Pratos que significam momentos...
Segunda-feira enfarruscada, cinzenta, cheia de motivos para se ficar em casa, “al dolce fare niente”... Mas como ficar na preguiça numa segunda-feira quando tivemos netos em casa num inteiro final de semana? Ah, não dá, mesmo! E a manhã passa tão depressa, aliás, o tempo passa depressa demais, então foi preciso acordar muito cedo para dar uma ordem nas coisas e poder ganhar um tempinho para vir conversar um “cadinho” com meus amigos ainda pela manhã, porque para a tarde há planos outros, nesta semana reservada para matar saudade de amigos que não vejo há meses...
E vou colocando cada coisa em seu lugar, pensando que casa de vovó é feita de recordações, por isso tem tantas pequenas peças espalhadas pelos móveis, tantas fotografias sobre aparadores e lareira, tantas histórias escondidas em cada objeto que se toque. Tenho uma coleção de pratos que, em si, já é uma história que começou com um prato que era de um aparelho de jantar, trazido por meus avós quando de sua chegada ao Brasil, vindos da Ilha da Madeira. Único que sobrou, louça inglesa, menina dos olhos de meu pai por ser lembrança de sua mãe que, num determinado dia, me chamou e pediu-me que ficasse com ele, porque sabia que eu valorizava a história da família nele contida. Com medo que se quebrasse se o pusesse em uso, comprei um suporte e o coloquei na parede, sobre um aparador dando início assim à minha coleção mais de lembranças do que de pratos, porque dela só fazem partes os comprados em minhas viagens, ou os que me foram presenteados por pessoas amigas.
Assim, por detrás de cada um deles há uma história, um momento... O segundo deles comprei em Évora, Portugal, em minha primeira viagem para fora do Brasil, o terceiro em Lisboa, depois vieram os de outros países, e vai por ai afora... E há os brasileiros, um que foi de minha mãe, ganho em suas bodas de prata, outro comprado por meu marido, como um pedido de perdão depois de uma dessas briguinhas corriqueiras que os casais costumam ter (até de nossas brigas sinto saudades, pode?)... Já são tantos... Dia de tirá-los da estante de vidro que lhes serve de lugar, é dia de recordações, de saudades, de lágrimas de gratidão pelos momentos que vida me ofereceu ao longo destes anos todos. E à medida que os vou limpando, um a um, todo um filme vai se desenrolando em minha mente, rostos formam-se em minha retina, lugares descortinam-se em minha memória, momentos aquecem meu coração. Hoje foi um desses dias e ainda com a alma inundada estou aqui dividindo com vocês minhas lembranças, porque me faz muito bem dividir meus melhores momentos com pessoas que quero bem...
Dulce Costa
Na manhã de dois de fevereiro do ano de dois mil e nove.
E vou colocando cada coisa em seu lugar, pensando que casa de vovó é feita de recordações, por isso tem tantas pequenas peças espalhadas pelos móveis, tantas fotografias sobre aparadores e lareira, tantas histórias escondidas em cada objeto que se toque. Tenho uma coleção de pratos que, em si, já é uma história que começou com um prato que era de um aparelho de jantar, trazido por meus avós quando de sua chegada ao Brasil, vindos da Ilha da Madeira. Único que sobrou, louça inglesa, menina dos olhos de meu pai por ser lembrança de sua mãe que, num determinado dia, me chamou e pediu-me que ficasse com ele, porque sabia que eu valorizava a história da família nele contida. Com medo que se quebrasse se o pusesse em uso, comprei um suporte e o coloquei na parede, sobre um aparador dando início assim à minha coleção mais de lembranças do que de pratos, porque dela só fazem partes os comprados em minhas viagens, ou os que me foram presenteados por pessoas amigas.
Assim, por detrás de cada um deles há uma história, um momento... O segundo deles comprei em Évora, Portugal, em minha primeira viagem para fora do Brasil, o terceiro em Lisboa, depois vieram os de outros países, e vai por ai afora... E há os brasileiros, um que foi de minha mãe, ganho em suas bodas de prata, outro comprado por meu marido, como um pedido de perdão depois de uma dessas briguinhas corriqueiras que os casais costumam ter (até de nossas brigas sinto saudades, pode?)... Já são tantos... Dia de tirá-los da estante de vidro que lhes serve de lugar, é dia de recordações, de saudades, de lágrimas de gratidão pelos momentos que vida me ofereceu ao longo destes anos todos. E à medida que os vou limpando, um a um, todo um filme vai se desenrolando em minha mente, rostos formam-se em minha retina, lugares descortinam-se em minha memória, momentos aquecem meu coração. Hoje foi um desses dias e ainda com a alma inundada estou aqui dividindo com vocês minhas lembranças, porque me faz muito bem dividir meus melhores momentos com pessoas que quero bem...
Dulce Costa
Na manhã de dois de fevereiro do ano de dois mil e nove.
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