RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
4 comentários:
Também gosto muito da Cecília.Obrigado pela visita ao meu Rochedo e pelas palavras que lá deixou. Só hoje retribuo avisita, porque estive para esses lados. Um pouco mais baixo, na Argentina, mas com uma temperatura bem mais agradável do que a que se faz sentir aqui em Portugal!
Carlos,
também tenho sentido o rigor do inverno no Hemisfério Norte, já que há alguns meses estou em visita a minha filha na região de Boston, USA. Acredite, não tem sido fácil, apesar de toda a beleza da paisagem...
Um abraço.
esse é um dos poucos poemas dela que eu gosto... mas vou me reconciliar com ela quando ler o romanceiro da incofidência, tenho certeza!
beijo
Ah, eu também tenho certeza, Marilia...
Beijo
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