Durante bem mais de meia hora fiquei olhando para a tela em branco, tentando buscar em mim palavras que compusessem meus pensamentos, que traduzissem meus sentimentos, que me fizessem entender a angustia que parecia sufocar minha alma inquieta. Não conseguira dormir e escrever sempre fora para mim uma maneira de me encontrar, de me acalmar...
Ah, se eu o tivesse ainda ao meu lado!... No quarto em penumbra, aconchegada em seus braços, repousaria minha cabeça em seu ombro e nesse momento não haveriam angustias, nem medos e sentindo a alma apascentada, o sono seria calmo, benfazejo. Adormeceria sentindo seus dedos correndo pelos meus cabelos, ouvindo sua voz sussurrando “boa noite, meu amor”, como se fora uma canção de ninar...
Fecho o laptop, apago a luz e encolho-me entre os lençóis da cama que foi nossa, e permanece agora e para sempre vazia de sua presença, de seu amor... Alma enrodilhada, olhos fechados, fico ouvindo o barulhinho da chuva que cai lá fora. Lembro-me do quanto gostávamos das noites de chuva. Parecia mesmo que ele as preferia às noites de luar e divertia-se ao ver-me namorando a lua, toda derretida quando sua luz esparramando-se pela cidade, atravessava a janela, invadia nosso quarto sem pedir licença vindo iluminar nossas recordações. Recordações que eram nossas... Recordações que hoje são minhas... Recordações que me embalam numa noite de muita saudade...
Dulce Costa
SP / 24 de setembro de 2009
Ah, se eu o tivesse ainda ao meu lado!... No quarto em penumbra, aconchegada em seus braços, repousaria minha cabeça em seu ombro e nesse momento não haveriam angustias, nem medos e sentindo a alma apascentada, o sono seria calmo, benfazejo. Adormeceria sentindo seus dedos correndo pelos meus cabelos, ouvindo sua voz sussurrando “boa noite, meu amor”, como se fora uma canção de ninar...
Fecho o laptop, apago a luz e encolho-me entre os lençóis da cama que foi nossa, e permanece agora e para sempre vazia de sua presença, de seu amor... Alma enrodilhada, olhos fechados, fico ouvindo o barulhinho da chuva que cai lá fora. Lembro-me do quanto gostávamos das noites de chuva. Parecia mesmo que ele as preferia às noites de luar e divertia-se ao ver-me namorando a lua, toda derretida quando sua luz esparramando-se pela cidade, atravessava a janela, invadia nosso quarto sem pedir licença vindo iluminar nossas recordações. Recordações que eram nossas... Recordações que hoje são minhas... Recordações que me embalam numa noite de muita saudade...
Dulce Costa
SP / 24 de setembro de 2009
6 comentários:
...querida minha,
naveguei no seu texto,
e encantada deixo beijos
neste teu lindo e saudoso
coração...
bom dia, linda!
Vivian
Muitissimo obrigada.
Beijos e um bom dia para você também.
De regresso a casa, com mais tempo para dedicar à blogosfera, perdi-me na leitura dos seus textos que estavam em atraso.
Agradeço estes momentos de nostalgia que me proporciona e vão tão bem com este Outono que embora por aqui se apresente seco e quente, não disfarça a partida do Verão.
Carlos
Boa tarde.
Que bom que está de volta.
Sou eu quem agradece sua presença aqui no meu cantinho e a gentileza de seu comentário.
Então o outono vai se instalando ainda com ares de verão? Pois por aqui a primavera chega com ares de inverno porque cinzenta, chuvosa e fria, com um vento que torna ainda menos primaveril este dia.
Tão bonito e tão nostálgico este texto que me deixou comovida.
Um abraço amiga
Elvira,
obrigada amiga. Você é muito gentil, sempre.
beijos
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