floquinhos

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Qual é o tempo que o tempo faz?...


De novo em Campinas, matando saudades dos meus amores de cá, ouvindo a chuva cair lá fora, nesta segunda-feira que nem chega a ser de preguiça, já que de preguiça foram os dias da semana passada, depois da chegada a Sampa, com aquele cansaço provocado por uma viagem longa e sempre tensa, agravado pela diferença de fusos horários, etc, etc...
Ontem o dia foi calmo, muito agradável até a tardinha, quando meu filho ligou lá de Sampa para avisar que os céus tinham dasabado em chuvas e que Dona Chuva, não contente em estragar o domingo, ainda resolveu invadir meu apartamento, pela porta do terraço lá de cima, descer pelas escadas em caracol, desavergonhadamente, e dar um banho nos meus tapetes dos corredores, do meu quarto, fazendo com que o piso  ficasse preparadinho para "esgarçar"... E como, num aperto, tudo vale a pena, lá se foram minhas toalhas de rosto e banho servir de barreira para que a sala, pelo menos, fosse preservada... Minhas lindas toalhinhas, tão aconchegantes... snif.. snif... 

E eu que sempre pensei que, por morar no oitavo andar estaria livre de ver a água ir invadindo meus espaços, causando problemas, prejuizos, além da trabalheira que dá para limpar tudo e da tensão a que se fica submetida... Pois, sim!... Só que, ao invés de vir subindo pela soleira da porta e pelos ralos, ela entra pela porta do terraço, toda sem cerimônia, toda metida, olhando a gente de cima para baixo... 
Liguei para minha fiel escudeira e disse o que estava acontecendo para que ela se preparasse para o que iria encontrar hoje, quando abrisse a porta lá de casa e fiquei na expectativa do que ela teria para me contar, mas parece que meu filho deu conta do recado, colocou os tapetes para secar, secou o piso, depois, é claro, de desobstruir os ralos do terraço lá de cima que, sei lá como, andam entupindo mais do que seria normal. Estou achando que talvez  seja um reflexo de se estar fora de casa por tanto tempo...
Enfim, aqui estou eu, de novo - cá, com o pensamento lá... Acham que é carma?... Sei, não...

Cadê minha música?...


(Música é para ouvir, para sonhar, para dançar... Música para o coração...

Pois é, meus amigos, costuma-se dizer por aí que "em time que está ganhando, não se mexe"... Sinatra vinha cantando e encantando a quem viesse a este cantinho para dois dedinhos de prosa, mas achei que ele estava precisando de um descanso e fui ao MixPod para trocar o fundo musical do Prosa. Escolhe daqui, procura dali, fui montando outras playlists e, uma a uma, tentando colocar aqui, mas cadê que eu consigo?  Elvis, Ella, Rod, parece que todo mundo resolveu tirar folga... Coloco um, coloco outro, e nada da música invadir o espaço... Agora parece que Mr. Benet resolveu colaborar, mas fica só falando da sua solidão.. 
Então, com um pedido de desculpas, vou continuar tentando acertar o fundo musical. Só peço a vocês um pouquinho mais de paciência para com o "estrelismo" deste meus intérpretes do coração - ou com o nosso MixPod que anda assoberbado de tanto trabalho...


Nosso Emílio Santiago, cheio de bossa e de boa vontade, consegue enfim restabelecer o som aqui no Prosa... Espero que gostem

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O que não se perdeu...


"Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu."

(Lya Luft)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nesta manhã de sábado, poesia...


Cantilena


O céu parece de algodão.
O dia morre. Choveu tanto!
As minhas pálpebras estão
Como embrumadas pelo pranto.


Senti-o descer devagarinho,
Cheio de mágoa e mansidão.
A minha testa quer carinho,
E pede afago a minha mão.


Debalde o rio docemente
Canta a monótona canção.
Minhalma é um menino doente
Que a ama acalenta mas em vão.


A névoa baixou. A obscuridade
Cresce. Também no coração
Pesada névoa de saudade
Cai. Ó pobreza. Ó solidão!


(Manuel Bandeira)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cadê meu doce amanhecer?...


