Belo Belo
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Tenho o fogo de constelações extintas há milênios.
E o risco brevíssimo — que foi? passou — de tantas estrelas cadentes.
A aurora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.
O dia vem, e dia adentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.
As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:
Os anjos não compreendem os homens.
Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.
(Manuel Bandeira)
6 comentários:
De bem menina aprendi a valorizar
as pequenas coisas da Vida!
E só agradeço por isso!
Lindo o poema de Manuel Bandeira.
Beijo.
isa.
E eu também... "Quero a delícia de sentir as coisas mais simples."
Bjs querida! Já tá virando um picolézinho, de tanto frioooo? risos...
Isa
E assim fica-se tão mais perto da felicidade, não, minha amiga?
Beijos e linda tarde para você.
Val Cruz
Também eu, Val...
Ah, minha amiga, nem fale em frio... rs... picolé total!... risos... E hoje está tudo cinza, começando a chover e só não vira neve porque está um pouquinho acima de zero... brrrrrrrrrr... (rs)
Beijos e uma boa tarde para você.
DULCE, este é meu conceito de bele-
za. A beleza está nas coisas mais
simples.
Beijos, com carinho
Paloma
Mas está mesmo, Paloma. Concordo com você.
Beijos
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