Na quente noite de verão, sem poder dormir, encaminhou-se para a janela, afastou as cortinas e debruçando-se no parapeito deixou que seus olhos se perdessem na imensidão do céu quase sem estrelas. Pareceu-lhe um céu meio triste, carente da beleza e do brilho das estrelas que tantas vezes tomara por confidente, que tantas vezes a haviam visto chorar ou rir, ou cantar baixinho, usando as canções para extravasar o amor, a dor, o ciúme, a mágoa, para exteriorizar sentimentos em seus momentos mais íntimos, mais profundos... Onde estariam as estrelas, suas doces confidentes? Onde? Até seu brilho o homem conseguira ofuscar,
Com um travo de tristeza a apertar-lhe o coração, deixou a janela e sentou-se na poltrona ao lado, tentando entender porque estava tão inquieta naquela noite. Já acordara assim pela manhã. Bem que tentara ocupar-se durante todo o dia com seus afazeres, seus livros, mas aquela sensação não a deixara por um minuto sequer E, na tentativa desse entendimento, foi mergulhando em seu íntimo, perguntando-se o que poderia significar aquele turbilhão que parecia viver aprisionado dentro de sua alma, querendo escapar e aproveitando qualquer momento de fragilidade para se mostrar, para dizer que existia e que ela estava longe de ser o lago sereno que pensava ser.
Tantas e tantas vezes desejara abrir as comportas, deixar escapar o que vinha guardando há séculos dentro de si, escondido até de si mesma. Mas deixar escapar o que, se nem mesmo ela sabia o que poderia ser? Não, aquele não era um momento propício para entendimentos... Sua alma estava confusa demais.
E com lágrimas a escorrer-lhe pelo rosto ela se deu conta de que tudo o que sabia naquela noite era que não havia estrelas no céu, nem luar para amenizar seu coração, que não haveria respostas para perguntas imprecisas, e que, definitivamente, não havia paz em seu triste coração,
Com um travo de tristeza a apertar-lhe o coração, deixou a janela e sentou-se na poltrona ao lado, tentando entender porque estava tão inquieta naquela noite. Já acordara assim pela manhã. Bem que tentara ocupar-se durante todo o dia com seus afazeres, seus livros, mas aquela sensação não a deixara por um minuto sequer E, na tentativa desse entendimento, foi mergulhando em seu íntimo, perguntando-se o que poderia significar aquele turbilhão que parecia viver aprisionado dentro de sua alma, querendo escapar e aproveitando qualquer momento de fragilidade para se mostrar, para dizer que existia e que ela estava longe de ser o lago sereno que pensava ser.
Tantas e tantas vezes desejara abrir as comportas, deixar escapar o que vinha guardando há séculos dentro de si, escondido até de si mesma. Mas deixar escapar o que, se nem mesmo ela sabia o que poderia ser? Não, aquele não era um momento propício para entendimentos... Sua alma estava confusa demais.
E com lágrimas a escorrer-lhe pelo rosto ela se deu conta de que tudo o que sabia naquela noite era que não havia estrelas no céu, nem luar para amenizar seu coração, que não haveria respostas para perguntas imprecisas, e que, definitivamente, não havia paz em seu triste coração,
4 comentários:
Querida Dulce, quantas vezes nos sentimos assim, num céu sem estrelas...
Lindo e profundo seu texto.
Obrigada!
Um fraterno abraço.
Dora
Coisa da alma, não é mesmo?
Obrigada e um abraço
Dulce, eu não vou dizer nada mas você sabe direitinho o que estou pensando, não é?
Quantas janelas há por este mundo a fora para nos debruçarmos, amiga?
beijos em tarde depois da chuva
Pitanga
Sei sim, Mila, e como sei...
Janelas, terraços e balcões... e haja alma para tanto nos debruçarmos...
beijos (muito sol por aqui)
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