Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... Remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
(Manuel Bandeira)
8 comentários:
Simplesmente...maravilhoso!
Beijos
Graça
Que belo Poema!
Beijo.
isa.
Eu até fecharia o livro porque, no momento, não tenho motivo maior de pranto, mas vai que de uma hora pra outra.... hehehe Ah Bandeira! Ah Dulce, que essa vida é um vai e vem de emoções!
Magnifico este poema, Dulce!
Beijinho,
Ana Martins
Graça Pereira
Beijo, minha amiga e um lindo final de semana para você
Isa
Não é mesmo, querida amiga?
Beijos e um bom final de semana para você
Pitanga Doce
Ah, minha amiga, que coisa boa de se ouvir! Não ter motivo maior de pranto!...
É exatamente isso, minha amiga, esse vai e vem de emoções que torna a vida tão preciosas, não acha?
Beijos e bom fim de semana para você
Ana Martins
Também gosto imenso dele, Ana.
Beijos e bom final de semana para você
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