floquinhos

segunda-feira, 1 de março de 2010

Quanto vale uma Segunda Feira?

(Imagem Google)

A segunda feira começa nervosa, toda cinza, agitada... As insistentes buzinas dos carros que passam pela rua indicam que os motoristas impacientes estão, além de apressados, nervosos... Mas não deveria ser o contrário? Depois de um final de semana (supostamente) de descanso, as pessoas não deveriam estar menos tensas, mais tranquilas e felizes ao irem para seu trabalho, sua escola, sua vida? Aparentemente, sim. Mas...
É que para sair feliz para o trabalho, a pessoa deve gostar do que faz, daquilo que escolheu para ser seu ganha-pão e isso anda dificil de acontecer por aqui, já que muitas vezes premidas pelas necessidades do mundo atual, as pessoas nem sempre tem a chance de fazer o que gostam, ocupam cargos e trabalhos que não lhes dão o menor prazer, apenas porque neles podem ganhar melhor. A vida moderna tornou-se um sorvedouro, quanto mais se ganha, mais necessidades aparecem...
Desde a escolha quando da entrada para a Faculdade, elas começam buscando uma carreira que lhes dê status, alta remuneração, sem atentar para o fato de que terão de passar a maior parte de seus dias futuros fazendo coisas que nem sempre serão prazeirosas. Imaginem uma pessoa que gosta de fazer música trancada o dia todo num escritório de engenharia, sem tempo para tocar seu instrumento... Pense numa outra que goste de fazer teatro, obrigada a atender clientes num escritório de advocacia... E alguém que tenha sonhado ser um cientista, ocupar uma cátedra numa universidade, ter que trabalhar com informática porque assim ganha mais... E, numa outra escala , imaginem alguém que sonhou ser professora, sentada atrás de um guichê de banco, atendendo clientes sempre insatisfeitos? Quantas empregadas domésticas são pessoas felizes? A minha fiel escudeira o é, sem dúvida. Chega sempre com um sorriso lindo estampado no rosto, dizendo bom dia, brincando com o Bill, pego-a cantarolando ao longo do dia... E porque? Porque ela gosta do que faz e (Graças a Deus!) gosta de estar aqui conosco, tanto quanto gostamos de te-la aqui.
Então, não tem muito segredo. Quem gosta do que faz e gosta de seu lugar de trabalho, seja ele qual for, vai se sentir melhor, vai viver melhor, vai poder ser um pouquinho mais feliz. Extamente como o João, o jardineiro que cuida do jardim da casa de meu filho, lá em Campinas, pesoa extremamente simples, que passa os dias cantando ou assobiando, sempre sorrindo para quem passa, sempre com um cordial aceno para todos. Ele gosta do que faz, então a vida para ele é mais bonita, ainda que repleta de dificuldades...
E é por essas e outras que segunda feira continua sendo para muitas pessoas um dia de mau humor, de querer que a semana passe depressinha, que o fim de semana chegue para poder ver-se livre do trabalho, ao menos por dois dias. Que pena, não?
Para aqueles que encaram a segunda feira com alegria e que saem de suas casas felizes com o dia de trabalho que terão pela frente, meu bom dia. Para os outros, só me resta dizer, tentem ter um bom dia, tão lindo e agradável como se fora um final de semana e, se conseguirem, verão como tudo fica muito mais fácil. Depende muito de vocês...

8 comentários:

franciete disse...

É verdade querida, tem tudo a ver o que aqui escreveu, eu sou prova disso, a segunda feira para mim, é o dia em que me isolo do mundo esterno.
Chego a desligar a campainha da porta e até o telefone só para me isolar do mundo.
E porquê? o marido trabalha fora faz o que gosta trata das plantas que ele ama de coração, e eu como fico sem a companhia dele que tive no fim de semana, sinto que esta é a maneira de recarregar baterias para o resto da semana, me desculpe já alonguei bastatante.
Beijinhos de luz em seu coração

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Franciete,

Essa é sua forma de viver a segunda feira, mas acredito que, mesmo isolada do mundo, possa aproveitar seu dia para fazer o que gosta. Imagino que seja assim que consegue recarregar suas baterias.
Beijos e boa tarde.

Pitanga Doce disse...

Sabes que há muito tinha escolhido as segundas como meus dias favoritos? Porque a cidade anda mais calma, em relação a festas e churrascadas e tal... Agora a segunda-feira é dia sagrado, ó filha! Correios atravessam o Atlântico que é uma beleza!

Hoje chove que se farta. Até parece que não voltei. heheh

Quanto a fazer o que se gosta, é metade do sucesso. O resto é talento.

boa tarde Dulce

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Pitanga,

Então, minha amiga, abençoadas sejam as segundas feiras... rs...
Ó menina!... trouxeste a chuva contigo? Pois... rs...
Aqui também chove que dá gosto!...
Beijos, Mila, e linda tarde para você. Deixe que chova, o sol brilha forte dentro de você...

Lourdes disse...

Dulce
O que escreveu reflecte/reflete (ai o acordo ortográfico...)a realidade. Aqui em Portugal os jóvens, mesmo que não pensem no dinheiro e escolham um curso de que gostem, acabam por chegar ao final e não terem saída no mercado de trabalho. Mais uma razão para andarem em stress.
Felizes aqueles que fazem aquilo que gostam.
Beijinhos
Lourdes

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Lourdes

Penso que essa seja uma situação encontrada na maior parte deste nosso mundo louco, minha amiga.
E correr para uma carreira que lhes dê segurança e estabilidade econômica é o caminho, mas ao mesmo tempo em que têm um padrão de vida melhor, são pessoas que sentem que lhes falta alguma coisa. Difícil, não?
Beijos

Anônimo disse...

Concordo em absoluto, Dulce. O prazer e alegria que colocamos no nosso trabalho muda radicalmente a nossa postura perante a vida.
O que venho notando é que a maioria das pessoas não está a trabalhar naquilo que quer e esa é uma das causas para as pessoas andarem infelizes. No Brasil, em Portugal, seja onde for. O mundo está cada vez mais a ser construído apenas com o fto de agradar a alguns que enchem os bolsos à custa de um trabalho quas escravo. Não é só questão de saários, não, é uma questão de falta de qualidade de vida.
Uma boa e feliz semana para si

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Carlos

Será que a maioria das pessoas chega a dar-se conta disso, da satisfação pessoal que resulta de um trabalho feito com paixão? Sempre batemos nessa tecla, meu marido e eu, durante a formação de nossos filhos, porque sempre soubemos da importância de se unir o útil ao agradável, de se fazer da profissão não só um ganha pão, mas um agradável modo de o fazer.
E não os vejo reclamar das segundas feira... rs...
Obrigada, uma boa semana para você também.
Beijo