As "girls" dos anos dourados...
Em alguns lugares por onde vou andando, por aqui, acabo tendo a sensação de estar caminhando em um cenário hollywoodiano. Algumas ruas, algumas casas ou lojas, os sons, a música que serve de fundo, enfim, fantasia pura... Hoje, por exemplo, no caminho entre a casa e o Camping onde íamos deixar as crianças, num determinado momento, lá estava eu nos Anos 50...
O ídolo ainda era quase um menino....
O som que enchia o carro? Elvis, naturalmente!... O que eu via pela janela e que despertou em mim essa forte sensação? Uma casa antiga, típica dos anos dourados, daquelas de telhado alongado para um lado, baixas, geralmente brancas ou marrons. Só faltou mesmo o "cadillac rabo-de-peixe" estacionado em frente a garagem para completar o quadro.
As casas da moda entre a classe média, por aqui...
A impressão do momento foi a de que, olhando pela janela aberta, dando longas asas a minha imaginação, acabaria por ver a figura de um rapaz usando "blue jeans" com a barra dobrada, jaqueta de couro sobre uma camiseta branca, cabelos cuidadosamente arranjados em um topete soberbo, a custa de brilhantina. em pé a um canto da sala, dedilhando notas em uma guitarra, enquanto uma garota a seu lado ensaiava uns passinhos de rock'n roll... Saia rodada, blusinha branca com as manguinhas dobradas, golinha levantada para dar mais graça ao lencinho que trazia amarrado ao pescoço e, claro, meinhas soquetes, dobradas, brancas, e tenis. Aos movimentos da dança, os cabelos presos em um rabo-de-cavalo dançavam também...
Foi uma fração de segundo, foi uma janela aberta no tempo, uma visão de um passado que só conheci através dos filmes que me encantavam na tranquila adolescência vivida num Brasil distante... Mas foi um doce momento...
18 comentários:
Isso é que eu chamo de "viagem"! Era lindo, era doce, era tímido, mas me encanta também a liberdade de vida e escolhas que as moças de hoje têm. Intercâmbios, concursos públicos, planos onde casamento pode esperar. Nos Anos Dourados o que mais elas ouviam era NÃO!
Beijos Dulce. Sol por aqui!
ô lugar gostoso este! Tem tudo a ver com meus gostos e se eu pudesse viveria numa cidade que fosse toda voltada para estas décadas.
Mas, como disse a Pitanguinha aí em cima, o que é bom mesmo de hoje em dia é esta liberdade que as jovens têm. Pena que têm feito um mal uso dela!
bjs cariocas
DULCE, uma viagem no tempo. Não acho que as jovens, de hoje, sejam mais felizes. Não existe mais romantismo e até mesmo o amor, poucas conhecem. É tudo prático e passageiro demais.
Beijos
Que flash passou mas teimou em ficar...
Já ñ é flash,é saudade mesmo,mas boa!
Ñ dói!É airosa,cheirosa e embaladora!
Obrigada por a trazer até mim!
Boa noite!
Beijo.
isa.
Pitanga Doce
É verdade, mas veja o que essas meninas estão fazendo com tanta liberdade... O ideal seria (e em muitos casos o é) liberdade com orientação e respeito.
Mas não dá para não sonhar, minha amiga.
Recebi correio, logo segue resposta.
Beijos e uma boa noite.
Beth/Lilás
Também acho uma pena, viu?
Mas o mundo caminha e as coisas vão se transformando, para melhor ou para pior, não sei, o fato é que as mudanças acontecem e acho até que são necessárias, mas não dá para não sentir saudades de um tempo tão "romance"...
Beijos e uma boa noite para você.
Paloma
Na verdade, minha amiga, acho que as moças de hoje tem muito mais chances de serem felizes, só não a aproveitam, confundindo o que é liberdade com liberalidade ou, as vezes, licenciosidade... Elas têm tantos caminhos abertos pela frente...
Beijos e uma boa noite para você.
Isa,
minha querida amiga, viajemos, então nas doces asas da saudade...
beijos e uma boa noite para você.
Gostei do texto amiga. Quantas vezes ao irmos de viagem não temos uma sensação semelhante.
Abraço e bom fim de semana
Elvira Carvalho
As lembranças afloram quando menos esperamos, não é mesmo?
Obrigada, abraço e um bom final de semana para você. também
Olá Dulce
Os bons tempos, as décadas de ouro, enfim, nomes nostalgicos para retratar um período importante de grandes transformações políticas, sociais, na cultura, emfim uma sacudida no mundo. E nós tivemos a sorte de viver esses tempos e hoje podemos análisa-los com a experiencia de quem foi testemunha ocular da história.
abç
Bernardo,
Acho que foi realmente uma sorte, ou ainda, um privilégio termos sido "testemunhas oculares da história". E, sempre que ouço essa expressão, vem-me a memória o "Reporter Esso", mais uma marca desse nosso tempo já distante... Era assim que seu apresentador abria ou fechava seus tele-jornais, lembra–se? Principalmente nas edições especiais.
A essa memória tão teimosa que cisma em ficar sempre lembrando, lembrando... rs
Um abraço e um bom final de semana.
Muito bom revisitar momentos. Mas que as lembranças sejam boas e nos motivem a seguir sorrindo, não é?
Não acompanhei muito disso na adolescência(nasci em 54), mas sempre tive um pé saudosista e acabei me apaixonando por tudo isso e nunca desapaixonei.
Uma linda seleção de momentos.
Beijos.
Clarice
Na maioria das vezes, são as boas lembranças que chegam para tocar o coração. As lembranças ruíns, prefiro deixá-las como lição de vida, tentando sempre superra-las. As vezes não dá, mas eu sempre tento... rs
Beijos, obrigada e um bom final de semana
Memórias de outros tempos que sabe bem recordar.
Bom domingo
Beijinho
Maria
Maria
Muito obrigada e um bom domingo para você também
Beijos
adorei o seu blog!fiquei ouvindo as musicas que vc gosta e lendo. um grande abraço de fortaleza, ceara.
flávia
Flávia
Muito obrigada. É um enorme prazer recebe-la aqui no Prosa. Um abraço para o pessoal de Fortaleza, dos lindos e verdes mares.
Beijos
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