"Cruz na Porta"
Cruz na porta da Tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alvez? Dou
Ao diabo o bem estar que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.
Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias eu o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.
Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.
Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.
Mas ao menos a ele alguém o via.
Ele era fixo, eu, o que vou.
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.
(Alvaro de Campos)
16 comentários:
Este é mais um dos poemas com que a Dulce nos brinda e que é fruto do seu bom gosto por poesia!
Beijinhos,
Ana Martins
Obrigada, Ana...
Mas com Fernando Pessoa não dá pra errar. Ele é sempre encantamento.
Beijinhos e boa noite.
OLA DULCE, BELISSIMO POEMA...BELA ESCOLHA AMIGA!!!
QUE TENHAS UMA OPTIMA NOITE, FICA COM DEUS..
BEIJOS DE CARINHO,
SUSY
Susy,
Obrigada,
uma linda noite para você também, minha amiga.
Beijos
Dulce
Apesar de ter já lido o poema, gostei de reler, nunca será demais estar com o pensamento de Fernado Pessoa. Ter postado Álvaro de Campos, é uma agradável escolha.
Acabei de postar o selinho que me ofereceste. Deixei link do teu painel e procurei cumprir regras.
Se leres, as fotos que viste de Fátima, foi na segunda depois. Nas outras duas depois do AVC seria impossivel mesmo.
Abraços,
Daniel
Dulce;
Este poema levou-me à minha infância em Portugal, porque sempre me perguntava, porque razão as tabacarias expunham uma folha A4 com uma cruz e normalmente uma foto com alguns dizeres que eu, ainda criança não conseguia ler.
Ainda hoje se vêm esses anúncios e claro, já sei que são para anunciar a morte de alguém bem conhecido na rua ou mesmo no bairro dessa tabacaria, sem olhar à sua condição social.
bjs, Dulce,
Osvaldo
Dulce,chegou bem a casa?
Como já sabe,Álvaro de Campos,o meu
preferido.
Linda Semana.
Beijo.
isa.
Daniel
Obrigada por aceitar o selo e pelo link.
Pessoa, realmente, nunca é demais.
bjs.
Osvaldo
São usos e costumes que se perdem com o tempo. Retalhos de lembranças de outros tempos que aqui no Brasil já não se ve.
beijos
Isa
Bom dia, minha amiga.
Cheguei bem, sim, muito obrigada. E como era o final de semana dos netos (daqui) passarem com o pai (que mora comigo) foi uma alegria, porque ainda não os tinha visto depois que cheguei dos USA. Mas hoje a casa precisa de cuidado especial e la vamos eu e "minha fiel escudeira" por mãos à obra... rs...
beijos
Dulce agradeço sua gentileza em retribuir minha visitinha em se blog nem todos tem este carinho com as pessoas!
Adorei sua idéia de guardar os selinhos e mimos em um só blog...acho que vou "copiar" posso colar? Como você viu em meus blogs adoro uma imagem...ainda sou uma eterna criança...heheh...
PAZ no seu caminho...
Graça
Graça
Foi um prazer visitar seus blogs, tão bonitos, tão bem cuidados.
Claro que pode "copiar"... rs... fique à vontade. Também tenho muito de criança lá dentro de mim. Acho que é exatamente isso que me faz melhor.
Beijos e muito bom dia.
Alvaro de Campos é o máximo. Lindíssimo.
Dulce, passa lá no meu blog que no post de onte, deixei um presente para você. Estou aprendendo a lidar com essas coisas (rs), aos pouquinhos.
Beijo grande
Saudações Florestais !
Silvana
Estou passando e tenho certeza que vou gostar muito, porque você é pessoa talentosa e de muito bom gosto.
Beijos e obrigada.
Olá amiga Dulce,
Belíssimo poema de Álvaro e Campos.
Pena que eu ainda não esteja de bem com a vida e me sinta sem grande vontade de ler sobre coisas do coração.
Desculpe-me.
Beijnhos
Ná
Ná
Não gosto de ve-la assim, minha amiga. Se pudesse ajudar, de alguma forma...
beijos
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