floquinhos

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

De onde vem a tristeza?


Quem bate?

Cecília, Cecília que chega de um pátio da infância... Traz ainda sereno nas tranças, seus sapatinhos andaram pulando na grama...  Depois, assenta-se nos degraus da torre e canta...
Mas o chaveiro do sonho pegou-lhe as tranças, teceu cordoalhas para o seu navio. Mas o chaveiro do sonho pegou-lhe a canção... E fez um vento longo e triste.
E eu pensava que toda a minha tristeza vinha apenas do vento, da solidão do mar, da incerteza daquela viagem num navio perdido...

(Mario Quintana)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Está pensando que ainda é uma menina, é?...

Meu chapeuzinho roxo, guardadinho no armário, para quando chegar o tempo de "aventuras"... rs...

Pois é, queridos amigos, o tempo vai passando sem nos darmos por isso, vamos envelhecendo, ficando mais frágeis, menos resistentes aos embates da vida, sejam bons ou maus... Por aqui, as festas deste final de ano foram movimentadíssimas e eu fui me empolgando, tentando manter o mesmo ritmo de sempre, compras aqui, preparativos ali, família reunida, alegria, risos, correria, e enquanto estava nessa azáfama nem percebi o quanto estava me desgastando, o quanto estava  pondo a prova meus limites, mas quando tudo acabou, quando a vida voltou ao normal, kids e filha de volta ao ninho, filhos e netos de novo em suas rotinas diárias, a velhinha aqui desabou... rs... na verdadeira expressão da palavra. A "pilha" acabou e eu tive que me render ante os fatos e me recolher "ao estaleiro" para reparos... rs...  Amigos, que loucura!... Fiquei completamente estafada, extenuada, a ponto de ter que guardar o leito por vários dias. Mas pouco a pouco vou voltando ao  meu normal. 
Durante esse tempo, isto é, nesta última semana, fui lendo os comentários deixados por vocês aqui no blog, mas faltava coragem até para responder mensagens tão amigas, e peço desculpas por isso. Obrigada a todos pelo carinho e pela amizade. A partir de agora espero poder voltar à normalidade aqui no Prosa, uma vez que já me sinto (quase) inteira novamente. E, acreditem, aprendi a lição e, na próxima, vez vou ficar mais calminha, vou respeitar meus limites... Senão, quando chegar o tempo de  colocar meu chapéu roxo na cabeça e sair pelo mundo, vai faltar energia... rs...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Porque a tarde é toda cinza...



As falsas recordações

Se a gente pudesse escolher a infância que teria vivido, com que enternecimento eu não recordaria aquele velho tio de perna de pau, que nunca existiu na família, e aquele arroio que nunca passou nos fundos do quintal onde íamos pescar e sestear nas tardes de verão, sob o zumbido inquietante dos besouros... 

Mario Quintana


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Erga a cabeça...


"Você nunca achará o arco-íris, se estiver olhando para baixo."
(Charles Chaplin)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Uma preciosidade...


Natal, para nós, sempre foi uma festa de amor e união e sendo assim, trocamos pequenas e simbólicas lembranças. Pois entre essas lembranças recebidas neste Natal, uma tocou docemente meu coração. Recebi de um de meus filhos uma edição original, do ano de 1948, do livro "Sapato Florido", de Mario Quintana. Que sensação ter em minhas mãos uma preciosidade dessas. Amarelado pelo tempo, é nele que se encontram coisas lindas como:

Envelhecer

"Antes, todos os caminhos iam.
Agora todos os caminhos vêm.
A casa é acolhedora, os livros poucos,
E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas."

ou...

"Desespero

Não há nada mais triste do que o grito de um trem no silêncio noturno. É a queixa de um estranho animal perdido, único sobrevivente de algum animal perdido, único sobrevivente de alguma expécie extinta, e que corre, corre, desesperado, noite em fora, como para escapar à sua orfandade e solidão de monstro."

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Em família...

(Filhos, filha, noras e netos)

Começo mais este ano agradecendo aos amigos e leitores do Prosa as mensagens enviadas e o carinho da amizade que venho recebendo. Ausente do Blog e do Facebook neste últimos dez dias, tempo dedicado totalmente à família. Durante os últimos dez anos, foi impossível ter em torno de mim todo o meu clã. Sempre havia um ou outro, premido pelo trabalho ou quaisquer outras circunstâncias que, se poderia vir par a Natal não o poderia para o Ano Novo, e assim nosso grupinho ia ficando incompleto. Neste ano, finalmente, minha filha veio com os kids para as festas e meus filhos puderam estar conosco na passagem de Ano Ano. Foi um momento maravilhoso, um afago gigantesco ao meu coração. 

(Meus três filhos, três amores)

Terminadas as festas, cada filho retornou ao seu cotidiano, mas a mão continua em estado de graça.

(Gabriel, César. Caio, Alexander e Philip, netos amados)

Então, queridos amigos, obrigada pelas mensagens que retribuo agora com muito carinho. Que este novo ano traga para cada um de vocês a alegria dos sonhos realizado, a concretização das esperanças, a paz em cada coração. 

Thayná (à esquerda), filha de minha nora Graziele, e Mariana, à direita, namorada do Caio, são parte integrante do clã.