floquinhos

domingo, 2 de agosto de 2009

E quando a alma pede poesia...


Mario Quintana


Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...


8 comentários:

Maria Emília disse...

Fantástica comparação encerra este poema. Li várias vezes para intuir bem o que o poeta nos quis dizer com ...o alimento deles já estava em ti... maravilhoso!
Um grande beijinho,
Maria Emília

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Maria Emilia

sempre encontramos algo profundo na poesia de Quintana, ainda que pareça simples.
Que bom que gostou.
beijinhos

heli disse...

Dulce.
Esse poema é maravilhoso!
"E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti..."
Tomara que tenhamos muitos poemas alimentandos em nossa alma...
Que muitos pássaros pousem em nossos livros...

Boa semana
bjs

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Heli

É bem Quintana, não? Lindo demais.
beijos

Anônimo disse...

Bom dia, minha querida Amiga.
Vim a correr pq queria deixar-te um
olá bem Amigo.
As minhas irmãs e eu vamos dar uma forcinha à Marta,pq. o noivo é operado amanhã.
Se Deus quiser,tudo correrá bem.
Beijo.
isa.

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Bom dia, Isa

Obrigada por vir. Sua presença sempre me causa alegria, minha amiga.
Bom estarem com a Marta num momento desses, sabemos o quanto uma pessoa precisa de apoio num instante assim, e vai dar tudo certo, esse pesadelo vai passar, tudo vai voltar a ficar bem.
beijos e minhas orações juntam-se as suas.

pico minha ilha disse...

Bela maneira de Mario Quintana dizer que os sentimentos que depositamos nos poemas são nossos e não de quem os leva.Um beijo enorme Dulce e obrigada

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Pico minha ilha

e na verdade o são, porque quanto mais nos identificamos no contexto de um poema, mais ele nos toca.
sou eu quem agradece.
Beijos, Salomé.