
floquinhos
quarta-feira, 31 de março de 2010
Houve um poema...

terça-feira, 30 de março de 2010
Viajando pelo tempo...

“Dentre os 45 casos listados (no PPS), eu vivenciei todos. Do Grapette, leite em vidro (Campinas era Leco e não Vigor), Pomada Minâncora (por sinal tenho uma latinha pela metade até hoje), anágua, Gillette Azul, caderneta de armazém, cera Parquetina (quem são os amigos da Etelvina? Cito Pox e Parquetina), Leite de Colônia, Biotônico Fontoura, até coisas que ainda subsistem como carrinhos de rolimã, queimada...
Cada produto destes (e tantos outros não presentes no anexo, como Pílulas de Vida do Dr. Ross, Xarope São João, Phimatosan, Rum Creosotado), deu sua contribuição ao conhecimento e à melhoria da sociedade da época. Eram mensagens simples, fortes, diretas, fáceis de entender e absorver, lastreadas em boa sonoridade e excelente poesia. Obviamente, à luz das evoluções havidas, hoje não se aceitam certas verdades apregoadas, porém na época era assim.
Vejamos, por exemplo, o Biotônico Fontoura, que se tornou um case de marketing. Cândido Fontoura era um farmacêutico de Bragança Paulista e, como todo bom farmacêutico da época, fazia lá suas alquimias. Assim, preparou uma mistura à base de álcool, ervas e sais de ferro para tratar de sua mulher que, anêmica, não tinha apetite. Outras pessoas souberam e foram pedir o mesmo elixir. Vista a aceitação, bastaria divulgar. Quem poderia fazer isso? Seu amigo José Bento de Monteiro Lobato, de Taubaté...
Como o amarelão era a doença predominante, as pessoas andavam descalças e as necessidades eram feitas onde se estivesse no momento, Candinho logo percebeu que educar trabalhadores e homens da roça no uso de botinas era a melhor arma contra a verminose, acoplada ao seu elixir contra anemia. Estava ali o quadro com o qual um criador de propaganda sempre sonha. E Monteiro Lobato foi fulminante: criou desenhos dos animais caseiros todos usando botas: galo, peru, porco... Anúncios nos principais meios da época, sem se esquecer dos almanaques.
Se não bastasse essa contribuição aos usos & costumes, mais tarde a indústria fundada por Cândido Fontoura associou-se à Wyeth e viria a ser a primeira fábrica de penicilina da América do Sul (Via Anchieta, SBC, que tive o privilégio de conhecer), cuja inauguração contou com a presença do próprio descobridor, Sir A. Fleming.
Na minha mente ainda ecoam os versos musicados do anúncio: b–a BA, b–e BE, b–i BI, O TÔNICO FONTOURA!
Enquanto o rádio era a mídia mais forte, haviam outras de grande respeito também, entre elas os painéis dos bondes. Enquadravam-se como nacionais e produtos anunciados
Veja, ilustre passageiro
O belo tipo faceiro
Que o senhor tem ao seu lado.
E no entanto, acredite.
Quase morreu de bronquite
Salvou-o o Rhum Creosotado.
Nos anos 50, esses versos habitavam todos os bondes. Sentado em qualquer banco, tinha-se de ler esse reclame afixado na parte interna superior, geralmente ao lado do marcador do número de passageiros. Cada vez que alguém pagava, o cobrador acionava a maquineta que fazia um tlim-tlim. Querendo ou não, o olhar sempre se erguia e novamente a poesia era lida... Consta que Bastos Tigre foi também criador do slogan “Se é Bayer, é bom...”
Este tema daria para gastar todo o tempo que se queira...”
(Clóvis Gouvêa)
Obrigada, Clóvis.
Um blog que recomendo (18)

O dia amanheceu tão lindo...

segunda-feira, 29 de março de 2010
Fernando Pessoa... Nada mais.

Às vezes tenho idéias felizes,
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...
domingo, 28 de março de 2010
O instante da minha alma...
sábado, 27 de março de 2010
Simplesmente Elza...

Poesia para adoçar a madrugada insone...

sexta-feira, 26 de março de 2010
As pessoas podem...

quinta-feira, 25 de março de 2010
Uma poesia na tarde...

quarta-feira, 24 de março de 2010
A hora passou despercebida...

terça-feira, 23 de março de 2010
Sobre a felicidade...
A Hora do Planeta 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010
No Dia da Água...

Quando a alma acorda criança...

domingo, 21 de março de 2010
O Outono de Mario Quintana

sábado, 20 de março de 2010
Chegamos ao outono...

As folhas do outono
Ah, as cores do outono... O castanho, o dourado, o vinho, um verde esbranquiçado, outra ainda quase chegando ao branco... Cores amenas lembrando bem as cores que nos envolvem a alma no outono de nossas vidas... Cores suaves, doces, lembrando tranqüilos entardeceres, lembrando amenos amanheceres, lembrando uma paz que deveria sempre existir, mas que as vezes é quebrada por um encarnado que já até havíamos esquecido existir. Assim, do nada, descobrimos uma folhinha num tom vermelho vivo, reluzente, teimosa, que se agarra ao galho de sua árvore, lutando para não cair, para não ser levada pelos fortes e gelados ventos de fim de outono...
E, descoberta, essa folhinha traz um doce alento ao coração. Mas é preciso cuidados redobrados para com ela, é preciso envolvê-la em muito carinho, cobri-la de ternura, para que seu tempo seja um pouquinho mais longo, porque ao cair, vencida pela realidade da estação, vai deixar em seu lugar um vazio ainda maior do que aquele que ficara com a queda gradual das outras folhas...
Mas lá no solo, entre as outras folhinhas, às quais irá se misturar pela ação do vento, toda prosa, passará os dias falando de como foi amada, de como foi cuidada, e de como está sendo chorada a sua ausência...
Ah!... A beleza das cores do outono que em folhas caídas palmilham os caminhos... Ah!... A beleza de um doce caminhar sobre as folhas do outono da vida...
(Hoje, 20 de março, começa o outono aqui no hemisfério sul)
sexta-feira, 19 de março de 2010
Asa feita de canto e poesia...

Homenagem aos pais...

quinta-feira, 18 de março de 2010
Hoje, a tarde é de Vinícius...
