Frutas nacionais e importadas, da melhor qualidade
Durante
todas as décadas em que cuidei de minha família, sempre buscava
comprar frutas e legumes fresquinhos e de boa qualidade nas
feiras-livres montadas próximo às casas em que morava. Filhos
criados, casados, netos chegando, o tempo passando, levando com ele
alguns hábitos, algumas tradições... E após a morte de meu
marido, tendo mudado de bairro e precisando cuidar apenas de mim, o
“ir à feira” deixou de ser um hábito. Ficava muito mais fácil
ir a um supermercado e até mesmo usar o delívery para abastecer
minha geladeira. E por vezes sentia saudades daquelas manhãs
corridas, com algumas horas passadas entre as barracas das feiras, do
vozerio alegre dos vendedores, sempre solícitos, atenciosos. Afinal,
era preciso cativar a freguesia.. Conhecíamos seus nomes, ouvíamos
histórias de suas famílias, exatamente como acontecia na minha
infância, com o pessoal da leiteria de Dona Mariucha, o armazém do
Sr. Lora ou do Bastião e a quitando do Sr. Brás; Coisas que hoje
nem faria mais sentido, mas que tornavam a vida um tanto quanto
difícil daquela época, bem mais amena.
Pois bem,
e não é que após tanto tempo acabei voltando a visitar uma
feira-livre? Acompanhando meu filho e minha nora, fomos comprar
frutas, verduras e legumes, no domingo, numa feira fantástica da
Oscar Freire, próximo à estação de metro do Sumaré. Foi bom
demais. Até fizemos uma parada na barraquinha de pastéis (porque
ninguém é de ferro e, resistir a uma iguaria tão tradicional das
feiras paulistanas, quem há de?... E como é bom voltar às raízes,
rever ainda que por momentos um tempo que se julgava passado, perdido
para sempre entre as memórias lá do fundo do baú! Foi fantástico!
Uma quase viagem no tempo.
Sr. Leandro, da barraca de frutas, toda a atenção e simpatia de um bom feirante...
Meu filho e minha nora, responsáveis diretos por esse momento diferente
Sr. Leandro não se fez de rogado quando pedi permissão para bater uma foto e colocar aqui no Prosa.
2 comentários:
Até há dez anos houve aqui uma pertinho da minha casa onde ia sempre. Depois, porque o terreno era de um clube de futebol que decidiu mudar para lá as suas instalações, a feira mudou para mais longe. Como não tenho carro próprio deixei de ir.
Um abraço e resto de bom dia.
Elvira Carvalho
Pois é, minha amiga, o passar do tempo leva consigo mudanças e tradições que nos são caras. Ficam as lembranças a dizer-nos que vivemos bons momentos. Ainda bem.
Um abraço e uma boa noite para você.
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