VINÍCIUS DE MORAES
Soneto do amor como um rio
Este infinito amor de um ano faz Soneto do amor como um rio
Que é maior do que o tempo do que tudo
Este amor que é real, e que, contudo
Eu já não cria que existisse mais
Este amor que surgiu insuspeitado
E que dentro do drama fez-se em paz
Este amor que é o túmulo onde jaz
Meu corpo para sempre sepultado
Este amor meu é como um rio, um rio
Noturno, interminável e tardio
A deslizar macio pelo esmo
E que em seu curso sideral me leva
Iluminado de paixão na treva
Para o espaço sem fim de um mar sem termo.
3 comentários:
Maravilhoso!!!!!!!!!
Grata pela partilha querida amiga!
Beijinhos e votos de Feliz Páscoa,
Ana Martins
Obrigada, Ana.
Uma Feliz Páscoa para você também.
beijos
Apenas uma rosa
Ela trazia na sua mão
Ao longe senti o aroma
Que o vento leve e suave trouxe.
Podia então sentir teus passos
Andando vagamente
No silêncio escondido
Para que eu não despertasse
Daquele sonho envolvente.
Senti então o barulho da porta
Que abria lentamente
Seu perfume dominava
Entrava nos meus sonhos
Invadia a minha alma.
Meu quarto perfumado
Era o aconchego, o
Meu refúgio, o meu pensar.
Espalhada na cama
Envolvida nos lençóis vermelhos
Elea chegava de mansinho
Nem pedia licença,
Já me enchia de carinho,
Beijava-me inteiro,
Deixava-me alucinado
Envolvia-me nos seus desejos.
Meus sonhos se foram
Ali estava ela delirando
Pelo meu amor.
Suas mãos atrevidas ela deslizava
Não temia os limites
E eu ali sonhava e vivia
Toda aquela magia
Todo aquele momento
De ternura e encanto.
Ah! Que belo sonho...
Eterno ele será
O dia que você existir,
Não precisa nem trazer a rosa
Traga apenas o seu coração
E sua alma cheia de amor
Que eu cuidarei da sua vida
E do seu amor.
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