A janela dormiu escancarada, trazendo a brisa fresca da noite para dentro do quarto. O sono custou a chegar, só resolveu envolver-me quando a madrugada já vinha alta. Acordo estremunhada, incomodada pelo barulho a que já me desacostumara em tantos meses de doce silêncio ao amanhecer, onde nem os pássaros do bosque ali haviam ficado para a cantoria matinal, premidos pelo inverno. Uma sirene estridente rasga o ar, uma buzina insiste em anunciar que algum motorista impaciente tem muita pressa, o ronco de um caminhão cujo motor deve estar desregulado faz coro a um sinal irritante avisando que ele está em manobras na construção logo mais abaixo, na rua, um cachorro resolve latir sua solidão num quintal vizinho ao condomínio... Meu Deus, que barulho infernal!... Cadê meus bem-te-vis que, com seu canto peculiar me serviam de despertador? Cadê o canto dos pássaros que anunciavam o dia, em algazarra? Cadê meu amanhecer no terraço a espera da chegada do beija-flor assustado, que mal sugava umas gotinhas do néctar sempre colocado no bebedouro, antes de sumir de novo nas cores da manhã? Cadê minhas doces manhãs? Parece que foi feito um complô, um comitê de "boas vindas" da cidade para me trazer de volta, rapidinho, a uma realidade que eu havia esquecido, a uma agitação cotidiana que nem se percebe quando a ela estamos habituados... 
Preciso esquecer que ventiladores são aparelhinhos insuportáveis zunindo dentro da noite, num quarto abafado, cujas janelas devem ficar fechadas para isolar o irritante ruído de um dia que começa numa cidade que nunca dorme... Preciso traze-lo para perto da cama e aguentar o vento que vai e volta, vai e volta, refrescando o ambiente - e quem disse que gosto de vento? Gosto sim de uma brisa que passe docemente, de um soprar suave que traga o perfume das damas-da-noite a envolver a alma, de ventinho, enfim... Mas desse vai e vem, vai e vem, de um vento constante, acompanhado de um motorzinho que ronca irritante ao fundo... Ah, gosto não!... Entretanto, tenho que pesar os prós e os contras e admitir que, entre esse barulhinho do ventilador e o festival de ruídos que uma janela aberta num amanhecer de Sampa me oferece, melhor esquecer  o romantismo e deixar que a janela anti-ruídos (que para isso foi instalada) cumpra seu papel e traga um silêncio benfazejo ao despertar de mais um dia que se prenuncia meio nervoso nesta cidade que me fazia falta e que começa a me trazer saudade de outros despertares tão mais tranquilos. Afinal, o que me acordava todas as manhãs era o leve toque na porta anunciando a entrada do Philip no quarto, dizendo "bom dia, vovó, você dormiu bem?", enquanto debruçava-se sobre a minha cama para me dar um beijo, antes de sair dizendo "agora vou dar bom dia para a mamãe",,, 
Vocês hão de convir que as diferenças pesam... E como pesam... rs...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Passaram os ventos...




Vento


Passaram os ventos de agosto, levando tudo.
As árvores humilhadas bateram, bateram com os ramos no chão.
Voaram telhados, voaram andaimes, voaram coisas imensas:
os ninhos que os homens não viram nos galhos,
e uma esperança que ninguém viu num coração.


Passaram os ventos de agosto, terríveis, por dentro da noite.
Em todos os sonos pisou, quebrando-os, o seu tropel.
Mas, sobre a paisagem cansada da aventura excessiva - sem forma e sem eco,
o sol encontrou as crianças procurando outra vez o vento
para soltarem papagaios de papel.


(Cecília Meireles)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

De volta pro aconchego...


