldade, esse desrespeito para com os outros e até para consigo mesmo? Como chegamos a isso? Ou devo aceitar como verdade o que muitos dizem quando afirmam que o ser humano é mau, é cruel por nascimento e, salvo raras exceções, só se contém por medo das consequências, ou de Deus e de Sua incontestável justiça? E como a sociedade anda meio desleixada de suas funções e de seus deveres, e como a crença Nele anda meio esquecida, ou posta num segundo plano, vamos afundando neste mar de irracionalidades e de lágrimas amargas onde pais choram a perda de seus filhos, onde filhos ficam sem seus pais para guiá-los pelos caminhos da vida, onde o vício e a ganância, onde a impunidade e a prepotência vão dando as cartas, vão abrindo vielas de desespero no coração dos homens que ainda creem na humanidade, apesar de tudo... 

E os leitores do Prosa devem estar perguntando " a que veio esta conversa toda, tão negativa, em plena época natalina, quando o tempo deve ser de amor e de paz?"... Pois veio de um olhar mais atento ao cotidiano, às manchetes dos jornais, ao se estar mais conectada com o que acontece em torno de nós... Veio de todas a lágrimas que marcaram o rosto de tanta gente atingida pelo sofrimento da perda de seus entes mais queridos, veio da perda mesma de tantas vidas inocentes podadas pela insanidade, pela raiva, pela irracionalidade... Veio da opressão que causa em mim esta forma de viver e de encarar a vida que parece ter-se, definitivamente, instalado entre os homens...  

Pois é... Talvez fosse melhor que o Prosa continuasse em ressesso por mais uns dias... 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Para que possamos armazenar lembranças...


A praticamente uma semana do Natal, o trânsito absurdamente caótico, mais ainda do que costuma ser aqui por Sampa, um calor sufocante e chuvas caindo às pencas pela cidade, lojas ainda assim cheias, gente ainda assim com uma expressão de doce expectativa no olhar, ruas engalanadas, iluminadas, completamente coloridas... 
Festa religiosa? Festa familiar? Pretexto para reunir amigos? A alegria dos comerciantes? Sem dúvida, tudo isso e mais alguma coisa... E nosso povo está realmente carente desse "mais alguma coisa". Então, misturem-se todos os motivos, todas as tendências, todos os desejos e sonhos, e deixemos o Natal acontecer em nós, em nossos corações, em nossas vidas... E assim, quando o novo ano chegar, teremos mais alguns momentos a acrescentar na contagem de coisas boas do ano que se findou... Mais algumas caixinhas para guardarmos em nosso baú de recordações... 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Num dia de muita saudade....

Um retrato em branco e preto.

Minha alma viaja hoje no tempo e me conduz até a porta de entrada daquela igreja onde paro para ver entrar...


 "uma linda noiva em seu vestido de cetim rebordado em fios de seda, justo, emoldurando o corpo esbelto, carregando nas mãos um bouquet formado por lindos botões de rosa, um pequeno casquetinho a enfeitar-lhe os negros cabelos, ocultos, em parte, por um véu muito branco... Entra na igreja pelo braço de seu padrinho de casamento, olhos tímidos, cheios de amor e de esperança, colocados sobre a figura alta e morena do homem que a espera no altar. Caminho ao seu lado, passo a passo, sinto o estremecimento ao toque da mão dele ao amparar a dela, o som da marcha nupcial ecoando pela nave, toda a emoção de um momento que define o início de uma nova fase de sua vida, a formação de uma família linda, a vinda de filhos maravilhosos, de netos muito amados..."

E estou hoje tão emocionada como o estava há cinquenta e quatro anos, minha doce saudade... Foram quarenta e quatro anos ao seu lado... São dez anos sem você. E só a lembrança do que fomos me permite ser o que sou, continuar aparentemente inteira em meu solitário caminhar...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Coisas do coração...


