
floquinhos
segunda-feira, 31 de maio de 2010
De volta pro meu aconchego...

domingo, 30 de maio de 2010
O doce maio vai se despedindo...

Doces e aconchegantes foram os gelados dias dos junhos de minha infância... Por isso, quando maio vai terminando, é quase impossível deixar de saudar junho com um quê de saudade.
sábado, 29 de maio de 2010
Para que o sábado amanheça lindo.

Para vocês, amigos e leitores do Prosa, com carinho, Fernando Pessoa
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Na caixa de recordações...
Quem de nós não tem sua caixa de recordações, seu baú de memórias, lugares onde guardam pequenas relíquias que são sinônimos de momentos vividos com amor, ternura, paixão? Nas caixinhas de recordações guardamos as lembranças físicas, uma carta, um lencinho, um espelho, uma flor ressequida pelo tempo... No baú de memórias guardamos nossos momentos, um beijo, um sorriso, uma dorida despedida, um sonho não vivido...
No poema abaixo, Florbela abre sua caixa de recordações, mostra-nos seu conteúdo, fala-nos sobre cada um deles...

Todas as prendas que me deste, um dia,
Guardei-as, meu encanto, quase a medo,
E quando a noite espreita o pôr-do-sol,
Eu vou falar com elas em segredo ...
E falo-lhes d'amores e de ilusões,
Choro e rio com elas, mansamente...
Pouco a pouco o perfume do outrora
Flutua em volta delas, docemente ...
Pelo copinho de cristal e prata
Bebo uma saudade estranha e vaga,
Uma saudade imensa e infinita
Que, triste, me deslumbra e m'embriaga
O espelho de prata cinzelada,
A doce oferta que eu amava tanto,
Que reflectia outrora tantos risos,
E agora reflecte apenas pranto,
E o colar de pedras preciosas,
De lágrimas e estrelas constelado,
Resumem em seus brilhos o que tenho
De vago e de feliz no meu passado...
Mas de todas as prendas, a mais rara,
Aquela que mals fala à fantasia,
São as folhas daquela rosa branca
Que a meus pés desfolhaste, aquele dia...
quinta-feira, 27 de maio de 2010
A arte de amar, segundo Manuel Bandeira
ARTE DE AMAR
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação,
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Aquele amor-romance, pensado eterno, sentido aconchego, corações enlaçados, mãos atadas pelos sentimentos, olhos voltados para a mesma direção, parece estar desacreditado. Ou parece existir enquanto, como diz o poeta, os corpos se entendam. Depois, a busca frenética por outro amor, e depois outro, e outro, numa infinita procura, numa insaciável ânsia de ser feliz, porque a felicidade resume-se hoje em valores materiais, na busca pelo belo, nos prazeres físicos antes dos deleites da alma.
Claro que ainda há - e sempre haverá - muito corações românticos em busca do amor perfeito, alma a alma, coração a coração, corações que sonham um viver de ternura, de encantos. Serão eles os "deslocados" da vida moderna? Confesso que não sei, sempre fui assim, alma a alma, coração a coração e, mesmo neste momento de tantas mudanças de comportamento vivo de bem com a vida e comigo mesma e não desviaria um centímetro sequer de meu longo caminhar.
Gostaria de saber o que pensam a respeito os amigos e leitores daqui do Prosa, o que acham dos versos de Bandeira...
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Um passo de luz e outro passo de sombra...

