Segunda-feira meio enfarruscada, com o calor dando uma trégua, um ventinho amigo entrando pelas janelas da casa ainda meio bagunçada pelo agito do final de semana... Final de semana "comme il faut", avó em tempo integral, mãe corujando filho, avó paparicando netos...
No sábado fomos todos almoçar num tradicional restaurante mineiro lá da Praça Benedito Calixto e, como não poderia deixar de ser, e como diriam os mineiros de boa cepa, "para fazer o quimo", fomos passear pela Feirinha de Antiguidades(*) que essa praça abriga aos sábados, imperdível para quem gosta de ver (ou ter) peças antigas.
Entre uma barraca e outra, deslumbre para os olhos, histórias de tantas vidas em tantos tempos, minha própria história vai se descortinando, trocando comentários com meu filho, contando coisas a meus netos: "minha mãe tinha um jogo igual a este", ou "ganhei taças quase iguais a essas em meu casamento", etc... etc...
E entre faianças, pratarias, cristais. objetos os mais variados, desde antigos long plays a câmeras fotográficas 'do tempo do onça', lindas em suas histórias, vamos descobrindo uma ou outra coisa que até gostaríamos de ter, como os três pequenos castiçais coloridos que prenderam nossa atenção. A vendedora, percebendo que havíamo-nos encantado com eles, logo disse que era Cristal Bacará, que eram assinados, e que estava vendendo os três pelo preço de dois, já que um deles estava "trincadinho", pela bagatela de mil e duzentos reais!
Não questiono o valor das peças, mesmo porque penso que para quem gosta e pode, o preço é sempre relativo, mas naquele momento me dei conta de que a grande maioria do povo brasileiro não recebe uma importância dessas como salário mensal...
E entre faianças, pratarias, cristais. objetos os mais variados, desde antigos long plays a câmeras fotográficas 'do tempo do onça', lindas em suas histórias, vamos descobrindo uma ou outra coisa que até gostaríamos de ter, como os três pequenos castiçais coloridos que prenderam nossa atenção. A vendedora, percebendo que havíamo-nos encantado com eles, logo disse que era Cristal Bacará, que eram assinados, e que estava vendendo os três pelo preço de dois, já que um deles estava "trincadinho", pela bagatela de mil e duzentos reais!
Não questiono o valor das peças, mesmo porque penso que para quem gosta e pode, o preço é sempre relativo, mas naquele momento me dei conta de que a grande maioria do povo brasileiro não recebe uma importância dessas como salário mensal...
Vivemos numa cidade de muitos e grandes contrastes, com uma população que vai do multi-milionário ao paupérrimo, do intelectual ao iletrado, do anjo caridoso ao malvado e insensível facínora, que se cruzam sem mesmo se enxergarem ao dobrar de uma esquina, e que é isso, exatamente isso, que torna esta cidade fascinante, atrativa, assustadora, acolhedora, tudo a um só tempo...
E, no olhar dos jovens que por lá estavam, a curiosidade ou a indiferença, no olhar dos mais antigos a saudade acenando de cada peça, acabavam por trazer um certo clima de magia ao momento... Magia que vamos certamente reviver num próximo sábado, quando decidirmos novamente saborear a boa feijoada servida com a tradicional cortesia da gente lá das Minas Gerais...
(E ainda tem "choro" na praça...)
E, no olhar dos jovens que por lá estavam, a curiosidade ou a indiferença, no olhar dos mais antigos a saudade acenando de cada peça, acabavam por trazer um certo clima de magia ao momento... Magia que vamos certamente reviver num próximo sábado, quando decidirmos novamente saborear a boa feijoada servida com a tradicional cortesia da gente lá das Minas Gerais...
(*) Para quem queira saber mais sobre essa tradicional Feira de Arte e Antiguidades daqui de Sampa, deixo abaixe um link para dois blogs bastante interessantes.
6 comentários:
Esse convívio é tudo. A troca de informações, a admiração dos mais jovens, as recordações e... tan- tan-tan, a boa comidinha mineira, uai!
Sorte tua que conseguiste botar aqui as fotos. O meu blogger tá de lua e só deixa botar uma.
Beijos cariocas e acima da temperatura normal (para mim) hehe
Ih! Lá vêm as letrinhas! hehehe
Pitanga Doce
O trem é bão demais, sô!... rs...
Mas o blogger está sempre aprontando, né não?
Deve estar estranhando o calor, já que lá pro além mar o friozinho ainda deve predominar, não? Aqui também o calor tá que tá...
beijos da Paulicéia procê. menina...
DULCE, estar junto da familia, das pessoas que gostamos é o que há de mais gratificante. Não importa o lugar onde estejamos se estivermos em boa companhia. E, as feirinhas são sempre interessantes, nos mostrando toda espécie de artesanato.
Beijos.
Estar junto de quem amamos,
passear e trocar ideias e opiniões,
é,nos dias que correm,quase mágico.
Vou seguir o link sim.
Beijo.
isa.
Paloma
Esta é uma feira muito tradicional na cidade, como a que é montada no vão livre do MASP, na Av. Paulista. Objetos raros, antigos e lindos podem ser vistoe e, claro, comprados. Uma delicia de passeio...
Beijos e um bom dia.
Isa
Sem dúvida, minha amiga... Qualquer lugar fica pra lá de bom quando se está em boa companhia, não é mesmo?
Beijos e um bom dia para você.
Postar um comentário