Ao anoitecer, a poesia de Cecília Meireles...
Canção do sonho acabado
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...
(Cecília Meireles)
4 comentários:
Poesia que mostra o sofrimento,a
desilusão de quem td dá e acaba por desistir ao ser incompreendida.
Bom fim de semana.
Beijo.
isa.
PS:- Como está a sua filha?
Beijo para ela tb.
Simples e belo o romantismo de Meireles.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 23/10/2010
Isa
Muito bom dia, querida amiga.
Angélica já está bem, obrigada por perguntar. Já estou afivelando as malas (de novo), amiga. Amanhã à noite embarco para Boston e, chegando lá, transmito seu beijinho para ela, viu? Obrigada.
Um maravilhoso final de semana para você, também.
Beijos e obrigada.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Muito bom dia, Jorge, e muito obrigada pela sua presença aqui no Prosa.
Um abraço.
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