Ninguém ma habita
Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
4 comentários:
"Ninguém me habita. A não ser...
uma confusão dos diabos.
boa tarde Dulce!
Pitanga
Boa tarde, Mila...
Mas não é o interior de tanta gente uma confusão dos diabos? rs...
beijos
Por vezes, só as palavras têm morada certa...
bj
Chris
Chris
Algumas tem sim, outras perdem-se pelo ar, outras ainda o vento leva...
E há também as que ninguem escuta...
bjs
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