Com a proximidade do Natal, o coração vai ficando apertadinho de tanta saudade...  Mãe, pai, marido, irmãos, amigos, tios, primos... tanta saudade!... Mas é saudade doce, cheia de boas lembranças, de muito riso, muito carinho, muitos momentos que foram palmilhando meus caminhos, aplainando minha jornada. Então é saudade boa, ainda que doa um pouquinho. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Minha pequena Vila de Natal



Sempre que decoro minha casa para as festas de Natal e Ano Novo, em cada pecinha que disponho, seja na árvore ou em qualquer canto da casa, sinto o carinho de momentos passados com amor, a delicadeza de uma amizade, a saudade, tudo embalado em doces lembranças, já que cada uma delas tem sua própria história: esta comprei com meu marido, esta eu trouxe de uma visita à minha filha, comprada em uma "Garage sale", esta comprei em um passeio pelo shopping com minha nora...


Montada a árvore, o pequeno presépio, colocados todos os arranjos, anjos e guirlandas na lareira, decorado o hall de entrada e o terraço, chega a hora de montar a pequena Vila de Natal que vem também carregadinha de amizade, já que começou como resultado de uma visita que fiz, há quase dez anos, a uma amiga até então virtual, lá em Michigan, logo após o falecimento de meu marido.


Tinha ido à casa de minha filha para ficar um mês com ela e com os kids que, naquela época moravam na Filadélfia. para recarregar minhas baterias após um dos períodos mais difíceis de minha vida, quando a Mara, falando por telefone com minha filha, pediu-lhe que me mandasse para ficar uns dias com ela. Quando minha filha e meu (então) genro falaram comigo já tinham comprado as passagens e assim, lá fui eu conhecer ao vivo e a cores uma pessoa maravilhosa, uma amiga linda, em cuja casa fiquei uns três ou quatro dias, desfrutando de uma hospitalidade incrível.


Mara e Jim estavam à minha espera no Aeroporto de Detroit e de lá seguimos para a casa deles em East Lansing, um lugar encantador. E foi na casa deles, linda, muito bem cuidada, muito aconchegante, que pude ver de perto uma Vila de Natal. E ao ver meu encantamento diante daquelas miniaturas dispostas junto à lareira, minha amiga planejou um lindo presente para meu próximo Natal, pois quando a época chegou, recebi pelos Correios várias casinhas e bonequinhos para que pudesse dar início à minha vilinha


E de lá para cá, a vila vai crescendo com novas aquisições que vou fazendo quando estou nas terras de Tio Sam pela época do Natal... Começou com um gesto de amizade, com a atenção e o carinho de uma amiga, e segue a cada ano como um dos pontos da casa predileto de meus netos menores...

sábado, 8 de dezembro de 2012

Palavras... Palavras....


"As palavras proferidas pelo coração não tem língua que as articule. Retém-nas um nó na garganta e só nos olhos é que se podem ler."

(José Saramago)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Niemeyer, um pioneiro...


A Nação se despede de seu mais ilustre arquiteto...

Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares, nome dos mais influentes na arquitetura moderna, pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado, mundialmente famoso desde a década de quarenta, parte hoje para a Pátria Espiritual, deixando atrás de si um legado de arrojo, de inovações, invejável. 


Seu melhor cartão de visitas, sem dúvida, é Brasilia,

 mas não dá para não lembrar da Igreja de São Francisco, na Pampulha, em Belo Horizonte, 

do prédio do MAC em Niteroi, 

do Memorial da América Latina, em São Paulo, entre tantas outras magníficas obras arquitetônicas deixadas por ele.

Nossa homenagem e nossos agradecimentos a esse brasileiro que fez por onde honrar a sua terra e a sua gente.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Histórias de superação...

