domingo, 5 de abril de 2009

MEUS POETAS DO CORAÇÃO


VINÍCIUS DE MORAES

Soneto do amor como um rio

Este infinito amor de um ano faz
Que é maior do que o tempo do que tudo

Este amor que é real, e que, contudo

Eu já não cria que existisse mais

Este amor que surgiu insuspeitado

E que dentro do drama fez-se em paz

Este amor que é o túmulo onde jaz

Meu corpo para sempre sepultado

Este amor meu é como um rio, um rio

Noturno, interminável e tardio

A deslizar macio pelo esmo

E que em seu curso sideral me leva

Iluminado de paixão na treva

Para o espaço sem fim de um mar sem termo.

3 comentários:

  1. Maravilhoso!!!!!!!!!

    Grata pela partilha querida amiga!

    Beijinhos e votos de Feliz Páscoa,
    Ana Martins

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  2. Obrigada, Ana.
    Uma Feliz Páscoa para você também.
    beijos

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  3. Apenas uma rosa
    Ela trazia na sua mão
    Ao longe senti o aroma
    Que o vento leve e suave trouxe.
    Podia então sentir teus passos
    Andando vagamente
    No silêncio escondido
    Para que eu não despertasse
    Daquele sonho envolvente.
    Senti então o barulho da porta
    Que abria lentamente
    Seu perfume dominava
    Entrava nos meus sonhos
    Invadia a minha alma.
    Meu quarto perfumado
    Era o aconchego, o
    Meu refúgio, o meu pensar.
    Espalhada na cama
    Envolvida nos lençóis vermelhos
    Elea chegava de mansinho
    Nem pedia licença,
    Já me enchia de carinho,
    Beijava-me inteiro,
    Deixava-me alucinado
    Envolvia-me nos seus desejos.
    Meus sonhos se foram
    Ali estava ela delirando
    Pelo meu amor.
    Suas mãos atrevidas ela deslizava
    Não temia os limites
    E eu ali sonhava e vivia
    Toda aquela magia
    Todo aquele momento
    De ternura e encanto.
    Ah! Que belo sonho...
    Eterno ele será
    O dia que você existir,
    Não precisa nem trazer a rosa
    Traga apenas o seu coração
    E sua alma cheia de amor
    Que eu cuidarei da sua vida
    E do seu amor.

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