Abranda mais o ritmo dos teus passos;
Sente o perfume da paixão antiga,
Dos nossos bons e cândidos abraços!
Sou a dona dos místicos cansaços,
A fantástica e estranha rapariga
Que um dia ficou presa nos teus braços…
Não vás ainda embora, ó sombra amiga!
Teu amor fez de mim um lago triste:
Quantas ondas a rir que não lhe ouviste,
Quanta canção de ondinas lá no fundo!
Espera… espera… ó minha sombra amada…
Vê que p’ra além de mim já não há nada
E nunca mais me encontras neste mundo!…
(Florbela Espanca)
4 comentários:
Que música...Linda! E a voz?!
E o poema!
Faz-me companhia enquanto a visito!
Espero que esteja bem,minha querida Dulce.
Beijo.
isa.
DULCE, Florbela Espanca foi uma mu-
lher muito sofrida. Como ela, tam-
bém Augusto dos Anjos. Todo sofri-
mento na poesia.
Beijos
Usa
obrigada, minha boa amiga. Estou bem, sim. E você, como está?
Beijos e uma boa noite
Paloma
Pois é, Vinicius ja dizia que "o poeta só é grande se sofrer..."
beijos e uma boa noite para você.
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