Sobre um passo de luz e outro passo de sombra,
Era belo não vir; ter chegado era belo.
E ainda é belo sentir a formação da ausência.
Nada foi projetado e tudo acontecido.
Movo-me em solidão, presente sendo e alheia,
Com portas por abrir e a memória acordada.
A acordada memória, esta planta crescente
com mil imagens pela selva resvalentes,
na noite vegetal que é a mesma noite humana.
Vejo-me longe e perto em meus nítidos moldes,
em tantas viagens, tantos rumos prisioneira,
a construir o instante em que direi teu nome!
Que labirintos bebem meu rosto?
terça-feira, 25 de maio de 2010
São muitas, são tantas, são todas formosas... Rosas...
Vejam, por exemplo, estes versos de Mario Quintana:
MOTIVO DA ROSA
e cuja estirpe não lhe rouba, entanto,
o ar de menina, o recatado encanto
da mais humilde de suas aias,
a rosa, essa presença feminina,
que é toda feita de perfume e alma,
que tanto excita como tanto acalma,
a rosa... é como estar junto da gente
um corpo cuja posse se demora
- brutal que o tenhas nesta mesma hora,
em sua virgindade inexperiente
Rosa, ó fiel promessa de ventura
em flor... rosa paciente, ardente, pura!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Um Padre Passa Na Rua...
E porque essa lembrança agora? Porque, folheando "Boitempo", as reminiscências de infância de Drummond, deparei-me com uns versos que fizeram-me voltar a infância, versos que deixo aqui para vocês porque sei que alguns amigos vão também viajar no tempo com eles...
Beijo a mão do Padre
a mão de Deus
a mão do céu
beijo a mão do medo
de ir para o inferno
o perdão
de meus pecados passados e futuros
a garantia de salvação
quando o padre passa na rua
e meu destino passa com ele
negro
sinistro
irretratável
se eu não beijar a sua mão.
domingo, 23 de maio de 2010
Lua, estrelas, sonho, pensamento...
O domingo amanheceu azul, todo primavera em pleno outono. O dia foi de familia, muito agradável e a noite chegou iluminada por um luar de tocar o coração, apesar de não ser lua cheia. As estrelas brilham e abrem-se a confidêndias para quem as queria fazer. Aqui, da janela do quarto que me abriga, tento contar-lhes meus anseios, sob o olhar complacente de Dona Lua que parece rir de mim. A alma encabulada pede-me que feche a janela e que me recolha, diz-me que alguns sonhos são tão desvairados que devem ficar trancados lá dentro do coração... Reconheço-lhe a verdade, tento explicar-lhe que sempre me abro em sonhos assim quando Dona Lua derrama sua magia sobre mim, mas não adianta. Alma é bicho teimoso e quando diz uma coisa, não volta atrás. Assim, melhor que apague a luz e mergulhe nos lençóis que certamente se umedecerão com alguma lágrima que tentará ocultar-se entre eles... E enquanto o sono não chega, fico com um pensamento...

(William Shakespeare)
sábado, 22 de maio de 2010
Um doce pensamento

(Lya Luft)
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Uma canção de muito longe...

Segunda canção de muito longe
Havia um corredor que fazia cotovelo
Um mistério encanando com outro mistério, no escuro...
Mas vamos fechar os olhos
E pensar numa outra cousa...
Vamos ouvir o ruído cantando, o ruído arrastado das correntes do algibe,
Puxando a água fresca e profunda.
Havia no arco do algibe trepadeiras trêmulas.
Nós nos debruçávamos a borda, gritando os nomes uns dos outros,
E lá dentro as palavras ressoavam fortes, cavernosas como vozes de leões.
Nós éramos quatro, uma prima, dois negrinhos e eu.
Havia os azulejos reluzentes, o muro do quintal que limitava o mundo.
Uma paineira enorme e, sempre e cada vez mais, os grilos e as estrelas...
Havia todos os ruídos, todas as vozes daqueles tempos...
As lindas e absurdas cantigas, tia Tula ralhando os cachorros,
O chiar das chaleiras...
Onde andará agora o pince-nez da tia Tula
Que ela não achava nunca?
A pobre não chegou a terminar a Toutinegra do Moinho,
Que saia em folhetim no Correio do Povo...!
Ia encolhida, pequenina, humilde. Seus passos não faziam ruído.
E ela nem se voltou para trás!
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Relendo cartas antigas...

Talvez não o fizessem com o mesmo encanto, já que, certamente, não encontrariam a poética de Bandeira (será que ela existia em seus avós?); talvez as achassem recatadas, ou piegas. Talvez, como o Poeta, fizessem comparações, não sei... Não consigo imaginar qualquer dos meus netos, cabelos grisalhos, rosto marcado pelo tempo, abrindo minha caixinha de porcelana antiga, desatando o laço azul, manuseando envelopes, desdobrando amareladas folhas de fino papel e mergulhando no tempo atrás de uma simples história de amor.
Claro que não tão simples, porque foi por ela que se preparou sua existência, mas igual a tantas outras embora única... Que sensação teriam ao ler as cartas de seus avós?
A tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente...
A chuva, em gotas glaciais,
chora monotonamente.
E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.
Enternecido sorrio
Do fervor desses carinhos:
É que os conheci velhinhos,
Quando o fogo era já frio.
Cartas de antes do noivado...
Cartas de amor que começa,
Inquieto, maravilhado,
E sem saber o que peça.
Temendo a cada momento
Ofendê-la, desgostá-la,
Quer ler em seu pensamento
E balbucia, não fala...
A mão pálida tremia
Contando o seu grande bem.
Mas, como o dele, batia
Dela o coração também.
A paixão, medrosa dantes,
Cresceu, dominou-o todo.
E as confissões hesitantes
Mudaram logo de modo.
Depois o espinho do ciúme...
A dor... a visão da morte...
Mas, calmado o vento, o lume
Brilhou, mais puro e mais forte.
E eu bendigo, envergonhado,
Esse amor, avô do meu...
Do meu - fruto sem cuidado
Que ainda verde apodreceu.
O meu semblante está enxuto.
Mas a alma, em gotas mansas,
Chora abismada no luto
Das minhas desesperanças...
E a noite vem, por demais
Erma, úmida e silente...
A chuva em pingos glaciais,
Cai melancolicamente.
E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Na manhã de chuva...

