Sabe quando você está num daqueles momentos de "dolce fare niente" e realmente não há nada de interessante para fazer, quando nem um livro consegue reter sua atenção, num daqueles momentos de tédio que acomete, mais cedo ou mais tarde, a qualquer um de nós, quando nem o controle remoto da TV pode levá-lo a nada que o interesse? Foi num desses momentos que acabei parando num "Supernanny". Esse programa que certos pais com crianças pequenas deveriam ver de vez em quando, principalmente quando pensam que a disciplina é coisa do passado, que seus filhos devem ser criados com toda a liberdade do mundo, etc. e tal. Joanne, a baba, consegue mostrar a pais desesperados com seus insuportáveis e muito mal educados filhos, como devolver a eles e à suas casas, o respeito mútuo, a serenidade e a paz que toda família precisa para bem viver, apenas impondo a disciplina. Só de ver aqueles pirralhos xingando e chutando ou estapeando seus pais eu fico de "cabelos em pé", fico me perguntando como chegamos a isso e aonde o mundo vai parar com toda essa permissividade,
Pois ontem a "nanny" apresentava um programa de aconselhamentos e uma parte desse programa versava sobre o quanto a infância está sendo reduzida, o quanto a cada dia mais cedo as nossas crianças estão se tornando adultas; meninas de 10, 12.13 anos vestindo-se como se já fossem moças, maquiadas, cabelos pintados, roupas com grandes decotes e saias curtíssimas, sapatos altos, saindo para frequentar boates até quase a madrugada. E com a aquiescência da mãe, acreditam? E a desculpa que a mãe deu a Joanne foi que, se ela não permitisse, a filha perderia a confiança nela e nunca mais contaria tudo para ela!!!
Num outro programa, meninas bem menores preparavam-se para concursos de "miss", maquiadas, cabelos de adultas, sobrancelhas depiladas... O que estão fazendo com nossas crianças, meu Deus? Como se já não bastassem o absurdo de certas cenas que são exibidas em nossas tele-novelas; crianças liberadas para assisti-las ao lado dos pais, formando desde cedo, em cada uma delas uma idéia errada da conduta que deveriam seguir, endeusando personagens mau-caráter em cenas de violência, em ousadas senas de sexo e tantas outras coisas que em nada vão ajudar na formação de alguém.
É de endoidar, não é? Mas nem tudo está perdido. Ainda temos a maioria dos pais olhando pelos seus pequenos, dando a eles exemplos de vida e de comportamento, garantindo a possibilidade de uma reviravolta, de uma mudança nisso tudo, da possibilidade de escolha de cada um, de que caminho seguir, quando não for mais criança, quando tiver tido seu tempo de inocência, de folguedos, de fé no que virá e, principalmente, de aprendizado no trato com todos os que o cercam.
5 comentários:
Cara amiga,
Compartilho de seu comentário com a mesma indignação quando vejo isso por aí. Não é possível que os pais não entendam o mal que estão fazendo a seus filhos, deixando-os assim, à vontade, sem critérios e direcionamentos. Em minha casa nunca fomos de novelas, de eudeusamentos à
atores como eu vejo em tantas pessoas que conheço. Perdem um tempo imenso sentados em frente a uma televisão, quando o momento seria propício para mostrar a seus filhos, bons livros, boas músicas, descobertas interessantes pela internet ou mesmo pela televisão.
Gosta da Supernany também, de vez em quando vejo este programa.
bjs cariocas
Boa noite, minha querida Dulce.
Aqui ñ passa esse programa,mas temos esses exemplos péssimos,essas faltas de respeito que tb me chocam e indignam.
Tem toda a razão.De repente pensa-se
que os meninos podem fazer tudo para ñ ficarem, pasme, traumatizados!
E,com essa desculpa,ñ se educa.
Triste mesmo.
Beijo.
isa.
Pois é Dulce, essa é hoje uma triste realidade em todo o lado. Lembro-me da mãe de um colega de colégio do meu filho Pedro, estar indignada com a professora por repreender o filho (que era insubordinado nas aulas destabilizando a turma), considerando que as repreensões traumatizavam a criança. Acabou por tirar a criança do colégio, pois o estabelecimento não admitia faltas de educação e as repreensões continuaram. Também posso acrescentar que essa mãe era directora de uma grande empresa, sem tempo para a criança que ficava ao cuidado das empregadas. Talvez por os pais cada vez mais não "arranjarem" tempo para educar e estar com os filhos, tentem erradamente compensar deixando-os fazer tudo o que eles querem.
Quem perde são definitivamente as crianças.
Beijinhos
Maria
Dulce, também assisto este programa na Tv à Cabo, como sua versão nacional pelo SBT aos sábados à noite. Também me causa espanto a passividade dos pais em permitirem ser insultados pelos filhos daquela maneira. Também não acredito que após duas semanas de "nanny", as coisas mudem. Aquilo vem de longo tempo.
Quanto às "pequenas misses", são uma aberração, fruto de mães totalmente desequilibradas e frustradas. Já vi cenas de meninas com cinco anos com a lagriminha escorrendo no olho e a mãe dizendo para não chorar que ia borrar a maquiagem. Camisa de força, nelas Dulce! Sabes o que era bom? É que as crianças do primeiro programa citado, fossem viver com as mães das misses e lhes dessem uma carga porrada, como se diz "na minha terra". Só eu! hehehe
Beijos e vento fresco, na cidade de Estácio de Sá.
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