Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras do véu da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar estático da aurora.
(Vinicius de Moraes)
6 comentários:
OLA DULCE, BELISSIMO POEMA...UMA LINDA ESCOLHA...ADOREI...QUE TENHA UMA BOA NOITE AMIGA!!!
BEIJOS DE AMIZADE,
SUSY
Susy
Obrigada, minha amiga.
Uma boa noite para você também
Beijos
Minha querida Dulce
Que maravilha de poema, bela escolha como sempre.
Estou "roubando" a rosa que é linda, e eu não resisto.
Beijinhos
Sonhadora
Sonhadora
Obrigada, minha amiga. Vinicius é sempre um carinho para a alma.
Pode levar a rosa, fico feliz que tenha gostado.
beijos
Uma verdadeira "TERNURA" Dulce, muito lindo!
Beijinhos,
Ana Martins
Ana
Obrigada, querida amiga.
Beijos
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