Enfim, de volta ao ninho, após  quase vinte e quatro horas entre aeroportos e aviões, porque as vezes o tempo (clima) nem se importa com a sua pressa em chegar... 
Desde a última nevasca, há uns dez ou quinze dias, o sol brilhou em Winchester, apesar do frio. Dias lindos, prenunciando que continuaria assim pela semana, mas... Pois é, sempre tem um mas... Exatamente na segunda-feira, amanheceu nevando, tudo branquinho de novo, dando aquele medinho de que se a neve continuasse, os aeroportos acabariam fechando e ai... nossa, que perrengue... Mas ao meio dia, a neve foi parando e lá pela uma fomos para o aeroporto. Os kids aproveitavam uma semana de feriados escolares e por isso foram levar a vovó ao aeroporto, também. Claro que a vovó teve que fazer a maior força para não chorar (muito), mas, despedidas feitas, lagrimas escondidas, a espera de duas horas e o embarque para Washington, tudo sem problemas. Chegada em Washington sob chuva, mas sem o menor resquício de neve. Ah, que alívio! Alivio, é? Horas depois, quando já estávamos a bordo e o Comandante anunciava os preparativos para decolar rumo a São Paulo, juntou a isso o aviso de que estávamos sob uma forte chuva de gelo e que seria preciso esperar que parasse para que o pessoal da manutenção limpasse a pista (do gelo), e que isso levaria possívelmente uma meia hora. Meia hora depois, ele volta a avisar que levaria ainda mais uma meia hora, mas nada de decolagem... Depois da chuva parar, o avião teve que ser levado até a pista (já limpa) por um rebocador, onde seria, ele também, limpo. Através de jatos de um líquido que a comissária não disse qual era, os aviões, livres do gelo, poderiam decolar. Mas a fila de aeronaves aguardando vez era bem grande. Resultado? Ficamos mais de três horas, sentados em nossas poltronas até que o piloto tivesse sinal verde e, daí para a frente, foi tudo muito tranquilo, mas chegamos a Guarulhos ao meio-dia, quando o horário para o pouso seria as nove e quinze.  A essa altura, como acontece sempre, esta amiga aqui sem comer e sem dormir - já estava um "bagaço".  Acreditem, não sinto fome, nem consigo dormir em viagem... Chegar em casa, desfazer as malas, separar as roupas para guardar ou lavar, separar as lembrancinhas de viagem (viagem sem lembrancinhas? nem pensar! É cada bugiganga... rs... Na hora de comprar a gente diz: "Wowww, é a cara de fulana", ou, "beltrana adoraria isso", mas quando chego em casa, olho bem e penso" "Nossa! Será que ela (ele) vai gostar?  E no fim, todo mundo gosta e se não gosta, fica com peninha de quem carregou malas tão cheias e pesadas e vai logo abrindo um sorriso e dizendo que "adorou"... rs... 
Bom, aqui estou eu, de novo, em meu cantinho, matando saudades, esperando momento de rever meus amores e tentando descansar. Por hoje eu me recolho ao meu sofá predileto para ver um filme, até que, vencida pelo cansaço, mergulho nos braços de Morfeu... Amanhã espero voltar renovada aqui ao Prosa para nosso tradicional bate-papo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

De malas quase prontas...

No "bota-fora" da Vovó...

O domingo amanhece cinza, bastante frio, mas as nuvens foram se dissipando e temos agora um dia todo azul... E eu aqui, recostada na cama, tentando tomar coragem para levantar e recomeçar a arrumação das malas. Afinal, este é o último domingo desta temporada aqui entre meus amores e cada minuto deve ser saboreado, curtido. Amanhã volto ao ninho, pelas asas da United, dividida entre a pena de partir e a alegria de chegar, a saudade antecipada de minha filha e de meus kids e a expectativa de rever meus filhos e netos em Sampa e Campinas... 
Quando meu pai tinha uma situação assim, de dois polos, dois sentimentos, ele costumava brincar dizendo: "não sei se rio, se choro..." Ele só brincava, porque sabíamos muito bem que ele não choraria, homem forte, a antiga, que era, de um tempo em que o "um homem não chora" era uma norma. Só o vi secar uma lágrima teimosa em duas ocasiões - quando perdeu a mãe e, muitos e muitos anos depois, quando perdeu a filha mais velha.
Ah, mas esta filha dele, aqui, é completamente o oposto do pai... Chorona de carteirinha, rio e choro por qualquer "dá cá aquela palha". Rio quando feliz, claro mas choro na alegria e na tristeza... E tem coisa mais gostosa do que chorar num momento de felicidade? Tem, não!...  Então, de antemão, já sei que vou me desmanchar de chorar na hora de me despedir de minha filha e dos meus netos, como sei que vou chorar de alegria, lágrimas misturadas ao riso, quando abraçar meus filhos e netos quando os encontrar. Como sei também que de minha nora, Maria Antonieta, uma chorona como eu, vou receber risos entre lágrimas. Nesse deixar fluir a emoção livremente somos bem parecidas, ela e eu...


