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Sempre fui sensível a presença da lua no céu. Desde muito cedo, na verdade, desde que me entendo por gente, vivo namorando a lua e na minha adolescência, ao surgirem os primeiros sonhos de menina-mulher, fiz dela minha confidente e quantas e quantas noites, sentada na sacada de meu quarto, tinha longas conversas com ela, contava-lhe meus segredos, minhas ânsias, banhava-me em sua luz, deixava que ela visse minhas lágrimas, que iluminasse meus sorrisos. Mesmo quando da formação de meus filhos, quando a vida entrara numa roda-viva, estivesse ocupada o quanto estivesse, se vislumbrasse Dona Lua lá no céu, parava para contempla-la, namora-la, nem que fosse por uns minutinhos e voltava aos meus afazeres de alma revigorada.
Tantas mudanças ocorridas ao longo dos anos, juventude partindo, plenitude passando, maturidade chegando, devidamente instalada agora, e minha relação com a Lua continua de plena paixão. Vê-la esparramando-se sobre Sampa, surgindo no horizonte, imensa, vê-la banhando as árvores do bosque, aqui em Winchester, derramando-se sobre um rio ou sobre um lago, sobre o mar, aonde quer que seja, ela é soberana, me conduz ao sonho, me induz ao devaneio, abre meu coração para paixões, escancara minha alma para a poesia, o romance, a ternura... Um perigo!!!
Mario Quintana, em sua sensibilidade poética já dizia: “Mas que haverá com a lua que sempre que a gente olha é com um novo espanto?" – como vê, não estou sozinha nesta paixão...
Hoje, ao passar pela sala e olhando pela janela, quase perco o fôlego ao ver a lua, linda, inteira, brilhando lá no alto, como se fosse só para mim. – tenho esses pensamentos tresloucados diante dela. Momentos assim são feitos para serem divididos, para serem vividos a dois, mas nem sempre isso é possível. E eu queria guardar esse momento. Corri para pegar minha câmera, bati a foto e fui terminar o jantar. Ao passar pela sala, de novo, um pouco mais tarde, vi com uma certa tristeza as nuvens cobrindo o céu na noite de Winchester e a lua ainda assim, como que espiando por uma fresta, iluminava ainda a cidade e o meu coração. Não sei porque, veio a minha mente a imagem de uma daquelas jovens de antigamente que, meio escondida atrás de finas e rendadas cortinas, espiavam a passagem do bem amado e cuja simples presença vislumbrada fazia pulsar mais forte o coração e iluminava a noite do objeto de seus sonhos.
Não pude resistir a uma nova foto. E como, repito, momentos assim devem ser divididos, divido-os aqui com vocês, colocando as fotos, como telas, para sua apreciação.
Dulce Costa
Winchester, 08 de dezembro de 2008
Tantas mudanças ocorridas ao longo dos anos, juventude partindo, plenitude passando, maturidade chegando, devidamente instalada agora, e minha relação com a Lua continua de plena paixão. Vê-la esparramando-se sobre Sampa, surgindo no horizonte, imensa, vê-la banhando as árvores do bosque, aqui em Winchester, derramando-se sobre um rio ou sobre um lago, sobre o mar, aonde quer que seja, ela é soberana, me conduz ao sonho, me induz ao devaneio, abre meu coração para paixões, escancara minha alma para a poesia, o romance, a ternura... Um perigo!!!
Mario Quintana, em sua sensibilidade poética já dizia: “Mas que haverá com a lua que sempre que a gente olha é com um novo espanto?" – como vê, não estou sozinha nesta paixão...
Hoje, ao passar pela sala e olhando pela janela, quase perco o fôlego ao ver a lua, linda, inteira, brilhando lá no alto, como se fosse só para mim. – tenho esses pensamentos tresloucados diante dela. Momentos assim são feitos para serem divididos, para serem vividos a dois, mas nem sempre isso é possível. E eu queria guardar esse momento. Corri para pegar minha câmera, bati a foto e fui terminar o jantar. Ao passar pela sala, de novo, um pouco mais tarde, vi com uma certa tristeza as nuvens cobrindo o céu na noite de Winchester e a lua ainda assim, como que espiando por uma fresta, iluminava ainda a cidade e o meu coração. Não sei porque, veio a minha mente a imagem de uma daquelas jovens de antigamente que, meio escondida atrás de finas e rendadas cortinas, espiavam a passagem do bem amado e cuja simples presença vislumbrada fazia pulsar mais forte o coração e iluminava a noite do objeto de seus sonhos.
Não pude resistir a uma nova foto. E como, repito, momentos assim devem ser divididos, divido-os aqui com vocês, colocando as fotos, como telas, para sua apreciação.
Dulce Costa
Winchester, 08 de dezembro de 2008
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