floquinhos

domingo, 8 de março de 2009

E MENTIRA? Quem define"

(Friedrich Nietzsche)

"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te."


14 comentários:

ney disse...

Mentira... é uma "lorota boa" já dizia Luiz Gonzaga & Humberto Teixeira na música do mesmo nome. Mas é difícil de não dizer umazinha durante toda a vida, ou algumas, ou muitas. Mas coitadinha da mentira, está tão banalizada, ninguém mais liga pra ela. ney rocha///

marilia disse...

Chego a mudar de calçada, quando aparece uma flor. E dou rizada do grande amor... mentira!

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Pois é, "Ney Rocha" (rs), mas elas ainda me magoam, muito, dependendo do momento em que foram ditas, dependendo que quem as diz... Na verdade, posso até desculpar, mas a confiança fica quebrada e depois vai sempre ficar uma dúvida... Mas o mundo anda mesmo uma só mentira, que ss há de fazer?...
beijo,

Em tempo: Nome e sobrenome, é? rs... Quanta formalidade!... rs...

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Oi, Marilia
Grande Chico, sabia muito bem o que dizia... São tantos os desencantos que acamos mesmo dando razão a ele...
Beijos

Unknown disse...

Amiga Dulce,
Bem certo é o ditado que diz:"Coitado do mentiroso, mente uma vez mente sempre, ainda que fale verdade todos lhe dizem que mente."

Gostei do pensamento, muito sério e profundo!

Beijinhos,
Ana Martins

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Pois é, Ana, o mentiroso se enrosca na própria mentira, depois fica sem saída. E o que é pior: desacreditado.
bjs.

Deusa Odoyá disse...

OOLá minha querida amiga.
Realmente quem vai confiar numa pessoa que lhe mente todo o tempo.
Acabou a credibilidade.
Feliz dia das mulhres para tí, desculpe o atrazo, mas só pude entrara agora.
Uma semana de muita paz, amor e luz.
Uma musica gostosa de se escutar.
Parabéns...
Beijinhos doces de sua amiga.
Regina Coeli.

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Regina,
Obrigada. Que o Dia da Mulher tenha sido especial para você também.

Pois é, e nem precisa ser o tempo todo, viu? Se alguem em quem eu confio mente para mim, fico magoada, deixo de confiar, mesmo... eu me decepciono e dai não tem mais jeito...

bjs.

ney disse...

Existem mentirinhas de crianças,às vezes até para não prejudicar um amigo; ou de fingir que não se está sentindo uma dor, uma ausência e não fazer o outro sofrer. Existem mesmo as MENTIRAS SINCERAS, quem viu o filme vai entender. Pode parecer mentira descobrir que alguém não é o que se pensou dele, porque na verdade ele não disse ou pensou ser. Então mentira pode não ser mentira, e verdade não ser verdade. O que vale são os bons sentimentos, abrir o coração e a alma com honestidade, ser humano, passível de erros, digno, autêntico, acolher, ser solidário, perdoar, entender, nos pensamentos e atitudes. Sem preconceitos, falsas ideologias e hipócritas moralidades. Ser um eterno aprendiz para poder crescer e ter mais chances de ser mais coerente, integrado e humano. Amar o outro, respeitar, não o magoar com palavras ou atitudes. Ser um cidadão, amar e respeitar sua nação, seu povo, suas instituições, principalmente a liberdade e a democracia. Amar e ser amado. Ney Rocha////

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Ney
Temos aqui assunto para uma mesa redonda... quando mentir é perdoável ou hipoteticamente necessário? Um assunto tão polêmico e tão controverso, não é mesmo?
Eu prefiro a verdade, mas sei que as vezes fica dificil não mentir porque existem situações extremas. Quando falamos em abominar a mentira, falamos na regra, não nas exceções. Falamos no dia a dia, na convivência entre amores ou amigos, falamos na falta de sinceridade gratuita que algumas pessoas cultivam e que acaba por gerar a quebra de confiança e sofrimentos maiores do que os que a verdade ocasionaria. É preciso que se tenha presente que não de deve brincar com os sentimento alheios... É preciso que se construa um ambiente de confiança mútua aonde se possa chegar com a verdade, sempre. Utopia? Pode até ser, mas é o ideal e uma vez estabelecido, fica tudo mais fácil.
Bom, esse assunto vai longe... rs
Obrigada pelo comentário.
Beijo

ney disse...

