quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Eu faço versos como...

                                                   
Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... Remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

(Manuel Bandeira)

8 comentários:

  1. Que belo Poema!
    Beijo.
    isa.

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  2. Eu até fecharia o livro porque, no momento, não tenho motivo maior de pranto, mas vai que de uma hora pra outra.... hehehe Ah Bandeira! Ah Dulce, que essa vida é um vai e vem de emoções!

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  3. Magnifico este poema, Dulce!

    Beijinho,
    Ana Martins

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  4. Graça Pereira

    Beijo, minha amiga e um lindo final de semana para você

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  5. Isa

    Não é mesmo, querida amiga?

    Beijos e um bom final de semana para você

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  6. Pitanga Doce

    Ah, minha amiga, que coisa boa de se ouvir! Não ter motivo maior de pranto!...
    É exatamente isso, minha amiga, esse vai e vem de emoções que torna a vida tão preciosas, não acha?

    Beijos e bom fim de semana para você

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  7. Ana Martins

    Também gosto imenso dele, Ana.

    Beijos e bom final de semana para você

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