O bota-fora começou ontem, com um almoço, a pedido dos kids, no "Old Country Buffet".  As fotos  ilustram o post, também por um pedido dos kids.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Piaçabuçu - As Margens do "Velho Chico"





Piaçabuçu – No Delta do São Francisco

Volto, hoje, a falar sobre cidades com nomes diferentes ou interessantes que encontro na lista dos visitantes do Prosa, já que ontem recebemos a visita de um morador de uma pequena cidade do sul do Estado de Alagoas, na Região Nordeste deste nosso imenso Brasil

Situada entre a Foz do Rio São Francisco e o Oceano Atlântico, lá está ela, toda linda com suas praias de dunas, com seus barcos  prontos para fazer a travessia do “Velho Chico”, em sua foz entrecortada de ilhas, levando turistas... Lá está Piaçabuçu, conhecida como a Capital Alagoana das Palmeiras,  com uma população de (aproximadamente) dez mil habitantes, cujo nome, de origem indígena, é uma corruptela de pe-haçab-uçu, que significa, segundo os especialistas da língua tupi-guarani, “passagem geral do caminho”.
De colonização portuguesa, seus habitantes trazem, no entanto,  traços dos povos que a formaram e ali viveram , sendo uma mescla de índios, africanos e europeus.
Sua principal renda provém da atividade primária, com o coco, o arroz, a cana de açúcar e a pesca, sendo um importante polo pesqueiro e é em Piaçabuçu que encontramos  o maior banco de camarões do nordeste brasileiro.. 
Um dos maiores atrativos turísticos de Alagoas fica em Piaçabuçu, no Delta  Rio São Francisco,  cenário de indescritível beleza quando suas águas se encontram com o mar., com dunas de areias claríssimas e várias lagoas de águas mornas.






Foi muito prazeiroso poder levar os leitores do Prosa por um passeio, em rápidas pinceladas,   a mais uma cidade que nos deu o prazer  de chegar ao Prosa.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ter o mundo como mestre...



"Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire na prática."

(Willian Shakespeare)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A escolha das músicas para o Prosa...



Música é alguma coisa que vai nos envolvendo, tomando conta de nossos sentidos, parecendo entrar por cada um dos poros de nossos corpos,, até chegar a alma... Pelo menos é assim que a sinto. Por isso, por saber como a música faz bem a alma, tenho muito cuidado ao escolher as seleções que costumam servir de fundo musical ao Prosa. Procuro sempre canções que transmitam paz,  romance, ternura.
Mas as vezes, feita a escolha, coloco no blog e paro para ouvir atentamente, enquanto passeio meus olhos pela página e, nem sempre gosto da seleção, nem sempre a seleção tem a ver com a apresentação ou com os textos ou poemas deixados aqui, Se não sinto a música me tocar, volto ao site e procuro nova seleção, mas acabo sempre nos meus queridinhos e eis que retornam Elvis, Sinatra, Nana, Bublê, Betânia, como vocês já devem ter notado. Como também as “divas” da musica americana do século passado, sempre voltam, sempre temos Ella, Dinah, Etta, Sara, por exemplo.
E. por isso mesmo, muitos dos interpretes que até gosto, e muito, como Toquinho, Chico, Caetano, Elis, nem sempre passam por aqui. Ouço-os sempre, com prazer imenso, mas parece que eles não gostam muito de ficar entre as quatro paredes do Prosa. Ficam reverberando, meio deslocados. Então, volto a buscar um dos meus queridinhos.
Hoje, por exemplo, achei que era tempo de dar um descanso a Nana e sai em busca de novas músicas. Lembrei-me que nunca tocara Roberto aqui no Prosa. Escolhi algumas gravações dele que mais gosto e trouxe para cá, mas o resultado foi desastroso. Não combinou, mesmo! Sai então em busca de Willie Nelson, trouxe até mesmo o seu “Crazy”, mas também não deu certo.
Resultado? Aí está Mr. Sinatra (A Voz), para deliciar os ouvidos dos nossos queridos amigos e leitores. Espero que gostem.

As suas escolhas...