"Anjo de Natal" 
(Original pintado com a boca por Ruth Christensen)

Há tantas pessoas no mundo que, privilegiadas, vão traçando seus caminhos sem a menor dificuldade, embora sempre achando que é pouco o que têm, não dando valor ao que as cerca, sempre insatisfeitas, sempre reclamando de tudo e de todos. Há ainda pessoas que física e mentalmente perfeitas, encaram a vida com tanta indiferença, jogando fora as oportunidades, deixando tudo para lá, numa apatia que faz dó, achando que qualquer coisa é motivo para desistir, para não ir além de coisa alguma, escoradas pelas esquinas de vida, culpando a tudo e a todos pelos seus fracassos. Nem vou nem perder meu tempo, hoje, falando de gente assim

"Presentes de Natal" 
(Original pintado com a boca por Liu Jen-Long)

Hoje falo aos leitores e amigos do Prosa sobre pessoas excepcionais que vão superando, em seu dia a dia, todas as enormes dificuldades que a vida lhes deu, que vão rompendo em seus caminhos, realizando seus sonhos, buscando na arte a motivação de suas jornadas. Pessoas que tinham até um motivo para se encostarem em suas lamentações, tornarem-se dependentes do amor e da caridade alheia, mas que ao contrário disso, dão exemplos de superação e garra, deixando sua marca e seu exemplo de vida.

"Arranjo Natalino" 
(Original pintado com a boca por Claudette Corpo)

Hoje rendo minha homenagem e deixo aqui meu respeito aos bravos "Pintores com a boca e os pés", pessoas que, incapacitadas de usar suas mãos para pintar, fazem-no com a boca ou com os pés, criando um trabalho muito lindo... 

"A caminho de Nazaré" 
(Original pintado com a boca por Francis Camilleri)

Recebo em casa, todos os anos, um envelope com cartões de Natal, cartões de presentes e proposta de compra também de calendários, todos estampando trabalho desses maravilhosos pintores, numa forma de arrecadar um pouco mais de fundos para a associação que os congrega. Hoje, ao recebe-los e antes de efetuar o pagamento devido, achei por bem divulgar um pouco a arte e o trabalho tão valioso desses artistas.

"A Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, fundada em 1956 por Erich Stegmann, tem providenciado, por mais de 50 anos, uma vida independente para artistas que não têm o uso de suas mãos. Todos os membros dessa sociedade internacional são incapacitados de pintar usando suas mãos, e todos são beneficiados com a satisfação em poder ganhar seu próprio sustento, independente de caridade."

Para saber mais a respeito, é só clicar no link abaixo.



(As imagens desta postagem são de alguns dos cartões de Natal deste ano.)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Não está fácil...


Está a cada dia mais difícil ler as notícias dos jornais, na manhã... Mortes, roubos, trapaças, corrupção;;; Que saudade do meu povo de "outras eras", Meu Deus! Simples, honesto, correto, confiável e cheio de esperança no futuro deste nosso Brasil!...

domingo, 2 de dezembro de 2012

Numa tarde de chuva...

Passeando pela tarde chuvosa deste sábado, através da janela do carro, vé-se que a Av. Paulista já começa a vestir-se para o Natal.

 Os primeiros enfeites, apenas uma pálida demonstração do que vai ser uma das mais belas decorações da avenida, uma agência de um banco.

A lateral do prédio

A entrada de um shopping

Em alguns dias, um mundo de luzes e de cores vai encantar os olhos de quem por lá passar.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

De novo em casa


De volta ao ninho já há quase uma semana e só agora um tempinho para voltar ao Prosa. Tanta coisa a organizar e reorganizar, o tempo foi passando sem que me desse conta. Tive o prazer de hospedar minha nora Maria Antonieta que ficou em Sampa para fazer um curso, recebi minhas amigas Kikinha e Idel para um chá, onde pusemos o papo em dia - amizade rara de mais de cinquenta anos, tantas histórias a contar, tanta coisa a relembrar... Tive meu filho e minha nora Graziele todas as tarde aqui conosco - filhote na cozinha, para alegria de nosso paladar... Mas como tudo o que é muito bom dura pouco, a semana passou e vamos voltando ao ritmo normal.


