floquinhos

sábado, 15 de novembro de 2008

E POR FALAR EM AMIGOS......


Existe coisa melhor no mundo que falar de amigos? Claro que sim! Melhor que falar de amigos é falar com amigos. E quando estou aqui, “escrevinhando” nas madrugadas, estou, na verdade, falando com meus amigos. E para meus amigos abro meu coração, conto meus segredos, falo de minhas mágoas, desvendo meus mistérios, choro minhas dores mais secretas, exponho minhas alegrias mais profundas, me mostro por inteira, sem medo de parecer ridícula, piegas, tola demais, ou seja lá o que for, porque cada um deles me conhece, sabe de minhas verdades, conhece minhas fragilidades. E cada assunto que aborde imagino um amigo diferente a ouvir, pacientemente, concordando as vezes, balançando negativamente a cabeça mostrando que discorda, em outras, rindo das minhas gaiatices, chorando com minhas lágrimas, enfim, partilhando comigo a madrugada, dividindo comigo o enlevo ou o tédio, o prazer ou a angústia, exatamente como cabe a um bom amigo... Mas só porque é bom amigo precisa ficar acordado madrugada a dentro ouvindo minhas histórias? Ah, mas eu não fico só contando histórias, não!... Eu ouço musica – geralmente de muito boa qualidade e muito própria para o horário, leio a poesia dos meus poetas do coração, tenho sempre uma xícara de chá ao alcance da mão para oferecer a quem me acompanhe – tenho um amigo que só gosta de Coca-Cola e para ele tenho sempre algumas garrafas na geladeira... Se houver estrelas no céu, se na noite brilhar um luar de blue moon, podemos até nos sentarmos no terraço. E se estiver chovendo, certamente nos encantaremos com o reflexo das luzes da cidade e dos faróis dos carros sobre o asfalto molhado. Mas e se estiver fazendo frio? Aí acenderemos a lareira, puxaremos as poltronas mais para perto, deixaremos a sala apenas com a luz dos quebra-luzes... Um ambiente perfeito para um bate-papo na madrugada. Bom, se você concorda em me fazer companhia hoje, e como a noite está bem fria, venha sentar-se aqui nesta poltrona, “ao pé de mim”, como costumava dizer minha avó portuguesa. A musica é doce e preenche todos os cantos da sala... E a noite é uma criança...

Dulce/novembro de 2008

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