
NOÇÕES
Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.
Mas nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.
Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a.
Minha virtude era essa errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Oh! meu Deus, isto é a minha alma:
qualquer coisa que flutua entre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...
(Cecília Meireles)
Querida Dulce. Que bem escreve os sentimentos Cecília!Em cada palavra é um sopro do que alimenta a alma.
ResponderExcluirBeijinho de amizade Lisa
Que lindo es descubrir tus versos.. que gusto si visitarte de nuevo.
ResponderExcluirun beso.
Un abrazo
Saludos fraternos de siempre..
Agulheta
ResponderExcluirÉ verdade, minha amiga. Puro sentimento, emoção.
beijos e boa noite para você
Adolfo Payés
ResponderExcluirE que bom te-lo por aqui de novo...
Um abraço
Olá linda Dulce!
ResponderExcluirEncantas nosso dia com essas belas poesias, assim jamais serão esquecidas...Grande Cecília!
Bjs
Mila
Ola, Mila
ResponderExcluirCecília é sempre encanto, sim.
Beijos e obrigada.
Olá Dulce!
ResponderExcluirÉ extraordinário, e porventura estranho, que nós nos consigamos situar fora de nós mesmos, e fazermos a nosso própria análise - como se existissem duas pessoas ou entidades dentro de nós!E essa análise, está aqui lindamente feita.
beijinhos.
Vitor
Vitor Chuva
ResponderExcluirPois é, Vitor, não é fácil, nem sempre é possível, mas um encontro com si mesmo abre espaço para o auto conhecimento.
Beijos