"A vida é a soma de todas as suas escolhas."

(Albert Camus)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Orquídeas Azuis?...


Domingo, depois do almoço, resolvemos ir ao Mahoney's Garden Center, uma enorme casa de venda de flores e plantas em geral, onde estava acontecendo uma especial venda de orquídeas. Num espaço imenso, orquídeas de todas as espécies, tamanhos e cores, deslumbravam os olhos dos clientes. Durante bem mais de uma hora ficamos entre elas, deslumbradas, e sem saber qual, ou quais. escolher.
E num espaço só delas, lindas orquídeas azuis, de um azul forte, diferente, que me fizeram pensar  naquelas rosas brancas cujo caule mergulhado em água com anilina azul, acabavam por ostentar pétalas azuis, mas como as orquídeas eram plantadas, imaginei que talvez fosse uma mutação. 
O fato é que eram meio estranhas, talvez porque o azul seja reservado na natureza as florinhas delicadas, pequenas, ver flores maiores nesse tom causa (pelo menos para mim) uma certa estranheza. Mas ai estão elas para a apreciação dos leitores e amigos do Prosa.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Na Nova Inglaterra...


Hoje é Valentine's Day, mas é também dia útil, de trabalho normal, de escolas funcionando, e por isso resolvemos comemorar nosso Valentine's ontem, com um almoço em família, no lugar de escolha dos kids, nossos mais queridos Valentine's. E eles escolheram a IHOP, ou seja, a International House of Pancakes, em Cambridge, cidade as margens do Rio Charles, que a separa de Boston, cidade que abriga tantas cabeças coroadas da ciência e da tecnologia, tantos prêmos Nobel, que circulam entre os corredores e salas da Harvard University, ou do MIT (Massachussets Institute of Techology). Cidade que recebe tantos estudantes do mundo todo, tantos sonhos e tantas esperanças no futuro que escolheram e que lutam por conquistarem. 

Uma cidade tipicamente inglesa em sua arquitetura, tipicamente americana em seu jeito de ser. Não a conheço bem apesar de estar por aqui com relativa frequência - como hoje, por exemplo, que estou escrevendo este post na sala de trabalho de minha filha - e ontem pude ve-la um pouco mais, a caminho do restaurante. Prédios de tijolinhos vermelhos, como os de Londres, dão um ar europeu a este pedaço dos Estados Unidos que, não sem razão, é chamado Nova Inglaterra. Cidade que ainda fica por "desbravar" numa próxima estada em terras de Tio Sam, já que a hora de voltar ao ninho está chegando.



Nas fotos, a rua onde se situa o restaurante - como o proprio nome diz, o lugar certo para quem gosta de panquecas...

Neste dia que é só amor...


HAPPY VALENTINE'S DAY

FELIZ DIA DOS NAMORADOS


Rosas para os amigos e leitores do Prosa, em cujos corações pulse o amor, a paixão, desejando que passem um dia muito feliz ao lado de seus amores.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quando me amei de verdade...



Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.

Hoje sei que o nome disso é... Respeito.

(Charles Chaplin)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

VALENTINE'S DAY


Na próxima segunda-feira, como sabem, comemora-se por aqui o Valentine's Day, um dia dedicado ao amor, não só dos namorados, mas ao amor entre amigos, entre pais e filhos, entre parentes, enfim, o amor em todos os seus sentidos, demonstrado através de uma simples troca de cartões, um telefonema ou ainda com uma troca de presentes, o envio de flores ou bombons, enfim, uma linda festa de carinho e estima.

 E a cidade respira Valentine's Day, veste-se de vermelho, há corações espalhados pelas lojas todas, paira no ar uma certa ternura... Ontem, ao entrar numa drogstore, deparei-me com uma imensa quantidade de mochilas num canto e fiquei encantada ao ver um bando de adolescentes, saídos das escolas ao fim de mais um dia de aula, que circulavam pela loja, escolhendo cartões e pequenas lembranças que certamente ofereceriam com carinho a alguém, para eles, muito especial. Havia uma agitação e uma alegria tão bonita entre eles que não pude deixar de me comover. Tantas lembranças vieram a minha mente... Eram outros tempos, era outra cultura, mas o brilho no olhar era o mesmo, a inquietude na alma era a mesma, sem a menor dúvida.
E há coisa mais significativa num Valentine's Day que lindas rosas vermelhas? Exite uma única mulher no mundo que não tenha sonhado em um dia receber rosas vermelhas de seu amor?  Ah, não! Não mesmo!...