mas deram por minha falta.
Na trama da minha ausência,
Inventaram tela falsa.
Como eu andava tão longe,
numa aventura tão larga,
entregue a metamorfose
do tempo fluído das águas;
como descera sozinho
os degraus da espuma clara,
e o meu corpo era silêncio
e era mistério minha alma,
- cantou-se a fábula incerta,
segundo a linguagem da harpa;
mas a música é uma selva
de sal e areia na praia,
um arabesco de cinza
que ao vento do mar se apaga.
E o meu caminho começa
nessa franja solitária
no limite sem vestígio
na translúcida muralha
que opoem o sonho vivido
e a vida apenas sonhada.
terça-feira, 18 de maio de 2010
A Hora mágica de Drummond menino...
Pés contentes na manhã de março.
Ó vida! Ó quinta-feira inteira!
pisando a areia que canta, o barro que clapeclape,
a poça d`água que rebrilha.
Há de ser sempre assim, não vou crescer,
não vou ser feito os grandes, apressados,
aflitos, de fumo no chapéu,
esporas galopantes.
O dia é todo meu. E este caminho,
estas pedras, estes passarinhos, este sol espalhado
em cima de minhas roupas, de minhas unhas.
Tenho canivete Rodger, geléia, pão de queijo
para comer quando quiser.
Posso devassar o mato grande até Guanhães,
descobrir tesouros, bichos nunca vistos,
quem sabe se um feiticeiro, um ermitão,
a ondina ruiva do Rio do Tanque.
Igual aos índios, igual a mim mesmo, quando sonho.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O sonho de Letícia...
O domingo amanheceu radioso, ensolarado, o frio parecia ter ido embora, exatamente o ideal para uma festa de aniversário ao ar livre como a que estava me dirigindo ontem pela manhã. Era a comemoração do décimo-quarto aniversário de um querido sobrinho-neto, Luan - o neto mais velho do Walter, meu amado irmão, uma de minhas saudades...
Familia ligada a terra, com raízes sertanejas, morando ainda em uma chácara nas cercanias de Campinas, hospitaleiros como sabe bem ser a gente do interior, recebiam com um delicioso churrasco e muita alegria a quem chegasse. Para mim é sempre uma emoção voltar a casa que foi de meu irmão, casa onde cresceram meus sobrinhos, casa que nos abrigava (e abriga ainda) sempre com muito carinho. E sentada ali, ao lado da piscina, por mais de uma vez tive que segurar minhas lágrimas quando a lembrança de meu irmão vinha me envolver. Sempre que lá estou parece que o sinto por perto e ontem não poderia ser diferente.
Meu sobrinho havia contratado um dupla sertaneja para alegrar a festa. Repertório variado, ia desfilando sucessos do nosso "country", desde a música sertaneja de raiz até o chamado sertanejo universitário. Vozes bem casadas, afinadas, um show típico, complementando a alegria de todos...
Ao meu lado, Letícia, prima distante e sogra de meu irmão, uma pessoa sofrida, com problemas graves de saúde, fragilizada pela vida, mas sempre doce, cercada pelo carinho dos filhos, netos e bisnetos, esquecia as dores e o desconforto de quem se submete a hemodialises e parecia fascinada com a música, olhos brilhando, lágrimas escorrendo pelo rosto. Achando que talvez ela estivesse com dores, perguntei se poderia fazer alguma coisa para ajudar, mas ela virou-se para mim com um doce sorriso entre as lágrimas e disse" Estou emocionada, muito emocionada!... Nunca fui a um show... Sempre sonhei em ir e veja só, agora estou em um aqui na minha casa!... Nunca tinha visto um show antes. Estou tão feliz, tão emocionada..."
Vocês nem imaginam como me emocionei também, pois ver uma pessoa realizar um sonho sempre me emociona, apascenta minha alma. E era um sonho tão simples o que ela guardou escondido dentro de si por tantas décadas, um sonho que seria tão fácil de ser realizado se ela o tivesse contado aos filhos... Foi o seu momento mágico... E o que poderia ser apenas música para alegrar uma festa acabou sendo uma imensa alegria no coração de uma mulher... As vezes, pequenas coisas fazer a maior diferença...
domingo, 16 de maio de 2010
Encerrando o domingo... Mário Quintana.

