Ontem a noite, eu, envolta em nostalgia e minha alma teimosa insistindo em se envolver em melancolia... A noite era um vazio, o coração sentia-se vazio, minha alma, ela própria, caminhava meio perdida nesse vazio.
Parafraseando Cecília Meireles, "Tenho fases, como a lua..."
Dias há em que estou feliz comigo mesma, em paz com a vida e com o mundo, em que me pego cantando, sorrindo a toa. Há outros em que caminho serenamente, falando baixinho, sentindo até o ar que passa por minha pele. Outros ainda onde a esperança e o sonho rondam todos os meus movimentos. E há (claro) os de uma certa incandescência, como há os de monotonia e tédio... Então não poderiam faltar os dias vazios, aqueles em que o coração reclama uma presença, a alma pede companhia, a mão espera pelo toque de outra mão, o corpo pede abraço, aconchego, carinho... E como sei que esta é já uma fase encerrada em minha vida, pela própria idade talvez, mas mais que isso, pela inexistência da alma gêmea ou de uma alma afim que pudesse preencher essas minhas carências, porque sei o que as pessoas esperam de outras, como sei que não preencho mais tais requisitos (pode parecer cruel, mas é a verdade que eu conheço bem e encaro com muita naturalidade), então, como sei tudo isso, esses dias de vazio parecem as vezes tão insuportáveis.
Mas eles também passam e a serenidade volta ao meu ser.
Hoje estou serena, caminhando de leve, falando baixinho, sorrindo por tudo e por nada, em paz comigo mesma. A noite foi boa companheira, o travesseiro fiel confidente, as lágrimas lavaram a alma... Estou hoje senhora de mim.
Parafraseando Cecília Meireles, "Tenho fases, como a lua..."
Dias há em que estou feliz comigo mesma, em paz com a vida e com o mundo, em que me pego cantando, sorrindo a toa. Há outros em que caminho serenamente, falando baixinho, sentindo até o ar que passa por minha pele. Outros ainda onde a esperança e o sonho rondam todos os meus movimentos. E há (claro) os de uma certa incandescência, como há os de monotonia e tédio... Então não poderiam faltar os dias vazios, aqueles em que o coração reclama uma presença, a alma pede companhia, a mão espera pelo toque de outra mão, o corpo pede abraço, aconchego, carinho... E como sei que esta é já uma fase encerrada em minha vida, pela própria idade talvez, mas mais que isso, pela inexistência da alma gêmea ou de uma alma afim que pudesse preencher essas minhas carências, porque sei o que as pessoas esperam de outras, como sei que não preencho mais tais requisitos (pode parecer cruel, mas é a verdade que eu conheço bem e encaro com muita naturalidade), então, como sei tudo isso, esses dias de vazio parecem as vezes tão insuportáveis.
Mas eles também passam e a serenidade volta ao meu ser.
Hoje estou serena, caminhando de leve, falando baixinho, sorrindo por tudo e por nada, em paz comigo mesma. A noite foi boa companheira, o travesseiro fiel confidente, as lágrimas lavaram a alma... Estou hoje senhora de mim.
10 comentários:
Dulce,que belo o seu texto.
Gostei,sabe porquê? Porque depois
dessa "fase" q. tb tenho, voltou a
sorrir. Abençoado seja esse seu lindo sorriso.
Beijo.
isa.
Olá Dulce!
Gostei muito do seu blog...vou vim sempre que possível...
Tenha uma linda quinta!
Beijos
QUERIDA DULCE, BELO DESABAFO... TEXTO MARAVILHOSO... ABRAÇOS DE AMIZADE,
FERNANDINHA
Isa
Muito obrigada, minha amiga.
E como sei que são só "fases", guardo sempre o sorriso prontinho para aparecer... rs...
beijos
Joeliton
Que bom que gostou. Volte sempre, será sempre bem vindo.
Obrigada por sua visita.
bjs
Fernandinha,
muito obrigada.
Você sempre muito gentil.
beijos
Dulce
Dulce
A vida terá altos a baixos, nada que o optimsmo que deve estar sempre presente e o travesseiro onde se poisa a cabeça, não tornem límpido.
Quanto ao que comentaste, realmente a vida, por mim foi sempre encarada com grande espírito de aventura. De tal modo que no hospital, vai fazer neve anos, fui entregue à família em estado terminal e perdi o sorriso característico por sete anos, mas nunca tive vagar para tristezas.
Daniel
Daniel,
e assim superou a adversidade e voltou a vida que lhe é tão cara. Mais um exemplo de vida, meu amigo.
Um abraço.
Dulce,
o seu texto é de uma beleza e realidade sem tamanho. Todos nós temos dias bons e menos bons e o que gostei no seu texto foi a forma fantástica como transmitiu todos esses estados de alma.
P A R A B É N S !!!!!!!!
Beijinhos,
Ana Martins
Ana,
Muito obrigada.
Por vezes esses estados de alma são tão intensos que parecem caminharem por si só através dos dedos, do teclado, e ficam ai, expostos e, felizmente, bem recebidos e muito bem entendidos.
Obrigada
Beijinhos
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