Dulce,
É verdade, um assunto polêmico, impossível de se falar de passagem, verdades são mais que palavras, são atitudes, que se tem com o respeito aos próprios sentimentos e mais ainda com os de todos a sua volta. Atenção, carinho, amizade, amor. Sem esquecer da liberdade e da democracia, porque sem elas de nada adiantariam nossas verdades individuais. Reconhecendo-se a sociedade na verdade e na liberdade, todos poderemos crescer e encontrar os melhores caminhos. ney rocha///

heli disse...

"A verdade as vezes ostenta uma face grotesca" Silver Surfer

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Pois é, Heli... E a mentira, as vezes é tão sedutora... ai é que mora o perigo...

ney disse...

Ainda sobre as mentiras. Veja o que diz a Martha Medeiros em "Mentiras Consensuais" - http://www.flickr.com/photos/maria_eugenia/3297054139/
Mentiras consensuais_

Existem pessoas felizes e pessoas infelizes, e todas elas se questionam. Umas bebem champanha e outras água da torneira, e se fazem as mesmas indagações.

Se existe uma coisa que nos unifica são as dúvidas que trazemos dentro. São pequenas angústias que se manifestam silenciosamente, angústias que não gritam, ou gritam somatizadas em úlceras, insônias e depressões. Angústias diante das mentiras consensuais.

O que são mentiras consensuais? São aquelas que todo mundo topou passar adiante como se fosse verdade.

Aquelas que ouvimos de nossos pais, eles de nossos avós, e que automaticamente passamos para nossos filhos, colaborando assim para o bom andamento do mundo, para uma sanidade comum.

O amor, o sentimento mais nobre e vulcânico que há, tornou-se a maior vítima deste consenso.

Mentiras consensuais: o amor não acaba, não se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo, quem ama quer filhos, quem ama não sente desejo por outro, amor de uma noite só não é amor, o amor requer vida partilhada, amor entre pessoas do mesmo sexo é antinatural. Tudo mentira.

O amor, como todo sentimento, é livre. É arredio a frases feitas, debocha das regras que tentam lhe impor. Esta meia dúzia de coordenadas instituídas como verdades fazem com que muitas pessoas achem que estejam amando errado, quando estão simplesmente amando.

Amando pessoas mais jovens ou mais velhas ou do mesmo sexo ou amando pouco ou amando com exagero, amando um homem casado ou uma mulher bandida ou platonicamente, amando e ganhando, todos eles, a alcunha de insanos, como se pudéssemos controlar o sentimento.

O amor é dono dele mesmo, somos apenas seu hospedeiro. Há outros consensos geradores de angústia: o mito da maternidade, a necessidade de um Deus, a juventude eterna.

Sobem e descem de ônibus milhares de passageiros que parecem iguais entre si, porém há entre eles os que não gostam de crianças, os que nunca rezaram, os que estão muito satisfeitos com suas rugas e gorduras, os que não gostam de festas e viagens, os que odeiam futebol, os que viverão até os cem anos fumando, os que conversam telepaticamente com extraterrestres, os ermitões, enfim, os desajustados de um mundo que só oferece um molde.

Todos nós, que estamos quites com as verdades concordadas, guardamos, lá no fundo, algo que nos perturba, que nos convida para o exílio, que revela nossa porção despatriada.

É a parte de nós que aceita a existência das mentiras consensuais, entende que é melhor viver de acordo com o estabelecido, mas que, no íntimo, não consegue dizer amém.

Martha Medeiros