Ontem, finalmente, consegui vestir de Natal meu cantinho, o que deu um certo ar de magia aos quatro cantos da casa. A árvore, a lareira toda colorida, um Papai Noel aqui, outro alí, anjos, fitas, flores, festôes, bolas, sininhos, tantas figurinhas doces e coloridas... Está "comme il faut" para festejar a data.  


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Em tempo de agradecer...

Aos meus amores, aos meus amigos e aos leitores do Prosa lá do Hemisfério Norte...


HAPPY THANKSGIVING !

"Depois do Natal, acredito que a festa mais tradicional e importante lá pelas terras do Tio Sam seja o Thanksgiving Day,  ou o Dia de Ação de Graças - uma celebração em gratidão a Deus pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano
Esta festa predominantemente familiar acontece na penúltima quinta-feira de novembro, e é uma tradição vinda da Nova Inglaterra,  cuja primeira celebração ocorreu em Plymouth, no ano de 1621, em agradecimento a Deus pela primeira boa colheita, e reuniu índios e colonizadores em torno de grandes mesas montadas ao ar livre,  guarnecidas com patos, perus, peixes e os produtos colhidos da terra. Ainda hoje, o prato principal do Thanksgiving é o peru - razão pela qual a data é designada como "o dia do peru" (pobrezinho... rs...)"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A luz... As cores...


Um raio de sol atravessa a vidraça e bate na linda peça de cristal que repousa sobre a mesinha  transformando-se em todas as cores do arco-iris... Por um momento esqueço do que estava fazendo e fico ali, olhos deslumbrados pela delicadeza da imagem refletindo a luz. Como uma criança que descobre uma nova faceta da natureza, aproximo minha mão do cristal e fico brincando com as cores. E como que por encanto sinto-me essa criança que, por um átimo de segundo, consegue mergulhar na fantasia dos contos de fadas e princesas, de príncipes encantados que aprisionavam a luz dos olhos da amada para sempre em seus próprios olhos... A beleza, a suavidade das cores, sempre exerceram em mim um estranho encantamento. Acalmam-me, estejam elas no azul de um céu de primavera, no doce verde de um mar calmo, nas flores de um jardim, no vestido de uma menina, no olhar da pessoa amada, no prisma que as liberta do raio de luz...
E o dia que amanheceu todo azul, ganha tons suaves em degradée, colorindo a vida!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Tarefas de um feriado

O presépio

Feriado por aqui, em terras brasileiras, então minha nora houve por bem vestir a casa para o Natal. A casa é grande, o amor maior, por isso gastamos todo o dia nessa doce tarefa e ainda ficou um tantinho para terminar amanhã. 

Filho e nora montam a árvore

A árvore pronta!

Árvore montada, presépio também, guirlandas distribuidas pelas portas, lindos festões ladeando as escadas, papais-noéis espalhados pelos quatro cantos, lindos... flores vermelhas, dourados  entre o verde-vermelho, como pede a tradição e começa a instalar–se a magia de Natal... 




E começam os planos para a ceia, fala-se dos presentes - que devem ser singelos, apenas lembranças e carinho - programa-se o cardápio. Dezembro chegou bem cedo por aqui! Que bom!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Chuvinha boa!


Mais uma segunda-feira chuvosa, o que é bom demais quando se teve um final de semana movimetadíssimo, entre idas e vindas pela cidade em busca de idéias e lembranças para o Natal já tão próximo. Os shoppings já decorados, lindos, iluminados, com suas lojas a espera dos clientes anteciparem suas compras, algumas casas já iluminando suas fachadas, trazem o belo de dezembro ainda mesmo antes de novembro cruzar sua metade.  Parece que nosso povo anda carente de alegrias, de cores, nessa nossa rotina a cada dia mais tensa, mais corrida, mais preocupante. E, como se o Espírito do Natal trouxesse mudanças no cotidiano (e traz), procuram traze-lo o quanto antes para o nosso viver diário.
Mas a Segunda-feira está calma e o barulhinho da chuva caindo sobre o telhado traz um sentimento de paz, de aconchego, um convite à introspecção... Esse barulhinho doce, que não se ouve quando se mora em apartamento, esse som que convida ao "se deixar fica",  tão bom! 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Os postais e seus destinatários.


