Lágrimas Ocultas
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida.
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Florbela Espanca
8 comentários:
adoro Florbela.
lindo o poema.
bjus
Siempre es un gusto inmenso leerte.
Un abrazo
Saludos fraternos...
Que disfrutes de este fin de semana lo mejor.
Florbela sempre apresenta a emoção como uma pintura bonita, que olha pra gente e arranca suspiros.
Beijos
Que maravilhoso! Bela postagem!!
Beijos e bom fim de semana!
Paula Marina
Obrigada.
Beijos e uma boa noite
Adolfo Payés
Sempre um prazer recebelo.
Obrigada, beijos e um bom final de semana para você também.
Maria Teresa
Uma definição perfeita para a poesia de Florbela, Maria Teresa.
Beijos, obrigada e boa noite
Perola Viva
Obrigada, Pérola.
Beijos e bom final de semana para você também.
Postar um comentário