Há uns dias, horrorizada com uma imensa e feia limosine que vi num cruzamento por aqui, acabei postando uma foto do monstrengo e, tecendo histórias em minha imaginação sobre seus possíveis ocupantes, só pude chegar a uma conclusão: deveriam ser pessoas de um incrível mau gosto... rs...
Ontem, na estrada a caminho de uma loja famosa aonde minha filha pretendia comprar um sofá complementar para sua sala de TV, num trafego que bem lembrava as estradas paulistas numa sexta-feira que antecede um feriadão, lá estava o sonho americano de luxo e poder, linda, imponente, toda branca, ultrapassando nosso modesto carinho, "A" limosine... Aquela dos filmes de Hollywood, aquela que conduz astros e estrelas. magnatas do petróleo ou das indústrias a caminho de luxousas festas, a que povoa o sonho de tanta gente para quem o único valor da vida está no poder, na fama, na ostentação. E la se foi minha imaginação, de novo, tecendo histórias, criando personagens para ocuparem aquele carro... E desta vez, melancólica que estava, resolvi que era uma linda e solitária princesa de um falido principado europeu em visita aos Estados Unidos quem lá estava. Viera a Massachusetts para uma visita protocolar a um famoso politico e retornava agora ao aeroporto de Boston de onde seguiria para New York. Sempre sonhara conhecer Manhatan, a Quinta Avenida, a Brodway e aproveitaria a estada neste país para realizar seu sonho. Incógnita poderia misturar-se ao novaiorquinos e desfrutar da vida agitada e cultural da cidade.
A essa altura, rindo muito da minha "alucinação", minha filha disse que só faltava eu achar um lindo plebeu para a tal princesa e fazer com que eles vivessem um "affair", que, já que eu estava projetando uma Audrey Hepburn como ocupante da limosine, melhor seria colocar logo a seu lado um Gregory Peck, bem ao estilo dos anos 50... Aí o sonho perdeu a graça porque eu já conhecia o final...
16 comentários:
Que maravilha chegar aqui e ler tantos conhecimento..Beijos amiga voltarei
Esses sonhos hollywoodianos encantaram os "anos dourados" da nossa juventude, depois de tristes guerras o mundo iniciava um período de grande prosperidade.
Mas não demorou muito e veio a guerra fria, o terror, as tiranias, mas continuamos buscando a liberdade e o amor, e não desistimos nunca. Só não podem ocupar essas limosines os tiranos sempre de plantão, para não acabar a festa da paz. bjs/ney.
Cristal de uma mulher
Seja bem vinda!
Obrigada pela presença, pelas palavras amigas e, volte sempre.
bjs.
Ney
Na verdade eu acho até que eles ocupam sim as limosines, mas devem ser as pretas, para tentar impor mais respeito, como se eles o merecessem.
Reparou como "autoridade" gosta de um carro preto? E de preferência, com vidros fumê...
bjs.
Que imaginação...
Aqui muita gente tem realizado esse sonho da limosine. Porquê? Porque a maioria dos concursos de TV, como big Brother, Idolos, e outros levam os jovens para os estúdios em limosines assim. Cada um corre as ruas da cidade numa limosine , e percorre depois uns 50m em passadeira vermelha, acompanhados por um Apolo, quando são meninas, ou uma bela menina quando o concorrente é masculino.
Como se realmente fossem uns principies, ou estivessem a sonhar.
Um abraço
Elvira
Ah, minha amiga, imaginação é o que não me falta... risos
Bom. ao menos por um dia eles são principes e princesas... e certamente estão realizando pelo menos parte de um sonho...
beijos
Querida amiga Dulce,
Sempre muito bem escritos os seus textos, depois estamos sempre em concordância, incrível, parecemos almas gémeas.
A primeira vez que eu vi uma limosine, nem sabia o que era. Eu era uma criança e estava conjuntamente com mais dois alunos a fazer a preparação para o acesso ao ensino secundário.
Quando saímo da aula, estava um carrãooooooo enorme com seis portas à espera do meu colega, um rapazinho tão banal quanto eu, só que o meu pai nessa altura nem carro tinha...
Vim de autocarro para casa, como sempre, e fiquei numa aflição muito grande para explicar o que tinha visto. Incrível, não???
Adorei a sua imaginação, eu sou, como disse, igual, fantasiar é comigo, mas curiosamente nunca estou muito longe da verdade, se e quando me é dada a hipótese de verificar...
Beijos
Ná
...Dulce querida,
taí uma prova que podemos
levar nossos sonhos e imaginações
para qqr canto, desde que nos façam
felizes.
mas não perdendo o assunto:
seria uma limosine, recanto
de verdadeira felicidade?
ou...
ah
não liga, querida.
eu viajei no post...rs
obrigada pelo carinho
lá em casa...
o blog só existe porque
somos espelhos.
beijo
Ná
Acho que s´vim mesmo ver uma limosine de perto quando passei a viajar para cá. No Brasil elas ainda são meio raras.
Sabe, minha amiga acho que fantasiar é dom de muita gente, só que nem todos confessam temendo mostrar fragilidade...
beijinhos
Vivian
De forma alguma... Um carrão não significa felicidade, nem realização, nem estar-se de bem com a vida.
Uma das pessoas mais felizes que cruzaram meus caminhos foi uma mulher muito pobre em bens materiais, mas imensamente rica em amor ao proximo e a vida, em afeto para com seus semelhante. Estava sempre a sorrir e trazia no olhar toda a paz do mundo.
Vivia de lavar roupa e no dia em que ia la em casa, tudo se vestia de paz e alegria com a presença dela. Seu nome era Isabel e qualquer dia falo mais sobre ela, que nem imaginou em sua vida que pudessem existir limosines.
beijos
O importante é conseguirmos a ter asas para dar azo à nossa imaginação. Mesmo quando alguém nos desperta para a realidade.
Muito bem aproveitada a situação para produzir esta fabulosa narrativa.
Um beijo
Dulce,
só faltou: "E foram felizes para sempre".
Que imaginação a sua, que transforma qualquer acontecimento sem importância, num crónica tão bem conseguida.
Beijinhos
Carlos
Concordo plenamente com você, mesmo porque quando a relidade chega (ou nós voltamos a ela), a fantasia já aconteceu...
Lidia
Muitissimo obrigad por suas palavras muito gentis.
beijos
Lourdes
Ah, imaginação eu tenho mesmo... risos
Obrigada minha amiga, que bom que gostou. E que bom te-la de volta.
beijinhos
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