Chove suavemente sobre os campos, parques e jardins de Campinas nesta manhã de sexta-feira, prometendo um final de semana molhado por aqui. O pessoal da casa, cada qual com suas obrigações, sai bem cedo e fico eu por aqui entretida entre jornais e revistas, vira e mexe dando uma voltinha pelo mundo através desta telinha, enfim, ocupando o tempo que me cabe enquanto não volto ao ninho. E como estamos em contagem regressiva para o Natal, creio que minha nora e eu vamos estar bem ocupadas neste final de semana, mas enquanto isso, vou passeando uma certa preguicinha pela casa.
Folheando o jornal de hoje, uma crônica de Carlos Heitor Cony prende (como sempre) a minha atenção. Com ele passeio por Praga, depois de uma viagem  desgastante pelos aeroportos, constatando que, exatamente como ele, também perdi o medo de avião, mas "ganhei pânico dos aeroportos, pelas conexões, gates, esteiras, balcões de check-in". E ao longo da crônica, que encanto, ele acaba contando que escrevera um postal para o Carpeaux e só depois se lembrara que ele estava morto. Mas enviara o postal assim mesmo. E que também, já quase deixando Praga, enviara um postal ao Adolf Bloch, mesmo depois de lembrar-se que ele havia morrido seis anos antes, alegando marotamente que transferia esse problema para os Correios. E ainda que, quando chegasse em Roma,  mandaria em postal para si mesmo em Praga, usando como endereço a rua em que Kafka morava... Que fantástico senso de humor! Ou seria um tremendo apego aos grandes amigos? Não sei ao certo. Só sei que, como sempre, Cony iluminou minha manhã.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Lembrem-se que...


"Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saírem como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende de mim."

(Charles Chaplin)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Tão difícil!



No rosto de cada um espelhava-se a incredulidade da verdade da vida e em cada olhar, a angústia de uma saudade antecipada. A sala mergulhada num profundo silêncio, só interrompido pelo ranger dos parafusos ao correr na madeira, fechando definitivamente o ciclo de mais uma vida... E silenciosamente, la fomos nós, lágrimas incontidas a escorrer em cada face, acompanhar Letícia à sua última morada.  
Há dias que gostaríamos de esquecer, mas são exatamente esses dias que se cravam em nossas lembranças, para sempre.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

É quase dezembro!...


E o tempo vai se escoando tão rapidamente por entre os dedos que chega a assustar...  Num piscar de olhos, lá se foi o que, ontem mesmo, era o novo ano! Estamos em novembro? Já? Pois é! E cá estou de novo às voltas com a lista dos presentinhos de Natal, com os cuidados para com a nova decoração natalina, com os possíveis planos para os preparativos para o Reveillon. "Tá" certo que esta é uma época de quase magia, que cada detalhe toca a sensibilidade, o coração. Mas chega a cada ano mais depressa!  
Mas, quer saber? Isso é bom demais. Isso quer dizer que continuo aqui, desfrutando de cada momento, caminhando ainda por mim mesma em meus caminhos, rodeada por meus amores e por meus amigos, com a graça de Deus. Então, reclamar do que? S'imbora, gente, que dezembro vem aí...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Flor de romã?...


Fico sempre encantada quando minhas plantinhas começam a florir. Tenho tido alguma dificuldade em manter meus vasos bonitos, mas não desisto. E quando uma rosa abre, quando as azaleas colorem o terraço, é bom demais. E hoje foi a vez do meu pezinho de romãs mostrar suas delicadas e lindas florzinhas. Só espero que o vento que corre forte por aqui não as derrube de novo; vou ficar só alegria se nascer umas frutinhas nessa árvore que cresce em um vaso. Difícil, não? Mas eu vou cuidando dela com carinho, mesmo que não seja desta vez que ela consiga nos presentear com seus frutos... 