As lindas rosas (vermelhas) que adornam este post foram recebidas ontem por minha filha, em cujos olhos vejo a alegria do recomeço, da superação de mágoas, do reencontro com os sonhos, da perspectiva de um novo amor. E isso me faz tão feliz!...




HAPPY VALENTINE'S DAY


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Uma bem possível causa...



"Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram."

(Carlos Drummond de Andrade"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Espera Feliz - Lindo nome para uma cidade...



Tem nome mais bonito para uma cidade que “Espera Feliz”?

Tenho por hábito, todos os dias, antes de fechar o laptop, ir ver de onde vieram as visitas para o Prosa. 
Além, claro, de ficar feliz com a presença dos amigos constantes e dos leitores esporádicos, fico encantada quando percebo que tivemos   visitantes de várias partes do mundo, gente das Américas, da Europa, da Ásia, da África, gente de língua diferente que, provavelmente cai aqui por acaso e fica um pouquinho mais, só ouvindo a música, por isso procuro sempre músicas melodiosas, doces, para agradar o ouvido de quem as queira ouvir, porque a presença de cada visitante, cada amigo, cada leitor do Prosa é motivo de muita satisfação e deixa-nos muito orgulhosos.
Mas eu me encanto demais com pessoas dos confins deste meu país gigante, país de tantas culturas em uma só, país de gente que sabe ser amiga, que sabe (ou pelo menos tenta sempre) rir e ser feliz. Tenho encontrado nomes singelos, estranhos, esquisitos, poéticos, engraçados, solenes, toda uma gama de nomes de cidades acaba ficando registrada no site de estatística  dos leitores do Prosa e sempre que não conheço, ou que nunca ouvi falar de uma cidade, vou procurar saber, pelo menos em que Estado da Federação ela se situa. Dessa forma vou conhecendo mais meu Brasil, seus habitantes, numa espécie de homenagem aos visitantes que passam incógnitos pelo Prosa. Incógnitos, mas não despercebidos...
Hoje deliciei-me com um nome que, em si, é um cântico: Espera Feliz! E encantada fui abrir os mapas do Google e encontrei essa pequena cidade no alto das serras lá das Minas Gerais, na Chapada dos Veadeiros, Zona da Mata. Seus pouco mais de 20.000 habitantes tem sua pracinha ajardinada em frente a Igreja, tem um ensino de boa qualidade, tem cachoeiras, uma vida pacata, como bem cabe ao interior mineiro... Vi algumas fotos da cidade, de sua gente e confesso que tive muita vontade de lá ir um dia, viver aquela tranquilidade, aquela mineirice boa., ainda que por apenas um final de semana.
E enquanto escrevia este post, fui pensando cá com meus botões que, sempre que achasse um nome que mexesse comigo, poderia fazer menção dele aqui no Prosa. E isso poderia valer para aquém e além-mar, para um ou outro hemisfério.  
 Seria, sem dúvida, uma delícia ir desbravando as veredas que “desaguam” no Prosa...

Fevereiro/2011

Em contagem regressiva...


