"Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara,.
Quando a tirei e me vi ao espelho
Já tinha envelhecido,
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime."
(De "Tabacaria")
2 comentários:
Que prazer foi vir ao encontro do seu blog e encontrar palavras tão bonitas sobre o dia de Portugal, ver a bandeira foi o máximo. Muito obrigada e um grande abraço que vai também para as Amigas que homenagearam o "nosso" Portugal.
mando-lhe um poema, que conhece de certeza, mas que fica bem neste contexto:
Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu.
Mar Português/Fernando Pessoa
Maria
2010/06/11
Anonimo
Muito obrigada, Maria. Amo esse poema do Pessoa.
Temos aqui neste espaço muito amigos de além-mar, muito amor pela terra portuguesa. E que bom te-la aqui conosco também.
Beijos e órimo final de semana
Postar um comentário