(Astor Piazzolla)
Foi lúdico, foi romântico, foi realista, foi cáustico, foi Poeta... Foi Manuel Bandeira.
Quando jovem, acometido por uma tuberculose, achou que seus dias chegavam ao fim e dessa amarga certeza nasceu um de seus mais marcantes poemas. Não dos mais belos, porém dos mais conhecidos: Pneumotórax. O médico estava redondamente enganado e Bandeira viveu mais de oitenta anos, numa trajetória de poesia e sentimentos que nos legou uma obra magnífica. Para os que ainda não leram, ai está...
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.
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- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
(Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho ( Recife, 19/04/1986 - Rio de Janeiro, 13/10/ 1968) - poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor)
8 comentários:
Minha querida
Passei para deixar um beijinho e desejar Bom Fim de Semana.
Sonhadora
Sonhadora
Obrigada e um ótimo final de semana para você também.
beijos
É isso que ainda nos faz viver com esperanças: O homem não sabe de tudO...
Bjs
Mila
Pensamentos da Mila
Pois é, Mila. Não sabe mesmo...
bjs
Até pensei encontrar aqui um tango de Astor mas Elba me quebra, tu sabes.
O quanto teríamos perdido se o médico estivesse certo em relação a Bandeira!
PS: Nós duas. Sintonia mais do que fina, hein?
Pitanga Doce
Pois é, menina, até pensei em trazer o Piazzolla para o fundo musical, mas depois lembrei que melhor seria Gardel... E depois, Elba ainda está envolvendo minha alma... rs...
Bom, afinal de contas, um ou outro erro médico pode lá uma vez na vida ser benfazejo... ris... (que meu filho não me ouça)... rs
É... finíssima... rs...
beijos e boa tarde, minha amiga.
Dulce,
agradeço a visita ao blog. Bandeira é um dos meus preferidos. Somos conterrâneos. Fiquei muito feliz quando, ano passado, a FLIP decidiu homenageá-lo. Pena que não foi possível estar lá para acompanhar a programação que tinha como chão comum sua obra. Domingo de paz.
Luciano Azevedo
Sou eu quem agradece. Visitar seu blog foi um prazer que pretendo renovar sempre.
Bandeira, como você pode ver por aqui, é um dos poetas do coração e está sempre presente.
Obrigada e um ótimo domingo para você também.
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