... A poesia de Florbela Espanca.
Não digas adeus, ó sombra amiga,
Abranda mais o ritmo dos teus passos;
Sente o perfume da paixão antiga,
Dos nossos bons e cândidos abraços!
Sou a dona dos místicos cansaços,
A fantástica e estranha rapariga
Que um dia ficou presa nos teus braços…
Não vás ainda embora, ó sombra amiga!
Teu amor fez de mim um lago triste:
Quantas ondas a rir que não lhe ouviste,
Quanta canção de ondinas lá no fundo!
Espera… espera… ó minha sombra amada…
Vê que p’ra além de mim já não há nada
E nunca mais me encontras neste mundo!…
5 comentários:
Querida Dulce.Como escrevia com sentimentos Florbela Espanca!Embora sempre nostálgica e triste,mas cada poema que encanta é verdade,adorei ler e não conhecia este poema.
Beijinho e tudo de bom Lisa
Agulheta
Verdade, Lisa. Puro sentimento, pura emoção. Não me canso de ler e reler Florbela, sempre com um novo encanto em cada leitura.
Beijos e boa tarde.
Lindo texto. As belas músicas de sempre. Abraço/ney.
Ney
Obrigada pela visita e pelo comentário.
Uma boa noite para você.
Obrigado. Boa noite!
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