Hoje encontrei dentro de um livro uma velha carta amarelecida.
Rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
Eu tenho um medo
Horrível
A essas marés montantes do passado,
Com suas quilhas afundadas, com
Meus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros e gáveas...
Ai de mim.
Ai de ti, ó velho mar profundo.
Eu venho sempre a tona de todos os naufrágios!
sábado, 15 de maio de 2010
Neste enfarruscado sábado de outono...
Um pensamento de Albert Camus...

sexta-feira, 14 de maio de 2010
Vi uma estrela tão alta...
Vi uma estrela tão alta
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
Mais um blog em recesso... Que pena!

Uma das coisas negativas desta nossa querida internet é exatamente isso. Amizades que começam e terminam num piscar de olhos, pessoas que passam a fazer parte de nossa vida diária, que nos aquecem com seu carinho, com sua sensibilidade, com sua lucidez, amigos que trocam idéias através de e-mails ou de qualquer site de relacionamento, de repente, somem, ou simplesmente passam a uma indiferença que faz dó. Tão efêmeras amizades!...
Claro que nem sempre é assim. Cultivo algumas amigas de há muito tempo, amigas conhecidas através da internet e que passaram a ser reais e fieis amigas, como a Mara, lá de Michigan, que conheci faz quase uma década, numa sala de bate-papo (no tempo em que essas salas eram mesmo para bate-papo). Por ocasião do falecimento de meu marido, há mais de sete anos, e numa das minhas viagens aos Estados Unidos para estar com minha filha e com meus netos, fui até East Lansing para conhecê-la pessoalmente, onde fui recebida por ela e pelo Jim, seu marido, com extrema gentileza, fui acolhida como pessoa da família e, no momento difícil que enfrentava então, fez uma enorme diferença. São pessoas maravilhosas, acolhedoras, amigas, mesmo. Uma amizade feita através da internet mas que se consolidou, para minha alegria. E poderia ainda citar algumas outras pessoas que se tornaram amigas, como a Ruth, a Delza, a Dulce Scalla, por exemplo, todas elas muito queridas.
Mas a que vem tudo isso? Ao fato de ter lido hoje uma mensagem de despedida da Graça Lacerda, do lindo blog "Os Botões de Madrepérola" que entra em recesso... Uma pena!... Mas ela promete voltar. Ainda bem, e espero que seja breve.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Uma Única Rosa...
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Na passagem do tempo...

segunda-feira, 10 de maio de 2010
Recolho a noite em minhas pálpebras...

Tomo nos olhos delicadamente
esta noite - jardim de puro tempo
com ramos de silêncio unindo os mundos.
Tudo quanto quisesse aqui se encontra:
nos arroios de estrelas - pelos bosques
onde há risos (e próximos soluços?).
Sinto perfume e orvalho - imagens tênues
que inventa a solidão para fazer-se
de repente saudade. E vejo em tudo
essas cansadas lágrimas antigas,
essas longas histórias sucessivas
com seus berços e guerras - glórias? - túmulos.
Recolho a noite em minhas pálpebras.
A semana começa em ternura...

Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...
Minha vida não foi um romance...
Minha vida passou por passar.
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um romance...
Pobre vida, passou sem enredo.
Glória a ti que me enches a vida
De surpresa, de encanto, de medo!
Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso... de um gesto... um olhar...
domingo, 9 de maio de 2010
Especialmente para você, que é mãe...
sábado, 8 de maio de 2010
Um dia dedicado ao amor

sexta-feira, 7 de maio de 2010
Quero apenas contar-te a minha ternura...
Onde estás? Inventei-te?...

quinta-feira, 6 de maio de 2010
No cotidiano de Drummond...

quarta-feira, 5 de maio de 2010
Como o vento largo...

A Poeira do Tempo...
terça-feira, 4 de maio de 2010
Um menino condenado ao banho...
