floquinhos

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Do meu posto de observação...


Lá do meu "posto de observação", no centro de um imenso e agitado salão de baile, a principio meio deslocada no tempo e no espaço, mas depois aproveitando o momento para aprender um pouco mais sobre as pessoas, fui tecendo algumas idéias sobre gente que nunca tinha visto, fui criando algumas histórias, coisa que costumo fazer de vez em quando. E em momentos assim, comparações são inevitáveis, sempre acontecem, porque cinquenta anos separam minha adolescência da destes meninos, cinquenta anos de grandes mudanças sociais e tecnológicas, mudanças nem sempre consideradas para melhor, mas desde que me entendo por gente ouço a famosa frase "no meu tempo..."

Pois "no meu tempo" eramos mais românticos... será? Bom, eu sou romântica até hoje, não é uma questão de adolescência... Eramos sim mais contidos, mas a isso nos obrigavam costumes mais rígidos e se nos fosse dado escolher, se nos fosse dada essa liberdade toda, talvez não fossemos diferentes deles, porque há nos jovens de seja qual for a geração, uma incontida ânsia pela vida, pela descoberta de novos caminhos, como há também uma inconsequência natural que uma boa formação e o amadurecimento vão contornando.
Confesso que tenho cá uma pontinha de reprovação (ou um "pontão") com relação não aos jovens em si, mas a forma como alguns pais os vão criando, com toda essa permissividade, com essa excessiva liberdade, sem muitos freios, sem muitos limites, mas não me dou o direito de me achar a dona da verdade, de me imaginar uma fantástica educadora, absolutamente. Vejo, feliz e orgulhosa, meus filhos bem colocados na vida e no mundo, mas preciso reconhecer, antes de qualquer coisa, o mérito de cada um e o pai atento e, a seu modo, especial que tiveram. E vejo-os, aliviada, muito presentes e ponderados na formação de seus proprios filhos, impondo deveres e obrigações com a mesma naturalidade com que respeitam direitos, sonhos e vontades de meus netos, numa dosagem que está surtindo bons efeitos, felizmente, com erros e acertos muito típicos de qualquer formação, é claro, mas com muito cuidado porque nossos dias atuais andam levando a caminhos muito perigosos e um descuido, um desvio pode resultar em trilhas sombrias, indesejaveis.
E por pensamentos assim foi transcorrendo minha mente enquanto via aquela garotada cantando e dançando, sorrindo, falando alto, gesticulando, extravasando a vida que lhes corria pelas veias, alguns, ou muitos deles, alterados pelos efeitos da cerveja que tanto apreciam e que se nas geraçoes passadas era consumida as escondidas dos olhares paternos. hoje lhes são por eles proprios oferecida - mas isso é tema para outra conversa. Por hoje, fico por aqui.

11 comentários:

Anônimo disse...

Bom Dia,querida Amiga.
Pois,flores q. este coração gostaria de receber de um filho,q.perderam esse hábito.Flores...
Sabe,preocupo-me muito com o problema do álcool, entre os jovens.
Beijo.
isa.


PS:- Dois selinhos do Farol da Amizade(ñ é meme) esperam por si,para a Cadeia da Amizade.

Anônimo disse...

Bom Dia,querida Amiga.
Pois,flores q. este coração gostaria de receber de um filho,q.perderam esse hábito.Flores...
Sabe,preocupo-me muito com o problema do álcool, entre os jovens.
Beijo.
isa.


PS:- Dois selinhos do Farol da Amizade(ñ é meme) esperam por si,para a Cadeia da Amizade.

Graça Lacerda disse...

Dulce,
bom dia!
Obrigada por visitar-me, amiga.
Esteja com Deus, bom feriado e boa semana!!!

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Isa

Obrigada pelas flores.
O problema do álcool tem ceifado vidas, separado familias, transformado pessoas especiais em párias, infelizmente.
beijo e linda tarde para você.

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Graça,

sempre um prazer visita-la. Sempre uma prazer recebe-la.
Amem, fique com Ele, também.
Beijos e bom resto de feriado.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Minha boa amiga, Dulce!

Não posso deixar de concordar consigo.
Sei muito bem do que fala, há sim excessos, demasiada permissividade por parte dos pais, demasiada abertura e liberdade.
Também evito dizer....no meu tempo... isso era o que os nossos pais e avós diziam, não me quero fazer mais velha do que sou...mas minha amiga, os tempos e os bons costumes mudaram de tal modo que me chocam imenso.
Há demasiadas mães adolescentes, crianças autênticas, há jovens que doze anos que vão para a "night" beber "shots"... como pode ser isto possível??? que pais são estes???

Enfim...fico por aqui.

Beijinhos

Dora Regina disse...

Olá Dulce, ler-te é um prazer!...
Um abraço e até breve!!

UBIRAJARA COSTA JR disse...



Tambem me pergunto a mesma coisa e nunca encontro uma resposta convincente. Como podem pais que amem seus filhos ve-los rolar por um caminho de incertezas e perigos e ainda assim fecharem os olhos, figirem que é o certo, que o mundo vai acolher seus filhos?
Sei não, amiga... sei não...
beijos

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Dora Regina

Obrigada. Saber que tem paciência para ler meus escritos me deixa muito feliz. Obrigada.
Beijos

Anônimo disse...

Concordo consigo em absoluo, Dulce. Se pensarmos bem, não são os jovens que merecem ser criticados, mas sim os pais que não os souberam ( ou não tiveram paciência para) educar

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Carlos

Costumam dizer que o homem é um produto do meio... Claro que existem os que tem má índole e ninguém poderia mudar isso, mas a maior parte é mesmo (ou eu imagino que seja) o produto de ums formação inadequda.