Cecilia Meireles traz doçura em forma de poesia. Doçura que, espero, envolva sua manhã...
Serenata
Serenata
Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.
Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo
4 comentários:
É uma maravilha abrirmos permissão ao amor.
Cadinho RoCo
Cadinho
Mesmo porque ele não pede permissão para chegar, para se instalar...
Dulce,
amiga, lendo agora atentamente esta tão doce e triste serenata, voltam as lágrimas...nada de mais, não se preocupe, é natural.
Como sempre, deve ser devido ao momento que atravesso, tudo me parece escrito para mim.
Beijos
Fernanda Ferreira
Ná
Mas você sabe, minha amiga, que os poetas são sim os arautos de nossos sentimentos, que eles falam por nós e para nós, pobres mortais que nem sempre temos o dom da palavra certa...
Um dia, quando você tiver chorado todas as lágrimas que seu coração guarda, quando a paz voltar a sua alma, ainda assim encontrará nos poetas as suas verdade, novas verdades que parecem só suas, escritas para você...
Essa é a missão dos poetas na terra...
beijinhos e fique bem.
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