Para os leitores e amigos do Prosa que ainda viram a bonita flor de romã, aqui está ela.

Hoje, minhas saudades...


Um dia dedicado aos que são saudade, quando meu coração, meus pensamentos, minhas orações, ficam com meus pais, meus irmãos, meu marido, minhas doces e queridas saudades... Que o Senhor os tenha em Suas mãos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Já que é "de todos os santos"...


Novembro começa meio enfarruscado, anunciando possíveis chuvas para amanhã, o que costuma ser o normal para um Dia de Finados. Posto que hoje é Dia de Todos os Santos, é, finalmente o famoso Dia de São Nunca, um santo que, em meus verdes anos, costumava me deixar meio "encafifada" pois que eu tinha plena convicção de que ele existia, já que os mais velhos sempre apelavam para o tal santo quando não queriam (ou não podiam) fazer a vontade da criança que, perguntada quando afinal poderia ter isto ou aquilo, ia logo tendo como resposta: "No dia de São Nunca" E, arre, que o dia desse santo não chegava nunca... Demorava tanto que até acabávamos por esquecer o que pedíramos...  
Hoje a criançada é bem mais astuta,  e os santos do dia nem são lembrados, como nos calendários de outrora, onde cada dia trazia sempre o nome do santo homenageado na data.  Então... Salve São Nunca, o santo das promessas que não serão cumpridas jamais... rs... Nossa!,  já pensou como esse santo deve ter devotos? 
rs... 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

No Dia das Bruxas...


Especialmente para meus amores lá do Hemisfério Norte, meus votos de um

HAPPY  HALLOWEEN !


Adoraria estar aí com vocês hoje, "apavorada" com suas caracterizações, deliciada com o jantar cheio de travessuras e coisas boas...  Mas minha vassoura resolveu entrar em pane justamente hoje!... hehehehe...  Divirtam-se muito boys!

sábado, 27 de outubro de 2012

Bairros que envelhecem

Saindo da Praça da Sé...

Os bairros, como as pessoas, também envelhecem e, ao envelhecerem vão decaindo, tomando um certo ar de tristeza, de abandono, até. Ontem precisei voltar ao bairro de minha infância. Fui com minha nora até a avenida principal desse bairro, em busca de tecido de tapeçaria para refazer as cadeiras de minha sala de almoço. 

A Igreja da Ordem Terceira do Carmo continua lá, ao lado da Secretaria da Fazenda

Antes sóbria, quase elegante, com um comércio bem diferenciado para a época, mergulha hoje numa indiferença total, sem marcas nem estilo, sem nem sombra do pretenso glamour dos anos dourados, quando contava com alguns bons restaurantes, boas lojas, com seu "footing" dos sábados e domingos à noite, que a fazia parecer tão iluminada, carregada de sonhos presos aos jovens corações que por lá passeavam na esperança de encontrar aquele alguém tão especial...

A igreja de minhas doces recordações

Minha primeira escola

Pude rever a escola de minhas primeiras letras, a igreja de minha primeira comunhão e na qual me casei, a rua onde cruzei por primeira vez com o homem que seria meu marido, as calçadas que abrigaram meus sonhos de menina-moça, de sonhadora mulher, mas já não eram as mesmas ruas, as mesmas calçadas, a mesma igreja, a mesma escola, embora tudo continuasse lá  no mesmo lugar, do mesmo jeito, mas ao mesmo tempo tão completamente diferente... Havia em torno  de tudo um ar de decadência, de uma certa desesperança... . 

O doce charme de outras eras...

Não pude deixar de me sentir triste, de pensar que os bairros, como as pessoas, deveriam saber  envelhecer sem perder o charme...