O animal da floresta
De madeira lilás (ninguém me crê)
se fez meu coração. Espécie escassa
de cedro, pela cor e porque abriga
em seu âmago a morte que o ameaça.
Madeira dói?, pergunta quem me vê
os braços verdes, os olhos cheios de asas.
Por mim responde a luz do amanhecer
que recobre de escamas esmaltadas
as águas densas que me deram raça
e cantam nas raízes do meu ser.
No crepúsculo estou da ribanceira
entre as estrelas e o chão que me abençoa
as nervuras.
Já não faz mal que doa
meu bravo coração de água e madeira.
(Thiago de Mello)
8 comentários:
Dulce, este poema é um dos mais belos e verdadeiros que já li na net. Você foi muito feliz na postagem.
Tocante!
É veramente a voz de todas as árvores.
Parabéns e aplausos a Thiago de Mello.
abraço aos dois
Lu C.
Feliz Ano Novo amiga. Muita paz, muita luz, muita saúde, e tudo o que mais desejar.
Mais um belissimo poema. Gostei.
E o Blogue está muito bonito. Parabéns.
Um abraço e obrigada pelas visitas.
Lu Cavichioli
Obrigada, Lu. Thiago de Mello tem um jeito todo seu de poetar, por isso me encanta.
Beijos e uma boa noite para você
Elvira Carvalho
Um Feliz Ano Novo para você também.
Obrigada, e saiba que visitar seu cantinho é sempre um prazer.
Beijos e uma boa noite para você
Que lindo Dulce, muito bom mesmo!
Beijinho,
Ana Martins
Linda em todos os sentidos, vc e a poesia que postas-tes!!!
Beijos doces, Dulce querida!
Ana Martins
Obrigada, Ana.
Beeijos e um bom dia
Val Cruz
Obrigada, Val.
Beijos procê também...
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