Já em contagem regressiva para a volta ao ninho, começo a sentir aquela sensaçãozinha estranha que me envolve toda vez que tenho uma longa viagem pela frente. Adoro viajar, mas só de pensar na odisséia que são os aeroportos atualmente, vou ficando tensa. As pessoas perguntam - "Mas você viaja tanto, ainda não se acostumou?"  Definitivamente, não! 
E tentando disfarçar essa ansiedade, começo a separar as coisas para facilitar na hora de fazer as malas. E haja malas!... É uma coisinha comprada aqui, outra ali - afinal, este é um país de consumo, cheinho de novidades, uma loucura. Um adorno para a casa, um objeto "indispensável" para a cozinha lá de casa (rs), uma roupa de inverno em oferta, uma bota linda, uma lembrancinha para cada um dos amigos e dos amores, um maravilhoso perfume francês (um dos meus pecados) que lá na terra chega a ser proibitivo e aqui você encontra numa ponta de estoque, ou mesmo numa loja especializada por um precinho que não dá para desprezar, alguns presentes ganhos no Natal, outros recebidos da filha e dos netos sem precisar de data nem de motivos para serem oferecidos, sem contar as pequenas novidades que não dá mesmo para deixar de comprar e que depois você descobre que poderia muito bem ter deixado na loja... rs...
Assim, vou separando o que vai para as malas do que vai ficar no armário do quarto que é meu enquanto estou por aqui e, acreditem, acabo por deixar quase um guarda-roupas completo de roupas de inverno que, afinal, nem seriam usadas no frio do nosso Brasil que é bem mais ameno do que o lindo outono desta região. São blusas de lá, casacos, cachecóis, gorros, botas de inverno, fica tudo guardadinho para a próxima temporada. E, ainda assim, as malas acabam cheinhas e pesadas demais para a minha fragilidade, mas cadê que eu aprendo? rs...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Com a maturidade...


"A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura."

(Lya Luft)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O lado feio do belo...


O dia enfarruscado, todo cinza, o anúncio de perspectiva de novamente termos neve, e eu aqui pensando no tempo em que, vivendo num país cheio de sol, onde só muito raramente e em muito pequena quantidade, lá pelas bandas do sul, cai uma nevezinha, sonhava em um dia poder ver de perto as imensidões geladas, cobertas de neve, a luminosidade e a brancura refletindo luzes, exatamente como  via nas fotos das revistas ou nos cartões postais. Quando muito, num filme de Hollywood, onde sempre – ou quase sempre -  tudo acabava bem.
Mas, como o mundo dá muitas voltas,  vejo-me um dia pulando de um hemisfério ao outro, instalada por meses em um desses lugares-cartões-postais que sempre me encantaram, vivendo a realidade nua e crua dessa beleza toda.
Sim, é muito belo... quando começa a nevar. Quando os flocos vão caindo docemente, levemente, como plumas, e vão pouco a pouco branqueando tudo.  Lindo! Corro a pegar minha câmera, tiro fotos que não acabam mais, a cada vez que saio com minha filha, levo minha câmera e vou fotografando tudo.  Tudo tão branco, tão luminoso. Ai vem o sol e fica tudo mais lindo ainda, azulado, dourado, lindo...
Mas os dias vão passando, a tal da neve tão linda vai se acumulando, nevasca após nevasca, até ficar insuportável caminhar pelas calçadas, sair ao jardim, e a neve começa a derreter e fica tudo uma lamaceira só, e a poluição vai fazendo das suas sobre as montanhas de neve retiradas do leito carroçável das ruas para que o transito possa fluir, e aquele branquinho todo vai ficando feio, sujo, encardido, e a neve vai virando gelo onde você escorrega e corre o risco de cair e quebrar sua linda perninha... E o frio chega com vento , e aquelas camadas  todas de roupa que você precisou vestir para não congelar quando saiu a rua, parecem feitas de filó, pois o vento penetra por elas todas, da mesma forma, e você se sente enregelar
É bem verdade que os moradores da região dizem que este está sendo um inverno atípico, que faz para mais de doze anos que não nevava tanto – Pode bem ser, porque , faz dois anos, passei aqui um inverno e não me lembro de ter sido tão rigoroso..  Sei não!...
.Conclusão? Num próximo inverno que passar aqui, vou estipular que só fico durante as duas primeiras nevadas, enquanto tudo é novidade, tudo é bonito. Depois... Ah, depois volto correndo pro meu sol de verão...

(Winchester, fevereiro de 2011)









 E limpar a neve das entradas da casa não é tarefa fácil...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

E quem se cansa de sonhar?...


"De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos."

(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Minha vida não foi um segredo...



Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar..

(Mario Quintana)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Anoitece...


A noite chega tão mansamente quanto os delicados flocos de neve que caíram sem cessar durante todo o dia, paralisando a cidade. Há um silêncio profundo, envolvendo tudo., ha  uma certa nostalgia querendo fazer morada em  minha alma... E eu fecho meus olhos e abro as amarras que a prendem, deixando-a voar livremente em busca de sonhos, de lembranças, de momentos vividos ou imaginados