Ontem depois do jantar, estávamos reunidos no quarto de minha filha, quando a propósito já nem sei do que, os meninos quiseram ver umas fotografias antigas. Abri meu laptop em meus arquivos de fotos em preto e branco e, numa determinada pasta lá estavam elas, as fotos que meu tio Antônio, em sua irreverência diria serem "do tempo do Onça"....
Os kids foram olhando, interessados, perguntando quem era um, quem era outro e, num determinado momento, ante a foto de uma garotinha, um espanto ao saber que aquela menininha de olhos já sonhadores era eu.
- Você, vó? desse tamanho?!
- Eu mesma, Porque o espanto? Você não está pensando que fui velha a minha vida inteira, está?, respondi sorrindo.
Espanto maior nos rostinhos meio incrédulos, depois a lembrança de uma foto de meu casamento sobre a escrivaninha do meu quarto e uma nova exclamação engraçadíssima:
- Nao penso mais, porque agora você disse e eu estou vendo as fotografias...
E, daí para a frente, foi um tal de um espanto atrás do outro, para os dois pequenos que acabaram por descobrir que esta avó já entrada em anos um dia correu pelas ruas, pulou corda, jogou amarelinha, foi a escola para aprender a ler, cresceu, teve seus sonhos e seus amores, cumpriu galhardamente seus caminhos para, finalmente chegar ao posto de matriarca (sem poder) feliz com a família que conseguiu criar.
Os kids foram olhando, interessados, perguntando quem era um, quem era outro e, num determinado momento, ante a foto de uma garotinha, um espanto ao saber que aquela menininha de olhos já sonhadores era eu.
- Você, vó? desse tamanho?!
- Eu mesma, Porque o espanto? Você não está pensando que fui velha a minha vida inteira, está?, respondi sorrindo.
Espanto maior nos rostinhos meio incrédulos, depois a lembrança de uma foto de meu casamento sobre a escrivaninha do meu quarto e uma nova exclamação engraçadíssima:
- Nao penso mais, porque agora você disse e eu estou vendo as fotografias...
E, daí para a frente, foi um tal de um espanto atrás do outro, para os dois pequenos que acabaram por descobrir que esta avó já entrada em anos um dia correu pelas ruas, pulou corda, jogou amarelinha, foi a escola para aprender a ler, cresceu, teve seus sonhos e seus amores, cumpriu galhardamente seus caminhos para, finalmente chegar ao posto de matriarca (sem poder) feliz com a família que conseguiu criar.
(A foto de que eles mais gostaram foi esta. Numa montagem feita por ocasião da escolha da capa para meu livro, a avó que eles reconhecem e a menina que um dia foi...)
7 comentários:
Muito legal Dulce, aqui em casa fazemos isso de vez em quando, mas as fotos são reveladas, é muito bom rever fotos antigas dos familiares, fiz uma postagem com uma foto minha em tempos de escola, depois dá uma olhada...
Você é muito simpática...
Um grande abraço!
Dora Regina
Muito obrigada.
Também acho uma sessão nostalgia com fotos antigas uma delícia. Sempre fazíamos isso quando meus filhos eram pequenos, e mesmo depois que cresceram. Aliás, fazemos até hoje... Fotos antigas, em preto e branco, são uma paixão entre nós.
Vou lá ver sua foto antiga, sim, agora mesmo.
Beijos e obrigada, mais uma vez.
Meu Deus,como conserva os traços lindos e doces!
Fazemos muito isso na minha Família e os meus Filhos e noras gostam muito.
O Sebastião acha graça. A Mimi ainda ñ entende,no seu ano e meio.
Que linda está!
Beijo.
isa.
Isa
Fazer esses "momentos nostalgia" é como viajar no tempo, poder apresentar aos filhos e netos suas raízes. Bom demais.
Beijos e obrigada, minha gentil amiga.
Um lindo dia para você.
Agora o espanto é meu! Que "capa para meu livro"? Conta essa história vai, que a gente quer saber. heheh
beijos em Sol, ainda que...
Pitanga Doce
Ah, não é nada demais, não, amiga. É só um pequeno livro de crônicas. Foi lançado em 2002, são lembranças de minha infância e adolescência.
Distribuido entre amigos, vários exemplares vendidos, teve muito boa acolhida, mas com a morte de meu marido perdi o pique e não quis fazer um segundo livro. Não tinha mais graça,
Mas sabe o que é melhor? esta semana o Philip (neto) me surpreeendeu ao citar fatos e pessoas do livro e ele me disse que estava lendo meu livro e estava bom demais? Foi meu melhor prêmio, já que o livro foi escrito para eles, para que conhecessem um pouco de suas raízes...
beijos e uma boa tarde para você.
Sergio
Muito obrigada. Creio que uma das melhores coisas que a vida pode nos oferecer é um amigo e sempre fico feliz quando percebo um novo amigo em meus caminhos.
Um abraço.
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